Após uma sequência de sinais positivos em relação à guerra comercial entre China e EUA, a ausência de avanços, ao menos o anúncio de tais avanços eleva o nível de cautela dos investidores no curto prazo.
Isso e o indicador de postos de trabalho de fevereiro (JOLTS) deram o tom da sessão anterior, ainda que o payroll já tivesse indicado a realidade do indicador do mercado de trabalho.
Localmente, as atenções à política e ao contexto internacional influenciaram os ativos, que hoje tem uma série de grande peso para gerar a atenção do mercado.
O Reino Unido já divulgou a produção industrial e o PIB, ambos acima das expectativas e a expectativa com a decisão de juros do BCE e ao discurso de Mario Draghi dão o tom da abertura dos negócios.
A agenda pesada de hoje conta com o IPCA e CPI, inflações ao varejo aqui e nos EUA, ambos índices referenciais governamentais e com expectativas ancoradas e a ata da última reunião do FOMC, onde se buscam indicadores dos próximos movimentos do Fed, até este momento que devem ser de manutenção da taxa por um período indeterminado.
A aprovação da cessão onerosa e o impacto tanto no resultado primário, quanto no caixa da Petrobras (SA:PETR4) emitem um sinal positivo para os ativos no Brasil e tiram um pouco do mal gosto observado na cessão da CCJ.
Os US$ 9 bi, com câmbio de R$ 3,72 tendem a ser utilizados pela empresa no processo de desalavancagem e possíveis investimentos a serem divulgados.
Portanto, dia de agenda pesada, demandando atenção total.
CENÁRIO POLÍTICO
O espetáculo dantesco promovido pela oposição ontem na CCJ demonstra que a passagem dos temas das reformas a serem colocadas em pauta como a previdência e em breve, a tributária, será bastante atribulada, ainda que devam ser aprovadas.
Sem força política de aglutinar grupos além dos já formados, a oposição conta com em simplesmente criar mal-estar e factoides políticos mofados do século passado na tentativa de obstruir os trabalhos das comissões.
Ainda que falhem, com observado ontem, inclusive deixando isso claro em atos falhos com microfones em aberto, os deputados continuam a querem simplesmente falar para sua plateia, querendo ‘causar’ e ‘lacrar’, sem muito sucesso.
Zeca Dirceu teve de quem aprender.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pela decisão do BCE.
Na Ásia, o fechamento foi misto, em reação ao corte da projeção de crescimento global pelo FMI.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção à prata.
O petróleo abre em alta, mesmo com temores de crescimento mais fraco.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 2,3%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,853 / 0,06 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,133%
Dólar / Yen : ¥ 111,19 / 0,045%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,329%
Dólar Fut. (1 m) : 3859,99 / 0,21 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,49 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,09 % aa (0,57%)
DI - Janeiro 23: 8,25 % aa (0,61%)
DI - Janeiro 25: 8,79 % aa (0,34%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,11% / 96.292 pontos
Dow Jones: -0,72% / 26.151 pontos
Nasdaq: -0,56% / 7.909 pontos
Nikkei: -0,53% / 21.688 pontos
Hang Seng: -0,13% / 30.120 pontos
ASX 200: 0,03% / 6.224 pontos
ABERTURA
DAX: 0,427% / 11901,16 pontos
CAC 40: 0,370% / 5456,52 pontos
FTSE: 0,078% / 7431,36 pontos
Ibov. Fut.: -1,19% / 96271,00 pontos
S&P Fut.: 0,250% / 2889,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,224% / 7610,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,19% / 82,74 ptos
Petróleo WTI: 0,61% / $64,38
Petróleo Brent:0,48% / $70,95
Ouro: -0,04% / $1.303,52
Minério de Ferro: -0,97% / $92,72
Soja: 0,06% / $16,06
Milho: 0,21% / $361,25
Café: 0,37% / $93,80
Açúcar: 0,16% / $12,74