Bem-vindo à sua leitura matinal de cinco minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.
ÁSIA: As bolsas asiáticas registraram um fechamento misto no pregão de segunda-feira, à medida que o ímpeto do rali em Wall Street semana passada dissipou, em meio à flexibilização das restrições ao coronavírus na China e o aumento das taxas de juros globais.
O índice Hang Seng de Hong Kong subiu 1,70%, em 17.619,71 pontos, impulsionado por ações imobiliárias após uma reportagem local dizer que várias medidas adicionais serão introduzidas para apoiar a recuperação do mercado, inclusive o imobiliário. Em uma base semanal, o índice Hang Seng subiu 7,2% à medida que a China flexibilizava as medidas de Covid, depois de ver um ganho de 8,73% na semana anterior com rumores de planos de reabertura da China. O índice acumula alta de quase 18% no mês e pode registrar seu melhor desempenho mensal desde abril de 1999, quando o índice Hang Seng ganhou 21,85%.
Na China continental, o Shanghai Composite reduziu os ganhos iniciais e caiu 0,13%, fechando em 3.083,40 pontos, enquanto o componente de Shenzhen Component perdeu 0,24%, em 11.113,46 pontos.
Nikkei do Japão caiu 1,06%, fechando em 27.963,47 pontos, enquanto o peso-pesado do índice SoftBank despencou 14% depois que seu Vision Fund, seu braço de investimento em tecnologia, divulgou perdas de 1,38 trilhão de ienes (US$ 9,88 bilhões) no trimestre encerrado em 30 de setembro. “Os preços das ações de várias empresas de seu portfólio caíram em meio à baixa nos mercados de ações globais”, disse o SoftBank em seu último relatório financeiro. O conglomerado SoftBank Group reportou um lucro líquido de 3,03 trilhões de ienes após dois trimestres de perdas.
O S&P/ASX 200 da Austrália perdeu 0,16%, encerrando a sua sessão em 7.146,30 pontos, apesar de um início positivo após a notícia de que a China relaxaria algumas de suas restrições contra o COVID-19. Ganhos das grandes mineradoras foram responsáveis por manter o índice estável. BHP subiu 4,6%, Rio Tinto (LON:RIO) avançou 3,1%, enquanto Champion Iron, Core Lithium e Fortescue Metals (ASX:FMG) dispararam 12,9%, 11,7% e 10,10%, respectivamente. No setor de energia, Santos caiu 0,3%, mas Woodside Energy subiu 1,3%. O setor financeiro, altamente ponderado, fechou em queda.
O Kospi da Coreia do Sul perdeu 0,34% para fechar em 2.474,65.
O índice MSCI para a Ásia-Pacífico exceto Japão subiu 0,6%.
EUROPA: As bolsas europeias avançam cautelosamente na segunda-feira, com os investidores avaliando os dados recentes da inflação nos EUA, juntamente com um alerta de uma alta autoridade do Federal Reserve.
O pan-europeu Stoxx 600 ganha 0,2% no fim do pregão matinal, com as ações de telecomunicações subindo e as de viagens e lazer caindo.
O alemão DAX 30 e o francês CAC 40 avança 0,2% cada, enquanto o FTSE MIB da Itália adiciona 0,3%.
Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha sobe 0,2% e o português PSI 20 sobe 0,3%.
Em Londres, o FTSE 100 sobe 0,4%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) cai 1%, Antofagasta (LON:ANTO) recua 0,6%, Rio Tinto perde 1,3%, enquanto BHP sobe 1,5%. A petrolífera British Petroleum cai 0,4%.
Apesar do enfraquecimento da demanda global, a produção industrial da zona do Euro para Setembro subiu 0,9%, acima da previsão de alta de 0,1%. No ano, a produção industrial da zona do euro aumentou 4,9% em setembro, mostraram dados do Eurostat.
Para agosto, o número da produção industrial foi revisado para um aumento de 2,0% no mês, ante a expansão de 1,5% estimada anteriormente. Na comparação anual, a produção industrial em agosto foi revisada para 2,8%, ante o aumento de 2,5% estimado anteriormente.
Apesar desse forte aumento na produção em setembro, os economistas esperam que o setor industrial da zona do euro tenha dificuldades nos próximos meses em meio à crise energética e ao enfraquecimento da demanda.
EUA: Os futuros dos índices de ações negociam em baixa na manhã de segunda-feira, depois que o S&P 500 registrou seu maior ganho semanal em quase cinco meses, por conta de dados de inflação mais brandas.
Na sexta-feira, o Dow subiu 0,10%, fechando em 33.747,86 pontos, o S&P 500 avançou 0,92%, em 3.992,93 pontos, enquanto o Nasdaq Composite adicionou 1,88%, para 11.323,33 pontos.
O S&P 500 subiu 5,9% na semana passada, a sua melhor semana desde junho, após uma leitura de inflação mais baixa do que o esperado, apostando que o Federal Reserve em breve pode desacelerar sua agressiva campanha de aperto monetário. O Nasdaq Composite ganhou 8,1% na semana passada para sua melhor semana desde março, enquanto o Dow avançou 4,2%.
O índice de volatilidade Cboe, conhecido como medidor de medo de Wall Street ou VIX, caiu 1 ponto, para 22,5, atingindo o nível mais baixo desde agosto. O VIX, que acompanha a volatilidade implícita de 30 dias do S&P 500, foi negociado acima do limite de 30 pontos durante a maior parte de outubro.
Os investidores também digeriram as notícias sobre a política em Washington no fim de semana. As projeções indicam que os democratas manterão o controle do Senado nas eleições de meio de mandato de 2022. O partido terá pelo menos 50 assentos.
O rendimento dos Títulos do Tesouro de 2 anos, mais sensível à política econômica do Fed, sobe quase sete pontos-base para 4,3951% por volta das 6h45 (horário de Brasilia), enquanto a nota do Tesouro de 10 anos subia 7 pontos-base para 3,9006%, mas permanecendo abaixo dos importante patamar de 4%. Os rendimentos e os preços se movem em direções opostas e um ponto base equivale a 0,01%. Na quinta-feira, recuaram cerca de 30 e 32 pontos base, respectivamente, após divulgação dos dados de inflação que mostraram que os preços ao consumidor subiram menos do que o esperado em outubro. Em geral, os investidores viram isso como um sinal de afrouxamento das pressões inflacionárias e esperando que isso leve a uma mudança na política do Federal Reserve.
Os mercados terão oportunidade para conferir se inflação está esfriando na terça-feira, quando os dados do índice de preços ao produtor serem divulgados.
Os investidores também estão acompanhando de perto os comentários dos palestrantes do Federal Reserve em busca de pistas sobre os planos de política monetária do banco central. Falando em uma conferência em Sydney nesta segunda-feira, Christopher Waller, membro do Board of Governors do Fed disse que embora o banco central considere desacelerar os aumentos das taxas de juros, ainda há “um caminho a percorrer” antes que os aumentos possam ser interrompidos. O banco central tem aumentado as taxas de juros para combater a inflação persistentemente alta. No entanto, muitos investidores temem que o ritmo dos aumentos esteja levando a economia dos EUA a uma recessão.
Ainda nesta segunda-feira, a membro do FOMC Lael Brainard deve discursar às 13h30. Outras autoridades do Fed devem fazer comentários nesta semana.
O presidente dos EUA, Joe Biden e o presidente chinês, Xi Jinping, encontraram pessoalmente pela primeira vez pessoalmente desde que Biden assumiu o cargo em janeiro de 2021, em Bali, na Indonésia, um dia antes do início da reunião do G-20. As tensões entre os EUA e a China aumentaram nos últimos anos, atingindo pontos críticos que vão desde Taiwan e a guerra na Ucrânia, até a capacidade das empresas americanas de vender tecnologia de ponta para empresas chinesas.
O banco suíço UBS previu uma desinflação “acentuada” em 2023, dizendo que o crescimento fraco junto de indicadores como a redução dos gargalos da cadeia de suprimentos e o aumento dos estoques de mercadorias, levarão os preços a cair no próximo ano.
A temporada de resultados do terceiro trimestre continua com forte ênfase no varejo. A Tyson Foods (NYSE:TSN) divulgará os resultados na segunda-feira antes do sino de abertura. As grandes varejistas Walmart (NYSE:WMT), Home Depot, Target, Lowe’s, Macy’s e Kohl’s estão programados para divulgar seus balanços nesta semana.
Não há dados econômicos relevantes para serem divulgados nos EUA nesta segunda-feira.
CRIPTOMOEDAS: Os mercados criptos seguem atentos à saga FTX, que ficou insolvente, abriu falência na sexta-feira e depois sofreu um suposto hack de US$ 600 milhões.
Ao anunciar que estava pedindo falência, a FTX também disse na sexta-feira que o Bankman-Fried renunciou ao cargo de CEO e será sucedido por John J. Ray III, um especialista em recuperação e reestruturação. Anteriormente ocupou cargos seniores em falências, incluindo a da Enron.
O Bitcoin sobe mais de 1% nas últimas 24 horas, sustentando acima de US $ 16.700, após cair para US$ 15.904,44 na manhã da Ásia, de acordo com a Coin Metrics, seu menor desde novembro de 2020. O Bitcoin estava mudando de mãos perto de US $ 21.000 há pouco mais de uma semana, antes que os problemas da FTX abalassem o mercado.
O Ether, o segundo maior token, negocia em alta de mais de 2%, tentando se sustentar acima de US $ 1.250, após chegar a cair para US$ 1.170,34, à medida que mais detalhes surgem sobre as operações da exchange de criptomoedas FTX, colocando em dúvida a saúde financeira de outras empresas financeiras.
No domingo, a exchange AAX, com sede em Hong Kong, suspendeu atividades por 10 dias por conta de uma suposta atualização programada em um serviço parceiro cujo nome não foi revelado. A corretora Crypto.com foi acusada de emprestar dinheiro para a exchange Gate.io como forma de maquiar divulgações de reservas. Além disso, as próprias “provas de reserva” divulgadas pela Crypto.com mostraram criptomoedas passando por protocolos de empréstimo, levantando suspeitas de uso de recursos de clientes para operações alavancadas. A Crypto.com negou as acusações.
Changpeng Zhao, fundador e CEO da Binance, a maior exchange de criptomoedas do mundo em volume de negociação, tenta liderar um movimento de reconstrução da indústria cripto. Após a iniciativa de divulgação da prova das reservas da Binance, o fundador da Binance anunciou um fundo voltado à empresas do setor que passam por problemas de liquidez, nesta segunda-feira.
Outras empresas como Kraken e Bitfinex (dona da stablecoin Tether) seguiram o exemplo e também divulgaram Provas de Reserva publicamente sem levantar suspeitas de insolvência. Já OKX e Kucoin prometem liberar os dados dentro de um mês.
Os investidores em criptomoedas perderam cerca de US$ 2 trilhões desde seu pico há um ano.
Bitcoin: +1,11% em US $ 16.765,80
Ethereum: +2,06%, em US $ 1.255,45
Cardano: +0,35%
Solana: +4,98%
Terra Classic: -1,76%
ÍNDICES FUTUROS - 7h50:
Dow: -0,24%
SP500: -0,36%
NASDAQ: -0,66%
COMMODITIES:
MinFe Dailan: +1,94%
Brent: -0,74%
WTI: -0,94%
Soja: -0,84%
Ouro: -0,64%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.