O cenário desafiador para o Federal Reserve em nível global não deve evitar mais uma elevação de juros na reunião do FOMC esta semana, principalmente pelos indicadores do mercado de trabalho.
Enquanto o velho continente e China lutam contra a perspectiva de um crescimento global mais modesto e de lado os emergentes observam impassíveis à guerra comercial e seus desenrolares, que podem fortalecer os laços entre China e EUA.
As primeiras sinalizações na semana anterior, com os veículos e a soja foram importantes, pois ao ceder em alguns pontos, a China sabe que neste momento, com o problema dos estoques muito elevados de veículos e imóveis, a questão do shadow banking e o estoque de crédito, teria muito a perder caso a guerra avance.
Ao mesmo tempo, os EUA sabem que dependem do parque industrial chinês e que não existe tempo hábil e muitas vezes vontade (principalmente ambiental) para reindustrializar o parque americano.
Em um contexto mais positivo, com resolução de parte dos problemas acima citados, a tendência de elevação de juros por parte do Fed se firma cada vez mais, porém, o tal Flight to Quality, ou busca por ativos mais seguros como os Treasuries pode não ocorrer no volume que muitos esperam.
Daí o momento em que países como Malásia, China, Índia, Rússia e por fim, o Brasil podem se beneficiar de um contexto econômico global menos nocivo, sendo que o Brasil depende fortemente do avanço das reformas para que tal premissa se confirme.
CENÁRIO POLÍTICO
A curva de aprendizado de um novo governo está passando fortemente por uma situação familiar. Bolsonaro sempre teve o forte apoio de seus filhos e em retorno, os elevou à câmara e ao senado muito bem posicionados.
Entretanto, a possibilidade de problemas passados como do assessor de Flávio Bolsonaro e de uma certa “arrogância” pelo peso da vitória tem transformado os filhos em um problema de curto prazo, ao ponto do novo presidente começar a desautorizar a discussão de certos temas em público.
Além disso, escolhas questionáveis como direitos humanos e relações exteriores só são amenizadas pela excelência da equipe econômica.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em leve alta, com temores sobre o crescimento global.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, na expectativa por uma série de indicadores nos EUA.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, com exceção do cobre.
O petróleo abre em leve alta, com crescimento global desafiador.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8906 / 0,95 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,625%
Dólar / Yen : ¥ 113,53 / -0,088%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / -0,443%
Dólar Fut. (1 m) : 3881,71 / 0,83 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 6,44 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 6,62 % aa (-1,49%)
DI - Janeiro 21: 7,58 % aa (-2,19%)
DI - Janeiro 25: 9,52 % aa (-1,65%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,99% / 87.838 pontos
Dow Jones: 0,29% / 24.597 pontos
Nasdaq: -0,39% / 7.070 pontos
Nikkei: -2,02% / 21.375 pontos
Hang Seng: -1,62% / 26.095 pontos
ASX 200: -1,05% / 5.602 pontos
ABERTURA
DAX: -1,464% / 10764,72 pontos
CAC 40: -1,252% / 4835,63 pontos
FTSE: -1,245% / 6791,90 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 88655,00 pontos
S&P Fut.: 0,000% / 2645,60 pontos
Nasdaq Fut.: -1,326% / 6662,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,89% / 81,76 ptos
Petróleo WTI: -0,29% / $52,43
Petróleo Brent:-0,21% / $61,32
Ouro: -0,24% / $1.239,03
Minério de Ferro: 0,66% / $67,26
Soja: -1,19% / $16,62
Milho: -0,20% / $375,50
Café: 1,07% / $98,80
Açúcar: -0,39% / $12,69