A escolha de Castello Branco para a Petrobras (SA:PETR4) e a possível ida de Ivan Monteiro para o Banco do Brasil (SA:BBAS3) compensam em partes algumas escolhas políticas de ministérios do novo governo.
A equipe econômica continua pautada pela tecnicidade, com a vinda de Roberto Campos Neto e continua a agradar ao mercado.
Tais escolhas são muito importantes, pois a perspectiva de crescimento global mais modesto para os próximos anos se choca com a tentativa de recuperação da economia brasileira, daí a necessidade de bons nomes.
As tensões se elevam com a recente realização de lucros, principalmente de empresas de tecnologia americanas e com a forte derrocada do petróleo, onde projeções de crescimento mais modesto em nível global tem exercido pressão de baixa na commodity.
Alia-se tal movimento à continua pressão nos juros americanos, com o ciclo ainda não terminado de aperto monetário, além do achatamento das curvas de juros em todos os vértices, se aproximando dos 3% ao ano.
Neste contexto, a inflação deixou de ser uma preocupação praticamente em nível global, porém a contração econômica, principalmente com a falta de resolução da guerra comercial deixa um contínuo temor de piora à vista.
CENÁRIO POLÍTICO
O DEM tem se tornado uma peça chave ao novo governo na sua formação, com a escolha de mais um membro do partido, agora para o ministério da saúde.
Ainda que possua grande qualificação, Luiz Henrique Mandetta possui processo em andamento e foge daquele cenário proposto por Bolsonaro de escolhas totalmente técnicas para seus ministérios.
Bolsonaro mencionou o caso e disse que Mandetta não é réu e que só uma “acusação robusta” pode tirar um ministro do governo.
Ou seja, o peso mudou um pouco em relação ao mencionado na eleição.
É mais um ministro do DEM e mais um do MS compondo o governo, deixando claro de onde o presidente eleito tem tirado a sua base.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após a forte realização de lucros nos últimos dias.
Na Ásia, o fechamento foi misto, de olho nas empresas de tecnologia americanas.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, com destaque para a prata.
O petróleo abre em alta, após a forte queda observada ontem, dentro da perspectiva de um crescimento global mais fraco.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 2,5%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7571 / -0,09 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / 0,123%
Dólar / Yen : ¥ 113,07 / 0,266%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / -0,031%
Dólar Fut. (1 m) : 3765,48 / 0,55 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 6,60 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 6,93 % aa (1,02%)
DI - Janeiro 21: 7,97 % aa (1,01%)
DI - Janeiro 25: 9,73 % aa (0,41%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,69% / 87.901 pontos
Dow Jones: -2,21% / 24.466 pontos
Nasdaq: -1,70% / 6.909 pontos
Nikkei: -0,35% / 21.508 pontos
Hang Seng: 0,51% / 25.971 pontos
ASX 200: -0,51% / 5.643 pontos
ABERTURA
DAX: 0,513% / 11123,19 pontos
CAC 40: 0,301% / 4939,72 pontos
FTSE: 0,639% / 6992,33 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 88195,00 pontos
S&P Fut.: 0,420% / 2651,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,704% / 6579,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,19% / 83,93 ptos
Petróleo WTI: 1,63% / $54,30
Petróleo Brent:1,65% / $63,56
Ouro: 0,15% / $1.223,55
Minério de Ferro: -0,56% / $74,88
Soja: 1,00% / $16,18
Milho: 0,35% / $362,00
Café: -1,51% / $111,00
Açúcar: 0,16% / $12,44