O pretenso fechamento de questão contra a reforma da previdência por parte do PSB, o que se descobriu não ser tão fechado assim incrementou a volatilidade do mercado ontem.
O governador do PSB de Pernambuco, Paulo Câmara criticou a decisão do partido e interlocutores do governo tentam ao máximo evitar uma contaminação de um grupo da base que já não votaria com o governo.
No contexto externo, as atenções se voltam ao plano de reforma tributária de Trump e de repatriação de lucros e dividendos. Apesar das recentes trapalhadas, este é um ponto em que o novo governo consegue angariar apoio do mercado.
Mesmo assim, requer atenção exatamente pelo potencial inflacionário e pela possível reação do Fed, com o reforço ao aperto monetário.
CENÁRIO MACROECONÔMICO
Os indicadores do setor externo surpreenderam ontem não pela elevação dos Investimentos Externos Diretos (IED), porém pela influência do saldo de balança comercial nas contas correntes, levando a um superávit no período.
Já o custo de construção da GV, divulgado hoje e serve de indicador antecedente dos IPAs superou o piso das projeções do mercado com queda de -0,08%, mais um item na contração dos índices inflacionários.
Deste modo, sobram exatamente as reformas para que o Banco Central avance com maiores cortes de juros ainda este ano.
CENÁRIO DE MERCADO
O avanço de Macron na França animou os investidores ontem, além efetivamente de balanços corporativos positivos. Já num “rescaldo”, as bolsas na Europa abrem em leve queda e os futuros das bolsas em NY abrem em alta, todos flertando com a estabilidade.
O dólar mostrou expressiva recuperação das fortes perdas globais de ontem e continua a operar em alta contra as divisas no mundo na abertura e o rendimento dos Treasuries registra queda em todos os vencimentos, desde os mais curtos, até os mais longos.
Entre as commodities, o ouro continua a cair pela menor percepção de risco e entre os metais, somente o paládio opera em alta, com leve queda no minério de ferro, em consequência à maior oferta em portos chineses.
O petróleo opera em queda em todas as praças, após a alta de ontem, ainda devido ao aumento da extração americana do óleo de xisto e elevação dos estoques globais da commodity.
Entre os balanços corporativos, destacam-se A&T, Alfa Laval, P&G, Santander Brasil (SA:SANB11), Santander, Hershey, Fibria (SA:FIBR3), Fiat, Duratex (SA:DTEX3), Dolby, Lufthansa, Deutsche Boerse (DE:DB1Gn), Legg Mason (NYSE:LM), Nasdaq e Pepsico.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1472 / 0,61 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / -0,293%
Dólar / Yen : ¥ 111,14 / 0,045%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / -0,140%
Dólar Fut. (1 m) : 3156,96 / 0,70 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,53 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,42 % aa (0,86%)
DI - Janeiro 21: 10,06 % aa (1,41%)
DI - Janeiro 25: 10,50 % aa (1,84%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,18% / 65.148 pontos
Dow Jones: 1,12% / 20.996 pontos
Nasdaq: 0,70% / 6.025 pontos
Nikkei: 1,10% / 19.289 pontos
Hang Seng: 0,50% / 24.578 pontos
ASX 200: 0,69% / 5.912 pontos
ABERTURA
DAX: -0,133% / 12450,48 pontos
CAC 40: -0,063% / 5274,54 pontos
FTSE: -0,106% / 7267,90 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 65950,00 pontos
S&P Fut.: -0,050% / 2383,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,032% / 5550,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,01% / 84,02 ptos
Petróleo WTI: -0,63% / $49,25
Petróleo Brent:-0,52% / $51,83
Ouro: 0,13% / $1.265,72
Aço: -0,33% / $70,44
Soja: -0,48% / $18,19
Milho: 0,14% / $365,50
Café: 0,62% / $130,70
Açúcar: 0,06% / $16,09