Aproveitando o exterior positivo e o dia do vencimento de opções do Ibovespa, o mercado na sessão de ontem entrou num ritmo positivo entre os ativos, sem nenhum noticioso local concreto para sustentar tal movimento, o qual incluiu fechamento das curvas de juros e dólar em queda.
Para alimentar tal movimento no exterior, os investidores miraram nas falas de Powell, o qual continua a alimentar as esperanças de um contexto de total e completa liquidez, com o Fed sustentando juros baixos por um período relativamente indeterminado, de forma a levar ao ajuste da economia americana.
Com o duplo mandato do Fed, Powell afirma que os instrumentos serão utilizados primeiramente para atingir novamente o pleno emprego e as metas de inflação, com a reversão vindo com um período de pressões de preços acima das metas até a conclusão de tal cenário.
Ele ainda cita que o fluxo de compra de ativos deve terminar antes, ou mesmo bem antes da elevação de juros, ou seja, o cenário estimulativo tem um espectro de tempo relativamente longo à frente.
Tal cenário de recuperação foi corroborado pelo Livro Bege do Fed, mostrando melhora moderara (sempre usam este termo) do consumo de bens e serviços em diversos dos distritos.
Localmente, o noticioso de não-avanço do orçamento e de programas como Pronampe e o Bem não afetaram o mercado, se mantendo ainda alheio aos problemas, com foco mais expressivo em aguardar uma resposta definitiva, em meio à enorme serie de especulações.
Entre CPI, orçamento, planos de auxílio à COVID-19, tentativa de preservar as regras fiscais e ao mesmo tempo, comportar parte das demandas dos congressistas, o mercado provavelmente busca no exterior o referencial de rumo, dado que o local, neste sentido, não tem ajudado em nada.
Chamam a atenção na agenda hoje o IGP-10, com projeção de arrefecimento em parte dos preços no atacado, porém pressões ainda presentes no varejo, o volume do setor de serviços do IBGE e nos EUA, vendas no varejo e produção industrial, ambos para março, além dos pedidos semanais de auxílio desemprego.
Atenção aos balanços de Bank of America (NYSE:BAC) (SA:BOAC34), BlackRock (NYSE:BLK)(SA:BLAK34), Citigroup (NYSE:C) (SA:CTGP34), Charles Schwab (NYSE:SCHW) (SA:SCHW34), PPG Industries (NYSE:PPG)(SA:P1PG34) e Delta Air Lines (NYSE:DAL) (SA:DEAI34).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pela temporada de balanços e novos recordes nas bolsas de valores.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, puxados por Taiwan.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro na China.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, apesar das projeções de aumento da demanda.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,53%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,6533 / -1,12 %
Euro / Dólar : US$ 1,20 / 0,000%
Dólar / Iene: ¥ 108,79 / -0,156%
Libra / Dólar : US$ 1,38 / 0,094%
Dólar Futuro (1 m) : 5697,49 / -0,07 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 5,74 % aa (0,09%)
DI - Janeiro 23: 6,58 % aa (-1,94%)
DI - Janeiro 25: 8,30 % aa (-1,07%)
DI - Janeiro 27: 8,95 % aa (-0,78%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,8362% / 120.295 pontos
Dow Jones: 0,1592% / 33.731 pontos
Nasdaq: -0,9878% / 13.858 pontos
Nikkei: 0,07% / 29.643 pontos
Hang Seng: -0,37% / 28.793 pontos
ASX 200: 0,51% / 7.059 pontos
ABERTURA
DAX: 0,279% / 15251,63 pontos
CAC 40: 0,257% / 6224,56 pontos
FTSE 100: 0,334% / 6962,74 pontos
Ibovespa Futuros: 0,88% / 120734,00 pontos
S&P 500 Futuros: 0,408% / 4134,70 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0,569% / 13875,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,18% / 86,03 ptos
Petróleo WTI: -0,44% / $62,84
Petróleo Brent: -0,44% / $66,19
Ouro: 0,65% / $1.746,47
Minério de Ferro: 2,37% / ¥ $171,42
Soja: 0,62% / $1.418,75
Milho: 1,01% / $600,00
Café: -0,61% / $131,15
Açúcar: 0,57% / $15,94