Com os mercados atentos aos resultados corporativos, o foco dos investidores sai um pouco das recentes externalidades.
Uma conjunção de fatores se uniu para derrubar os mercados nesta semana, entre eles alguns balanços desapontando, o conflito entre a Itália e a União Europeia sobre a questão orçamentária, críticas à Arábia Saudita pela morte de um jornalista dissidente e, finalmente, um temor de que o crescimento global esteja perdendo força.
Ainda assim, alguns balanços na Europa superam as expectativas e animam os investidores, após uma série de dias marcados pela devolução de ganhos.
Enquanto isso, o dólar também ganha tração em meio os problemas recentes políticos nos EUA, enquanto o rendimento dos Treasuries de 10 anos começa se afastar do recente pico de 3,24% aa.
Na temporada de balanços, temos a divulgação no exterior de AT&T, Boeing, Barclay’s, Deutsche Bank, Daimler, UPS, Ford, Microsoft (NASDAQ:MSFT), Tesla Motors (NASDAQ:TSLA) e Visa. No Brasil, Fibria (SA:FIBR3), OdontoPrev, Vale (SA:VALE3), Localiza (SA:RENT3), WEG (SA:WEGE3), e Via Varejo (SA:VVAR11).
No Brasil, as atenções se voltam à arrecadação de impostos de setembro e nos EUA, indicadores do mercado imobiliário e de atividade econômica.
CENÁRIO POLÍTICO
Apesar de um certo alarde midiático da última pesquisa iBope, onde Bolsonaro oscila dois pontos para baixo e Haddad se estabiliza, o rapper Mano Brown, durante um evento do PT declarou abertamente: “Para o PT, não existe motivo para festa, não vamos desfazer essa diferença”.
Mesmo o contorcionismo retórico de leitura dos dados, a verdade é que os números consolidam as mais recentes tendências, em vista à tal “margem” de três pontos, indicada pelos institutos de pesquisa.
Em resumo, nada mudou no cenário, apesar do aumento da rejeição, natural em vista à quantidade enorme de ataques recentes.
Neste ínterim, o mercado fica atento às declarações de Guedes, com interesse em manter a equipe econômica atual, considerada quase unanimemente pelo mercado como o mais valioso ativo do governo Temer e as articulações de Bolsonaro quanto às reformas.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY operam em queda, com resultados corporativos e questões geopolíticas. Na Ásia, o fechamento foi misto, seguindo as bolsas no ocidente.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativo em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, queda, com exceção ao cobre.
O petróleo abre em queda em NY e em Londres, com a perspectiva de aumento do estoque e redução de demanda.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,6948 / 0,24 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / -0,593%
Dólar / Yen : ¥ 112,66 / 0,196%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,531%
Dólar Fut. (1 m) : 3697,62 / 0,24 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 6,81 % aa (-0,58%)
DI - Janeiro 20: 7,39 % aa (-0,67%)
DI - Janeiro 21: 8,29 % aa (-0,60%)
DI - Janeiro 25: 9,97 % aa (0,30%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,35% / 85.300 pontos
Dow Jones: -0,50% / 25.191 pontos
Nasdaq: -0,42% / 7.438 pontos
Nikkei: 0,37% / 22.091 pontos
Hang Seng: -0,38% / 25.250 pontos
ASX 200: -0,24% / 5.829 pontos
ABERTURA
DAX: 0,866% / 11371,86 pontos
CAC 40: 1,095% / 5022,08 pontos
FTSE: 0,939% / 7020,49 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 86012,00 pontos
S&P Fut.: -0,320% / 2737,40 pontos
Nasdaq Fut.: -0,308% / 7118,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,23% / 85,03 ptos
Petróleo WTI: 0,50% / $66,76
Petróleo Brent:-0,21% / $76,28
Ouro: -0,01% / $1.230,21
Minério de Ferro: 0,11% / $71,79
Soja: 0,07% / $16,00
Milho: -0,47% / $369,00
Café: -0,66% / $120,55
Açúcar: -0,36% / $13,80