Dois pontos opostos colocados em muito pouco tempo. A liberação dos R$ 6,5 bi em compulsórios é mais um movimento da equipe econômica no sentido de normalizar as taxas de juros fortemente abaixo dos 10% aa e se une as ações micro e macroeconômicas para estimular a economia em 2018.
Por outro lado, a retomada dos aumentos do funcionalismo público e a redução da contribuição previdenciária, ambas articuladas pelo supremo são a bomba fiscal inesperada, exatamente no momento em que cresce a necessidade de um ajuste.
Com isso, apesar do governo não citar nominalmente, tende a crescer a necessidade de criação de algum tributo por conta da elevação de tais gastos, pois dentro do atual escopo e após a PEC 55, estes recursos deverão sair de algum lugar no orçamento, já altamente apertado.
Obviamente cabe recurso por parte do governo, todavia, a luta inglória é exatamente com aqueles que julgam seus próprios privilégios, portanto a vitória é bastante difícil neste momento.
CENÁRIO POLÍTICO
Foi sem querer, querendo. Assim foi colocada em pauta a PEC de Gilmar Mendes que cria o semi-presidencialismo, com a figura de um primeiro ministro.
Se já não bastasse as outras lambanças promovidas pelo judiciário brasileiro, um dos mais caros do mundo, agora tentam promover um modelo estranho de governo, à revelia da consulta popular. Por enquanto, não vinga.
Nos EUA, uma tecnicalidade reverteu a votação da reforma tributária de Trump, porém não deve alterar o resultado na câmara dos deputados.
A preocupação dos republicados ainda reside no senado, onde a margem ainda muito apertada faz com que as negociações cresçam fortemente, porém sem converter um voto democrata sequer.
Trump imaginou que seria mais fácil.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa, com os futuros NY em alta, na expectativa pela passagem do tax bill nos EUA.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, após o problema na câmara nos EUA.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no positivo até os três anos, revertendo em queda após este vencimento.
Entre as commodities metálicas, a queda destaque para o minério de ferro no porto de Qindao, com alta no ouro pelo dólar em queda.
O petróleo em alta na abertura, apesar do aumento das projeções de maior produção americana em 2018.
O índice VIX de volatilidade opera consistentemente negativo na abertura.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2911 / 0,07 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / 0,135%
Dólar / Yen : ¥ 113,15 / 0,230%
Libra / Dólar : US$ 1,34 / 0,157%
Dólar Fut. (1 m) : 3301,19 / 0,13 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,71 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,56 % aa (0,13%)
DI - Janeiro 21: 9,36 % aa (0,65%)
DI - Janeiro 25: 10,83 % aa (0,84%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,60% / 72.680 pontos
Dow Jones: -0,15% / 24.755 pontos
Nasdaq: -0,44% / 6.964 pontos
Nikkei: 0,10% / 22.892 pontos
Hang Seng: -0,07% / 29.234 pontos
ASX 200: 0,06% / 6.076 pontos
ABERTURA
DAX: -0,078% / 13205,50 pontos
CAC 40: -0,148% / 5374,95 pontos
FTSE: -0,143% / 7533,33 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 73339,00 pontos
S&P Fut.: 0,298% / 2692,10 pontos
Nasdaq Fut.: 0,388% / 6526,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,28% / 84,91 ptos
Petróleo WTI: 0,35% / $57,76
Petróleo Brent:0,02% / $63,81
Ouro: 0,32% / $1.265,71
Minério de Ferro: -0,10% / $70,40
Soja: -0,61% / $17,91
Milho: 0,22% / $348,00
Café: 0,78% / $122,45
Açúcar: -0,56% / $14,34