Retornamos à normalidade de curto prazo, onde a tônica do pânico é o avanço do COVID-19 além das fronteiras chinesas, onde o qual está em franca remissão e a atividade econômica ganha força, podendo retomar sua quase totalidade em 3 semanas.
A Europa tem um crescimento expressivo de casos, o que pode em breve levar a um shutdown em diversas localidades, em especial na Itália, país com 10.000 casos, que tem no turismo uma das suas principais fontes de receita e o crescimento de casos nos EUA incrementa o uso de home office em diversas empresas.
Para combater os efeitos do vírus, o Banco da Inglaterra (BoE) promoveu um corte de juros emergencial de 50 bp e a manutenção do programa de compra de títulos, a versão britânica do QE (Quantitative Easing), com linha de £190 bilhões de financiamento de longo prazo, através do programa para Pequenas e Médias Empresas (TFSME).
A reação foi positiva nos mercados europeus e o que poderia ter sido um dia de realização de lucros das fortes altas anteriores, entra numa briga intensa com os futuros das bolsas americanas, afetados pelas notícias de novos casos do vírus em solo americano, mas que já registraram momentos piores que o atual durante a abertura hoje.
A guerra do petróleo, embora tenha sua atenção divergida pelo grande caso do momento, passa por capítulos ainda intensos, com a Arábia Saudita indicando um aumento adicional de produção de 25%, retirando todo o ímpeto de alta que a commodity apresentou ontem.
Localmente, o presidente Bolsonaro volta dos EUA com resultados relevantes após o encontro com o presidente Trump, porém tem a missão de uma união cívica entre os poderes na tentativa de se avançar com as reformas, de modo a dirimir os efeitos locais e globais que o pânico com o vírus tem gerado.
Se antecipando, Guedes já entende os possíveis efeitos do vírus em nível local e global e mandou ao congresso um pedido de avanço das principais pautas que estão em ritmo moroso no congresso, como concessões e privatizações, autonomia do BC, PECs como do saneamento e gás, entre outras.
Seria uma forma de dar protagonismo a todos os poderes, de forma a dividir o ônus e o bônus de uma ação conjunta, contra o inevitável efeito do pânico da chegada do COVID-19 em diversas localidades.
A atenção hoje se volta ao IPCA-15, onde projetamos uma alta de 0,17%, contra 0,21% anteriores e o CPI, inflação ao varejo nos EUA, onde projetamos estabilidade, após alta de 0,1% em janeiro.
No caso do IPCA, as pressões de educação, saúde e alimentação serão as de maior pressão.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, entre os estímulos britânicos e a realização de lucros nos EUA.
Na Ásia, dia negativo, com realização de lucros, após forte alta.
O dólar opera em queda consistente contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, com exceção ao cobre.
O petróleo abre em queda, com mais um aumento de produção saudita.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 11,44%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,6427 / -1,72 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,213%
Dólar / Yen : ¥ 104,90 / 0,399%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,449%
Dólar Fut. (1 m) : 4653,95 / -1,95 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 4,52 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,22 % aa (-2,79%)
DI - Janeiro 25: 6,19 % aa (-2,52%)
DI - Janeiro 27: 6,84 % aa (-1,58%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 7,1424% / 92.214 pontos
Dow Jones: 4,8935% / 25.018 pontos
Nasdaq: 4,9502% / 8.344 pontos
Nikkei: -2,27% / 19.416 pontos
Hang Seng: -0,63% / 25.232 pontos
ASX 200: -3,60% / 5.726 pontos
ABERTURA
DAX: 1,196% / 10600,75 pontos
CAC 40: 1,346% / 4699,03 pontos
FTSE: 0,648% / 5998,86 pontos
Ibov. Fut.: 6,93% / 92042,00 pontos
S&P Fut.: -1,225% / 2830,70 pontos
Nasdaq Fut.: -1,809% / 8138,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,45% / 68,99 ptos
Petróleo WTI: -2,21% / $33,29
Petróleo Brent: -2,10% / $36,13
Ouro: 0,58% / $1.663,70
Minério de Ferro: 2,36% / $90,15
Soja: 0,37% / $876,25
Milho: -0,13% / $378,00 $378,00
Café: 4,86% / $114,25
Açúcar: -0,24% / $12,49