A segunda semana consecutiva com o menor indicador de pedidos de auxílio desemprego nos EUA em 50 anos, colecionando o quarto melhor resultado da série histórica.
Com isso e os dados de inflação divulgados nos EUA esta semana, encerram-se as possibilidades de movimentações nos juros americanos por todo o ano de 2019.
O duplo mandato do Federal Reserve, inflação ancorada e pleno emprego está cumprido e resta à autoridade monetária observar os desenvolvimentos da economia.
Localmente, as atenções se voltam às reformas e o caráter liberal que o governo tenta impor à economia, principalmente com as ações de desburocratização e sinalização da reforma tributária.
Toda via, elevam-se os temores de que o presidente ainda tenha em seu âmago um caráter estatizante e interventor, o qual defendeu por muitos anos e que isso precise ser ‘domado’ urgentemente.
Ao intervir na política de preços do diesel da Petrobras (SA:PETR4), existem dúvidas se o governo, para tomar tal decisão, possui algum nível privilegiado de informação em relação à uma possível paralisação de caminhoneiros, que seria por mais uma vez economicamente trágica.
Ainda assim, ao intervir no aumento de preços, o temor é de que as privatizações possam sofre igual ingerência, na tentativa de se manter aquelas consideradas ‘essenciais’.
Este possível choque chama a atenção dos investidores, pois contam tanto com um governo harmônico entre seus diversos entes, como com o menor tamanho do estado.
A Petrobras certamente é a ‘vítima principal’ deste evento.
Os dados comerciais chineses mais fortes, com as exportações superando em muito as expectativas médias dos analistas e um saldo positivo tendem a dar o tom da sessão de hoje, também atenta à temporada internacional de balanços corporativos.
CENÁRIO POLÍTICO
A narrativa de Rodrigo Maia ontem, ainda que contenha alguns elementos de que ele continua a articular a reforma da previdência, ainda que não tenha contado com o apoio do governo durante sua eleição, também revela alguns pontos importantes.
O fisiologismo o está pressionando e muito, ou seja, a velha política, ainda que com peso reduzido no Congresso, está pressionando e muito para ter de volta parte das benesses com as quais estavam acostumados.
O tal ‘negociar com o Congresso’, ainda que exponha em partes uma falta de traquejo do Executivo com situações simples, como receber parlamentares para ouvir suas demandas, embute a insaciedade com elementos de poder, mesmo que em escalas mais reduzidas.
Com a Procuradoria-Geral da República batendo em sua porta, Maia precisará do Executivo, mais do que o Executivo precisa dele.
Momentos difíceis e Brasil sendo Brasil.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com a temporada de balanços.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, em reação à balança comercial chinesa com forte exportação acima das expectativas.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao min. de ferro.
O petróleo abre em alta, com dados fortes da China.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 5,45%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,86 / 0,91 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,578%
Dólar / Yen : ¥ 111,97 / 0,278%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,230%
Dólar Fut. (1 m) : 3863,63 / 1,10 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,48 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,13 % aa (0,99%)
DI - Janeiro 23: 8,24 % aa (0,98%)
DI - Janeiro 25: 8,73 % aa (0,69%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,25% / 94.755 pontos
Dow Jones: -0,05% / 26.143 pontos
Nasdaq: -0,21% / 7.947 pontos
Nikkei: 0,73% / 21.871 pontos
Hang Seng: 0,24% / 29.910 pontos
ASX 200: 0,85% / 6.251 pontos
ABERTURA
DAX: 0,635% / 12010,95 pontos
CAC 40: 0,411% / 5508,28 pontos
FTSE: 0,448% / 7451,15 pontos
Ibov. Fut.: -1,21% / 94850,00 pontos
S&P Fut.: 0,453% / 2904,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,528% / 7657,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,61% / 82,80 ptos
Petróleo WTI: 1,43% / $64,49
Petróleo Brent:1,23% / $71,70
Ouro: 0,13% / $1.294,23
Minério de Ferro: 1,08% / $93,60
Soja: -0,80% / $15,95
Milho: 0,14% / $360,75
Café: 0,28% / $90,75
Açúcar: 0,32% / $12,70