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Mercado do Ouro Atento às Ameaças Tarifárias de Trump na Reunião com a China

Publicado 27.11.2018, 06:17

Às vésperas da sua reunião com o líder da China, Xi Jinping, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que é contra a suspensão da próxima rodada de tarifas mais altas para Pequim. A declaração não poderia ter sido mais desfavorável aos mercados acionários, que tentam se recuperar de uma das suas piores crises já vividas.

Mas isso gera entusiasmo em quem aposta na alta do ouro? O ativo, que é considerado um porto seguro por definição, subirá forte antes das tratativas de 30 de novembro? A resposta é: sim e não.

Os investidores posicionados na compra de ouro certamente se sentirão tentados a aumentar suas posições, mas, a menos que as ações e o dólar — ambos são apostas contrárias ao metal amarelo — caiam nos próximos dias, o ouro provavelmente permanecerá na sua atual faixa de US$ 1.212 a US$ 1.235 por onça, de acordo com o executivo e analista do setor de metais preciosos, Walter Pehowich.

Os mercados acionários tiveram um difícil início de pregão na Ásia nesta terça-feira, depois que Trump, em uma entrevista ao periódico The Wall Street Journal, pareceu acabar com as esperanças de uma trégua comercial com a China às margens da reunião do G20, que será realizada em Buenos Aires, Argentina, na sexta-feira.

Trump promete mais tarifas se não houver acordo

Trump disse ao jornal que era “altamente improvável” que aceitasse o pedido de Pequim para que Washington desistisse dos seus planos de aumentar as tarifas em cerca de US$ 200 bilhões em produtos chineses, passando de 10% para 25%. Autoridades chinesas disseram que sua prioridade era convencer Washington a suspender o aumento de tarifas previsto para 01 de janeiro.

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Sem um acordo, o presidente dos EUA afirmou ainda que poderia impor tarifas alfandegárias de 10% ou 25% sobre cerca de US$ 267 bilhões de importações chinesas atualmente não tarifadas. Entre os produtos onerados estariam aparelhos eletrônicos produzidos por empresas norte-americanas na China, como o iPhone da Apple (NASDAQ:AAPL).

Pehowich apontou que Trump sempre é capaz de gerar apreensão sobre a China, mas os investidores de ouro devem esperar para ver uma prova das declarações do presidente antes de apertar o gatilho para enviar grandes ordens de compra ou venda.

A direção dependerá do resultado da sexta-feira

Ouro Gráfico Semanal

Pehowich, que é vice-presidente executivo de serviços de investimento na Dillon Gage Metals, em Addison, Texas, declarou:

“Todos os mercados estão aguardando a confirmação de um acordo comercial entre EUA e China, mas não saberemos se isso ocorrerá de fato até sexta-feira.”

“Com certeza haverá uma corrida para ativos de segurança se as tratativas comerciais não prosperarem. Mas, se por qualquer razão, a incerteza continuar após sexta-feira, precisaremos cruzar a recente barreira abaixo de US$ 1.232 para estabelecer uma nova força técnica.”

Satendra Singh, analista técnica de commodities, tem uma visão parecida, ao descrever que os futuros de ouro estão em uma “conjuntura decisiva”:

“Não há dúvidas de que os comprados em ouro estão bastante ansiosos para tomar posições agressivas nos níveis atuais. Acredito que somente um movimento sustentável dos futuros de ouro acima do patamar de US$ 1.235 definirá claramente a intenção de quem está comprado no mercado".

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O contrato futuro de ouro na COMEX, em Nova York, com vencimento em dezembro, ajustou-se em US$ 8, ou 0,7%, a $1.222,40 por onça troy, na segunda-feira, à medida que o dólar desenvolvia tendência de alta.

Recomendação de “Forte compra” para o ouro

A perspectiva técnica diária do Investing.com recomenda “Forte Compra” para o ouro, fixando resistência no nível 3 de Fibonacci – a barreira mais forte no curto prazo – a US$ 1.236,93. Isso deixa um teto de menos de US$ 15 para o ouro romper em direção ao seu próximo nível de força.

O ouro era negociado acima de US$ 1.360 em fevereiro, antes das três elevações da taxa de juros nos EUA desde o primeiro trimestre até o terceiro corte que afetou profundamente os preços do metal amarelo. Desde outubro, no entanto, o ouro vem disparando, impulsionado pela forte queda mundial dos mercados acionários, levando-o às máximas de três meses de cerca de US$ 1.244. Mas, como o Federal Reserve planeja aumentar pela quarta vez a taxa de juros em dezembro, o mercado está aflito, incapaz de subir ou recuar muito nesse ínterim.

George Gero, analista de metais preciosos na RBC Wealth Management, de Nova York, declarou na segunda-feira:

"Os traders (estão) analisando com atenção os preços de calls na faixa de US$ 1.235 a $1.250 e puts abaixo de US$ 1.185 a US$ 1.180 — que, se exercidas no dinheiro, podem se tornar novos contratos futuros que precisarão de margem."

Eventos do Fed podem fornecer pistas

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Na quarta-feira, o presidente do Fed, Jerome Powell, fará um pronunciamento sobre o "Plano do Fed para monitorar a estabilidade financeira", no New York Economic Club. O banco central divulgará as atas da sua reunião de 7-8 de novembro no dia seguinte.

Os investidores ficarão atentos a ambos os eventos do Fed em busca de pistas sobre a direção do mercado de ouro. Algumas corretoras de ouro estavam, no entanto, incentivando seus clientes a se posicionarem no ouro agora, dizendo que o metal precioso estava subvalorizado.

Tom Beller, estrategista de mercado responsável por metais preciosos na corretora RJO Futures, de Chicago, declarou:

“Pode ser que não alcancemos US$ 1.250 amanhã. Mas acredito que estamos indo nessa direção, e não estamos tão longe assim.”

“Continuo dizendo: o ouro é compra. Se você me perguntasse, eu diria: realmente está barato."

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