A Itália tem passado por momentos difíceis, em vista às questões orçamentárias e uma disputa com a União Europeia, onde a Comissão Europeia externou suas preocupações com os planos de déficit orçamentário para os próximos três anos, uma vez que eles violam o que a UE pediu ao país em julho.
Roma reitera que "não recua" em seus planos de gastos de 2,4% do PIB em 2019, enquanto a UE diz que deveriam reduzir o déficit estrutural a cada ano até que o equilíbrio, para reduzir a dívida de 133% do PIB, a maior da Europa.
Isto obviamente traz estresse ao mercado, com temores de contágio sistêmicos e demandas por saída tanto da Zona do Euro, quanto da União Europeia, repetindo os efeitos negativos do Brexit.
Como problemas vem em conjunto, a China tem sofrido os efeitos da guerra comercial com os EUA, apesar da posição “dura” de Beijing quanto ao tema.
Este nervosismo se externa com mais um corte nos compulsório, agora de 100 bp, na tentativa de manter o ritmo da economia com uma injeção de US$ 110 bi.
Localmente, a semana abre com inflação do IGP-DI e IPC-S acima das expectativas e uma agenda enxuta de indicadores, com foco na inflação americana e atividade econômica no Brasil.
Apesar dos efeitos negativos no exterior, o Brasil deve refletir as eleições, com avanço expressivo da direita.
CENÁRIO POLÍTICO
Apesar da vitória não ocorrer em primeiro turno, o nanico PSL impôs um massacre ao PT nestas eleições, maior até que o ocorrido nas eleições municipais de 2016.
Notáveis caíram, com um PT agora desgastado, que teria uma câmara e um senado sem apoio, caso vença as eleições. O MDB sofreu em partes um efeito semelhante, com perda de notáveis e enxugamento.
Os candidatos que abriram seus votos a Bolsonaro se aproveitaram do efeito do presidenciável e dispararam na disputa, com votações expressivas no senado, câmaras federais e estaduais de diversos estados.
O segundo turno dá enorme vantagem ao PSL e os discursos tendem a se inverter, com PT no ataque e Bolsonaro paz e amor.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY operam em queda, com feriado nos EUA.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, seguindo o corte do compulsório chinês.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries não operam.
Entre as commodities metálicas, quedas, com exceção do minério de ferro.
O petróleo abre em queda em NY e em Londres, com possível alívio das sanções contra o Irã.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 9%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8404 / -0,91 %
Euro / Dólar : US$ 1,15 / -0,373%
Dólar / Yen : ¥ 113,35 / -0,325%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,610%
Dólar Fut. (1 m) : 3873,48 / -0,86 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,53 % aa (0,60%)
DI - Janeiro 20: 8,24 % aa (1,10%)
DI - Janeiro 21: 9,39 % aa (0,86%)
DI - Janeiro 25: 11,35 % aa (0,98%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,76% / 82.322 pontos
Dow Jones: -0,68% / 26.447 pontos
Nasdaq: -1,16% / 7.788 pontos
Nikkei: -0,80% / 23.784 pontos
Hang Seng: -1,39% / 26.203 pontos
ASX 200: -1,38% / 6.100 pontos
ABERTURA
DAX: -0,841% / 12010,06 pontos
CAC 40: -0,854% / 5313,57 pontos
FTSE: -0,587% / 7275,56 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 82476,00 pontos
S&P Fut.: -0,235% / 2887,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,235% / 7418,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,45% / 86,50 ptos
Petróleo WTI: -1,36% / $73,33
Petróleo Brent:-1,56% / $82,85
Ouro: -0,82% / $1.193,79
Minério de Ferro: 1,07% / $69,24
Soja: 0,93% / $16,25
Milho: -0,61% / $366,25
Café: 2,11% / $111,30
Açúcar: 1,90% / $12,89