IPCA, Payroll, Sillicon Valley. Aberturas Negativas e Dólar DXY em Queda

O que citamos ontem em termos de possibilidade do início do corte de juros por parte do Copom, é um cenário que leva mais em consideração a percepção dos investidores, do que especificamente a realidade dos fatos.

Existe no Brasil uma necessidade sinais mais claros por parte da autoridade econômica no sentido se trazer segurança, especialmente em termos fiscais, porém, os sinais são tão fracos, que o pouco emitido como foi por Tabet ontem, soa como um cenário bastante positivo.

No atual contexto, o que parte dos investidores esquece, é que existe ainda um trâmite congressual para ser posto no caminho das reformas, das propostas e de todos os eventos a se descortinarem daqui pra frente.

Agora, o governo age como se suas propostas fossem automaticamente serem aprovadas no Congresso, sem nenhuma resistência ou discussão, o que se choca diretamente com o que Lira tem deixado claro: o governo precisa conversar com o Congresso.

Portanto, ainda que os investidores alimentem expectativas positivas em relação ao futuro das propostas, não se pode também desenhar se um cenário de goldilocks, pois afinal, ainda não existe nada de concreto a ser apresentado para o mercado e mesmo a população em geral.

No exterior, os temores se concentram agora em um possível problema bancário, após os problemas das ações do Silicon Valley Bank, considerado hoje o 18º banco americano em termos de tamanho e que serve boa parte da indústria de tecnologia dos Estados Unidos.

Nada ainda sugere um risco sistémico, porém, tal situação começa a sinalizar o que pode ser o futuro da recessão nos Estados Unidos, independentemente do cenário econômico atual de força do crescimento econômico inflação em alta.

Com isto, as atenções se voltam a divulgação hoje dos dados no mercado de trabalho americano, o payroll, com especial atenção ao custo de mão de obra e no Brasil todo o foco fica no IPCA, inflação oficial, e que deve capturar uma série de pressões, algumas sazonais, para o mês de fevereiro.

Em termos de política monetária, o Brasil e os EUA estão em berlindas diferentes, mas com o mesmo questionamento:  quando reverter a atual política de juros?

ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com temores de contaminação sistêmica dos bancos nos EUA e expectativa com o Payroll.

Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, seguindo os temores de NY com a situação do Sillicon Valley Bank.

O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.

Entre as commodities metálicas, quedas, somente alta no minério de ferro e ouro.

O petróleo cai em Londres e  em Nova York, nos temores de uma possível continuidade nas elevações de juros nos EUA.

O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,88%.
 
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1659 / 0,45 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / 0,170%
Dólar / Yen : ¥ 136,81 / 0,499%
Libra / Dólar : US$ 1,20 / 0,562%
Dólar Fut. (1 m) : 5151,73 / -0,36 %
 
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,02 % aa (-0,53%)
DI - Janeiro 25: 12,21 % aa (-1,56%)
DI - Janeiro 26: 12,33 % aa (-1,74%)
DI - Janeiro 27: 12,55 % aa (-1,88%)
 
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,3789% /  105.071 pontos
Dow Jones: -1,6572% /  32.255 pontos
Nasdaq: -2,0529% /  11.338 pontos
 
Nikkei: -1,67% /  28.144 pontos
Hang Seng: -3,04%  /  19.320 pontos
ASX 200: -2,28% /  7.145 pontos
 
ABERTURA
DAX: -1,348% / 15422,44 pontos
CAC 40: -1,238% / 7225,32 pontos
FTSE: -1,803% / 7737,93 pontos
 
Ibov. Fut.: -1,57% / 106118,00 pontos
S&P Fut.: -0,22% / 3911,5 pontos
Nasdaq Fut.: 0,115% / 12016,50 pontos
 
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,46% / 103,72 ptos

Petróleo WTI: -0,70% /  $75,19
Petróleo Brent: -0,48% /  $81,20
 
Ouro: 0,18% /  $1.834,81
Minério de Ferro: 1,01% /‎‎ $128,90
 
Soja: -0,44% / $1.520,00
Milho: 0,53% /  $621,75
Café: -0,86% /  $178,00
Açúcar: -1,18% /  $20,89