A reoneração dos combustíveis veio e com impacto reduzido, em meio às demandas da ala política do governo para a adoção de medidas de cunho populista, ainda que se trate do primeiro ano de governo.
Os impostos federais sobre a gasolina subiram a 75% dos níveis anteriores, em torno de R$ 0,47, com o adicional de R$ 0,13 de queda do preço da gasolina pela Petrobrás, levando a um efeito de praticamente 50% de elevação, ou seja, a reoneração total, sem a queda, equivaleriam a R$ 0,68.
A compensação virá dos impostos sob exportação de petróleo cru de 9,2% por 4 meses, com arrecadação de quase R$ 7 bilhões e entra na conta da expectativa média dos analistas com o fiscal para o período.
Como tudo não pode ser flores, Haddad aproveitou a ocasião para “espetar” o Banco Central, ao dizer que está fazendo a parte dele no fiscal, agora deveria haver uma resposta nos juros, como se somente isso seria suficiente para compensar a ausência de um arcabouço fiscal e de planos econômicos sérios.
Resta agora aguardar os próximos movimentos do governo e os planos fiscais, pois a elevação de impostos neste momento foi de suma importância para não contaminar as expectativas de inflação além do horizonte relevante da política monetária.
No exterior, a China registrou uma série de PMIs acima das expectativas, das medições anteriores e todos além da zona de expansão, demonstrando que a retirada da política de COVID-Zero parece surtir efeitos econômicos, mas sem as indesejadas consequências sanitárias.
A notícia é boa tanto para commodities, como para países emergentes como o Brasil, os quais contam com a China para compensar a redução de ímpeto da atividade econômica nos desenvolvidos, devido ao aperto monetário.
Na agenda hoje, foram divulgadas inflações regionais ao varejo na Alemanha, com pressões ainda fortes, uma piora não esperada em dados de desemprego, enquanto no Reino Unido, os dados de crédito rechaçam a expectativa de recessão.
A ser divulgado hoje uma série de ISMs e PMIs nos EUA e no Brasil, enquanto localmente, as atenções se voltam ao IPC-S semanal e à balança comercial de fevereiro.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após um fechamento difícil no mês de fevereiro.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com exceção da Austrália, seguindo a serie de dados positivos na China.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro e cobre.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, na expectativa pela melhora da atividade econômica chinesa.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,35%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2364 / 0,68 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / 0,794%
Dólar / Yen : ¥ 135,71 / -0,338%
Libra / Dólar : US$ 1,21 / 0,291%
Dólar Fut. (1 m) : 5257,68 / 0,68 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,38 % aa (0,25%)
DI - Janeiro 25: 12,68 % aa (0,64%)
DI - Janeiro 26: 12,74 % aa (0,69%)
DI - Janeiro 27: 12,90 % aa (0,69%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,7370% / 104.932 pontos
Dow Jones: -0,7066% / 32.657 pontos
Nasdaq: -0,0998% / 11.456 pontos
Nikkei: 0,26% / 27.517 pontos
Hang Seng: 4,21% / 20.620 pontos
ASX 200: -0,09% / 7.252 pontos
ABERTURA
DAX: 0,362% / 15420,74 pontos
CAC 40: 0,412% / 7297,88 pontos
FTSE: 0,444% / 7911,26 pontos
Ibov. Fut.: -0,91% / 106156,00 pontos
S&P Fut.: 0,23% / 3984,75 pontos
Nasdaq Fut.: 0,356% / 12115,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,13% / 106,30 ptos
Petróleo WTI: -0,66% / $76,54
Petróleo Brent: -0,50% / $83,03
Ouro: 0,34% / $1.833,08
Minério de Ferro: 2,10% / $126,70
Soja: 0,27% / $1.494,50
Milho: 0,56% / $633,00
Café: -1,89% / $186,80
Açúcar: -0,05% / $20,06