O reflexo inflacionário tanto do câmbio, quanto da paralisação já aparece do IGP-DI de maio, acima do topo das projeções de mercado, com alta expressiva no índice de atacado, aos 2,35% em maio, ante 1,26% em abril.
Ainda assim, os eventos mais recentes foram de caráter conjuntural e não estrutural, o que não alterou o cenário de inflação para este ano.
Como exemplo, somente combustíveis dentro de bens finais teve alta de 8,92%, resultado direto do choque recente de oferta.
O item alimentação ainda não demonstrou no varejo e sequer no atacado o recente choque, com altas mais modestas nestes itens, porém é de se esperar que haja algum reflexo, dependendo do ritmo de reposição pós greve, caso não haja outro protesto, agora em nome do tabelamento de fretes.
O mais claro indicador foi em transportes, com alta de 0,48%, ante 0,07%, o qual juntamente com vestuário e habitação, elevaram o índice ao varejo neste mês.
CENÁRIO POLÍTICO
Nada de novo no reino da Brasilândia, onde as pressões de um debate contra Bolsonaro aumentam, à medida que os candidatos transformam o primeiro colocado em obvio alvo.
Alckmin propôs um debate frente a frente sobre segurança pública, ainda sem resposta e o atual líder das pesquisas se recusou a participar da sabatina da Folha, alegando problemas de agenda.
Alvaro Dias, Alckmin e Ciro já participaram, porém Bolsonaro deve evitar todo tipo de confronto direto que questione seus argumentos e seu conhecimento sobre os temas brasileiros, principalmente dados econômicos, coisa que se esperava um melhor preparo de Ciro, mas o fact checking o tem colocado em maus lençóis.
De resto, a tensão continua grande até a próxima pesquisa.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY sobem, puxados por ações de bancos europeus.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, seguindo os comentários do BCE sobre o QE.
O dólar opera em franca queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, alta generalizada.
O petróleo abre em alta em NY e em Londres, com as declarações sobre produção por parte da OPEP, ainda desencontradas.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 1,1%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,851 / 1,08 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,365%
Dólar / Yen : ¥ 110,08 / -0,091%
Libra / Dólar : US$ 1,34 / -0,149%
Dólar Fut. (1 m) : 3830,65 / 0,64 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,54 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 8,06 % aa (2,15%)
DI - Janeiro 21: 9,23 % aa (1,99%)
DI - Janeiro 25: 11,97 % aa (1,44%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,68% / 76.117 pontos
Dow Jones: 1,40% / 25.146 pontos
Nasdaq: 0,67% / 7.689 pontos
Nikkei: 0,87% / 22.823 pontos
Hang Seng: 0,81% / 31.513 pontos
ASX 200: 0,53% / 6.057 pontos
ABERTURA
DAX: 0,219% / 12858,12 pontos
CAC 40: 0,252% / 5471,34 pontos
FTSE: 0,194% / 7727,37 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 76038,00 pontos
S&P Fut.: 0,144% / 2776,20 pontos
Nasdaq Fut.: -0,042% / 7212,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,43% / 90,20 ptos
Petróleo WTI: 0,91% / $65,32
Petróleo Brent:1,43% / $76,44
Ouro: 0,13% / $1.298,03
Minério de Ferro: 0,60% / $65,17
Soja: -0,43% / $18,37
Milho: 0,40% / $380,25
Café: 0,04% / $118,30
Açúcar: -0,16% / $12,17