A decisão do Banco do Japão em manter a atual taxa de juros negativa e ainda que tenha indicado uma política mais ‘flexível’ no futuro, continuou a citar que ‘riscos para as perspectivas de preços são distorcidos para o lado negativo’, ou seja, nada ainda concreto que indique uma reversão da política frouxa nos juros.
Ontem no Brasil os resultados fiscais ainda que com déficit acima das expectativas, demonstrou um resultado consideravelmente melhor do que no ano passado, indicando que o esforço fiscal por parte da equipe econômica tem um impacto econômico muito relevante, apesar do peso político no tema.
O custo sensivelmente menor de carregamento da dívida, graças à queda na taxa nominal de juros é outro fator relevante na equalização das contas públicas, porém nem de longe supre a necessidade de cortes de gastos.
Já no reverso, o fiscal, o qual daria sustentação à um ciclo ainda mais intenso de cortes de juros sofre com a ‘perda de tempo’ eleitoral, onde o calendário morre para temas importantes ao país a cada 2 anos, com maior intensidade nas eleições majoritárias.
O problema é quando o controle fiscal áreas essenciais, como no combate aos diversos mosquitos transmissores de doenças, como febre amarela, dengue e seus semelhantes.
Porém, aí vem a parte da gestão de políticas públicas, a qual nunca foi muito o forte do Brasil.
CENÁRIO POLÍTICO
Diferente de outros candidatos como Meirelles e Amoedo e semelhante ao de Ciro e D’Avilla.
Este foi o resumo do Roda Viva de ontem na TV Cultura com Bolsonaro.
Ao invés de se buscar temas mais complexos e o debate em nível eleitoral, o que se viu foi a tentativa de ‘desconstrução’ do candidato com temas aos quais ele domina de tanto ser atacado por eles.
Neste caso, o chamado debate foi deixado de lado e o candidato tanto agradou ao seu tradicional eleitorado, com tiradas como ‘ao invés de tiros, vamos jogar flores neles’, como arregimentou alguns votos indecisos para outubro.
Remember Trump, people.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY operam em alta, puxadas por balanços da BP e Credit Suisse.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, após a decisão do BoJ.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, altas nas 'defensivas' como ouro.
O petróleo abre em queda em NY e em Londres, após o aumento expressivo de oferta pela OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 3,3%.
Destacam-se hoje aos resultados de Apple (NASDAQ:AAPL), Ralph Lauren, Procter & Gamble, Unisys, Pfizer e Time Warner. No Brasil, destacam-se Embraer (SA:EMBR3), Banco Inter (SA:BIDI4) e Smiles (SA:SMLS3).
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7307 / 0,51 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / 0,299%
Dólar / Yen : ¥ 111,50 / 0,414%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / 0,274%
Dólar Fut. (1 m) : 3728,98 / 0,28 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,31 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,91 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 21: 8,90 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 10,90 % aa (0,28%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,51% / 80.276 pontos
Dow Jones: -0,57% / 25.307 pontos
Nasdaq: -1,39% / 7.630 pontos
Nikkei: 0,04% / 22.554 pontos
Hang Seng: -0,52% / 28.583 pontos
ASX 200: 0,03% / 6.280 pontos
ABERTURA
DAX: -0,063% / 12790,14 pontos
CAC 40: 0,084% / 5495,83 pontos
FTSE: 0,718% / 7756,16 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 80452,00 pontos
S&P Fut.: 0,118% / 2806,50 pontos
Nasdaq Fut.: 0,260% / 7219,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,02% / 85,37 ptos
Petróleo WTI: -0,56% / $69,74
Petróleo Brent:-0,17% / $74,84
Ouro: -0,08% / $1.220,42
Minério de Ferro: 0,19% / $64,20
Soja: 0,80% / $16,49
Milho: 0,68% / $369,75
Café: 0,18% / $111,60
Açúcar: -0,65% / $10,75