A cautela se instalou ao sentimento global dos investidores antes do discurso do presidente do Fed, Jerome Powell hoje, após comentários de duas autoridades do Fed na sessão de ontem na linha hawkish.
O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic disse acreditar que as taxas de juros devem ultrapassar 5% e permanecer nesse nível até 2024, provavelmente, 5,25% enquanto Mary Daly, presidente do Fed de Atlanta, citou a mesma coisa “embora o nível final não seja claro e dependa dos dados recebidos sobre a inflação”.
Ainda que ambos não sejam membros votantes do FOMC, ou seja, não participam diretamente da decisão de juros, tais sinais tem ganhado aderência dentro do Fed, o que incrementa a expectativa dos investidores em relação ao discurso de Powell na sessão de hoje.
Localmente, as atenções se voltam ao IPCA e à inflação que pode se assemelhar ao resultado do mês anterior, com reduções pontuais de combustíveis e alimentação, como as diretrizes de melhora dos preços.
Para janeiro, a situação muda, pois a elevação de preços dos combustíveis na virada do ano já afetou a inflação semanal de janeiro e caso a prorrogação da desoneração sobre combustíveis demore mais ainda a ser implantada, os preços em janeiro serão automaticamente afetados.
A inflação em São Paulo já sente o peso dos combustíveis mais altos, com transportes saindo de 0,04% em dezembro, para 0,34% na primeira medida de janeiro, enquanto a maioria dos itens da cesta, com exceção de educação, dada a sazonalidade, registraram relativa estabilidade.
No Japão, a inflação ao varejo registrou alta de 0,3% no índice cheio e no núcleo, elevando as taxas anuais para 4% e 2,7% respectivamente, sendo que a última vez que o núcleo atingiu tais níveis foi em 1992, ou seja, 31 anos atrás.
Além das pressões inerentes aos problemas de oferta e energia, o raro evento de aumentos de salários tem afetado a economia japonesa e ainda que os números soem ridículos para uma economia como a brasileira, foge do padrão de estabilidade ou índices negativos observado por quase 30 anos e muito acima da meta pretendida pela autoridade monetária.
No restante da agenda, atenção aos dados de estoques ao atacado nos EUA.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa pelo discurso de Powell.
Em Ásia-Pacífico, mercados sem rumo, com o Nikkei positivo, apesar da inflação mais alta no Japão.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto minério de ferro e ouro.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, na expectativa pela melhora na demanda, com a reabertura chinesa.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,59%.
CÂMBIO Dólar à vista : R$ 5,258 / 0,62 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / 0,149%
Dólar / Yen : ¥ 131,95 / -0,038%
Libra / Dólar : US$ 1,22 / -0,008%
Dólar Fut. (1 m) : 5281,48 / 0,22 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,58 % aa (-0,21%)
DI - Janeiro 25: 12,78 % aa (-0,94%)
DI - Janeiro 26: 12,68 % aa (-0,91%)
DI - Janeiro 27: 12,70 % aa (-0,88%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,1522% / 109.130 pontos
Dow Jones: -0,3359% / 33.518 pontos
Nasdaq: 0,6279% / 10.636 pontos
Nikkei: 0,78% / 26.176 pontos
Hang Seng: -0,27% / 21.331 pontos
ASX 200: -0,28% / 7.131 pontos
ABERTURA
DAX: -0,466% / 14723,85 pontos
CAC 40: -0,517% / 6871,62 pontos
FTSE: -0,163% / 7712,22 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 110160,00 pontos
S&P Fut.: -0,06% / 3911,25 pontos
Nasdaq Fut.: 0,025% / 11188,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,36% / 108,85 ptos
Petróleo WTI: 0,40% / $74,93
Petróleo Brent: 0,19% / $79,80
Ouro: 0,27% / $1.875,25
Minério de Ferro: 2,45% / $119,95
Soja: -0,13% / $1.501,50
Milho: -0,42% / $650,50
Café: -0,95% / $157,30
Açúcar: -0,05% / $19,24