O retorno da China aos mercados, após uma semana de feriado encontrou três feriados em praças relevantes, de forma a tirar liquidez dos ativos, o dia do esporte no Japão, Hangeul Proclamation Day na Coréia do Sul e Columbus (Indigenous) Day nos EUA.
Adicionando ao feriado de Nossa Senhora de Aparecida (Dia das Crianças) em dois dias no Brasil, a semana é fadada a baixo volume e volatilidade nos ativos locais, em uma semana com agenda relevante em termos inflacionários para EUA, Brasil e China.
O contexto ainda foca nos dados do mercado de trabalho nos EUA, após o Payroll registrar criação de vagas acima das expectativas com 263.000, ante projeções de 250.000, demonstrando a robustez do setor, dificultando o trabalho do Fed na condução da política monetária.
Sem alívio do mercado de trabalho, um forte condutor inflacionário de consumo, a normalização dos juros nos EUA se alonga cada vez mais e incrementa a dificuldade já presente do Fed de retirar os estímulos.
Isto obviamente afeta aos mercados, como tem ocorrido recentemente e a perspectiva de um aperto monetário cada vez mais longevo reforça o modo bearish entre os investidores, em meio aos desafios globais de combate à inflação.
Para piorar, tais eventos ocorrem, após uma descompressão global de diversas commodities e especialmente de um petróleo em contração, mesmo após os anúncios de cortes de produção da OPEP+, com efeito limitado nos preços.
Tal contração beneficia os países que não aderiram a programas extremos de estímulos de elevado custo fiscal e agora recebem as benesses do praticamente finado choque de ofertas, do impacto global (não regional) dos eventos na Ucrânia e da perspectiva de recessão nos países do hemisfério norte, principalmente.
Daí a importância da leitura do IPCA nesta semana, unido aos CPI e PPI nos EUA, Alemanha, Japão e China, em meio ao cenário inflacionário completamente adverso entre os países.
Os desafios globais de políticas monetárias raramente estiveram tão díspares no mundo como estão agora, razão pela qual o Nobel de economia foi dado a Ben Bernanke, em união a Douglas Diamond e Philip Dybvig.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, os únicos a funcionar hoje, com a ausência do referencial das bolsas americanas.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, mesmo após o retorno das bolsas chinesas, pela ausência dos mercados no Japão e Coreia do Sul.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries não operam, dado o feriado de Columbus day.
Entre as commodities metálicas, quedas, com exceção ao cobre e minério de ferro.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, após cinco semanas de altas, aliviando pela perspectiva de recessão no mundo.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 4,43%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2046 / -0,36 %
Euro / Dólar : US$ 0,97 / -0,503%
Dólar / Yen : ¥ 145,46 / 0,138%
Libra / Dólar : US$ 1,11 / -0,208%
Dólar Fut. (1 m) : 5237,00 / 0,13 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,61 % aa (0,22%)
DI - Janeiro 24: 12,77 % aa (0,20%)
DI - Janeiro 26: 11,38 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 27: 11,36 % aa (0,13%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,0085% / 116.375 pontos
Dow Jones: -2,1056% / 29.297 pontos
Nasdaq: -3,8011% / 10.652 pontos
Nikkei: -0,71% / 27.116 pontos
Hang Seng: -2,95% / 17.217 pontos
ASX 200: -1,41% / 6.668 pontos
ABERTURA
DAX: 0,567% / 12342,63 pontos
CAC 40: -0,187% / 5855,99 pontos
FTSE: -0,239% / 6974,38 pontos
Ibov. Fut.: -1,00% / 116671,00 pontos
S&P Fut.: -0,18% / 3646,5 pontos
Nasdaq Fut.: -0,556% / 11068,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,06% / 117,07 ptos
Petróleo WTI: -0,63% / $92,06
Petróleo Brent: -0,70% / $97,23
Ouro: -0,95% / $1.678,18
Minério de Ferro: 3,01% / $96,90
Soja: 1,65% / $1.392,75
Milho: 0,91% / $691,00
Café: -0,37% / $218,55
Açúcar: -0,27% / $18,63