Conforme a realidade dos fatos perante ao vírus chinês se impõe, os temores de contágio global continuaram a afetar os ativos e nem mesmo a notícia não confirmada de uma possível remissão em alguns pacientes foi suficiente para reverter o cenário para os ativos globais.
O aumento dos casos elevou as tensões globais, aliados à notícia de que o prefeito de Wunam admitiu que seu governo reteve do público informações sobre um surto e que cerca de cinco milhões de moradores haviam deixado a cidade antes de ser fechada na última quinta-feira.
Além disso, o feriado foi estendido até fevereiro, assim como as aulas em escolas e universidades.
Casos noticiados na Alemanha, EUA, Japão e outros países já deflagram o temor de uma pandemia.
A OMS também admitiu o erro ao não colocar a doença em alerta global e a evidente reação do mercado financeiro não poderia ser diferente, levando a uma correção forçada dos ativos, muitos os quais se encontravam em sobrepreço.
Todavia, nem tudo é razão para pânicos generalizados, pois como em outras ocasiões, à medida em que as informações se tornam mais abundantes e precisas, as reações dos investidores ganham novos contornos, com uma tentativa de reversão das perdas nesta sessão.
Isso ocorre, pois de maneira bastante pragmática, o temor mais concreto é de perda de ímpeto da atividade econômica chinesa, levemente renovada após a assinatura da Fase-1 da trégua comercial com os EUA.
Férias coletivas, fábricas paradas, cidades fechadas, turismo limitado, consumo retraído, certamente terá algum efeito na China e caso uma mínima resolução para a questão do vírus ocorra antes do retorno do feriado de ano novo, as perdas serão consideravelmente altas.
Com o início da reunião do FOMC, o foco desviado não retira o peso da decisão de juros nos EUA, onde abertamente uma parte dos analistas ‘demanda’ por um corte adicional de juros, ainda que os indicadores de atividade, em especial do mercado de trabalho não justifiquem tal iniciativa, assim como ocorre no Brasil, com a ‘curva’ exigindo um corte adicional da Selic.
Atenção aos balanços de Apple (NASDAQ:AAPL), Pfizer, Visa, SAP, Lockheed Martin (NYSE:LMT), StarBucks, 3M, AMD, Phillips e eBay.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva na sua maioria e os futuros NY abrem em alta, com o mercado se acomodando na questão do vírus.
Na Ásia, dia negativo, mas anúncio do retorno de Hong Kong amanhã evita piora mais acentuada.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque exceto ouro.
O petróleo abre em queda, com temores de atividade econômica fraca.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -3,02%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,2108 / 0,68 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / -0,009%
Dólar / Yen : ¥ 108,83 / 0,055%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,276%
Dólar Fut. (1 m) : 4207,77 / 0,48 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 4,92 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,51 % aa (-0,90%)
DI - Janeiro 25: 6,27 % aa (-0,48%)
DI - Janeiro 27: 6,66 % aa (-0,30%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -3,2900% / 114.482 pontos
Dow Jones: -1,5658% / 28.536 pontos
Nasdaq: -1,8852% / 9.139 pontos
Nikkei: -0,55% / 23.216 pontos
Hang Seng: 0,15% / 27.950 pontos
ASX 200: -1,36% / 6.994 pontos
ABERTURA
DAX: -0,030% / 13200,78 pontos
CAC 40: 0,065% / 5866,83 pontos
FTSE: 0,189% / 7426,05 pontos
Ibov. Fut.: -3,32% / 114618,00 pontos
S&P Fut.: 0,417% / 3253,10 pontos
Nasdaq Fut.: 0,441% / 8991,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,34% / 75,98 ptos
Petróleo WTI: -0,53% / $52,91
Petróleo Brent: -1,01% / $58,70
Ouro: -0,18% / $1.579,20
Minério de Ferro: -0,36% / $94,01
Soja: -0,89% /$ 889,25
Milho: -0,39% / $379,25
Café: -0,33% / $106,20
Açúcar: 0,07% / $14,22