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Mercados avançam, de olho nas autoridades de diversos bancos centrais em Sintra

Publicado 28.06.2023, 08:02
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Bem-vindo à sua leitura matinal de cinco minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.

ÁSIA: Os mercados asiáticos fecharam sem direção na quarta-feira, com os investidores da região digerindo dados econômicos da Austrália e China.

Na Austrália, o S&P/ASX 200 subiu 1,10% para fechar em 7.196,50 pontos, com o benchmark registrando seu maior ganho diário desde 11 de abril. Ações discricionárias de consumo e financeiras recuperaram em meio às esperanças de uma pausa nos aumentos das taxas de juros após a taxa de inflação de maio ficar em 5,6%, abaixo da expectativas dos economistas que esperavam que a inflação caísse para 6,1%, em comparação com os 6,8% registrados em abril e o pico de 8,4% em dezembro. É o menor aumento anual da inflação em mais de um ano, tirando parte da pressão do Banco Central para aumentar as taxas de juros novamente na próxima semana. As mineradoras BHP, Rio Tinto (LON:RIO) e Fortescue Metals (ASX:FMG) fecharam em alta de 1,1%, 1% e 0,5%, respectivamente, enquanto as empresas exploradoras de petróleo Santos e Woodside Energy avançaram 1,5% e 1,1%. As mineradoras de ouro Evolution Mining e Northern Star fecharam em queda de 0,9% e 1%.

No Japão, o Nikkei recuperou com uma alta de 2,02% após três dias consecutivos de perdas, cruzando a marca de 33.000 e fechando em 33.193,99 pontos.

Em contraste, o Kospi da Coreia do Sul perdeu 0,67% para terminar em 2.564,19 pontos, registrando o segundo dia consecutivo de perdas.

O índice Hang Seng de Hong Kong reverteu as perdas iniciais para subir 0,12% e fechar em 19.172,05 pontos.

Os mercados da China continental fecharam em território negativo, já que os lucros industriais da China caíram 18,8% nos primeiros cinco meses de 2023 em relação ao ano anterior. Os lucros das empresas industriais da China foi 1,8% menor do que o declínio de 20,6% nos lucros industriais da China de janeiro a abril, disse o Departamento Nacional de Estatísticas da China em um comunicado. Na base mensal, publicados ocasionalmente pelo DNE, os lucros industriais da China contraíram 12,6% em maio em relação ao ano anterior. O Shanghai Composite caiu 0,01% para terminar o dia em 3.189,38 pontos, enquanto o Shenzhen Component teve uma perda de 0,47%, fechando em 10.926,32 pontos.

Segundo o Wall Street Journal, os EUA estão considerando novas restrições às exportações de chips de inteligência artificial para a China. Citando pessoas familiarizadas com o assunto, o jornal informou que o Departamento de Comércio dos EUA pode interromper as remessas de chips fabricados pela Nvidia e outras empresas para clientes na China já em julho. As ações das empresas de semicondutores da China continental caíram na quarta-feira, com a SMIC perdendo 2,42% e Hua Hong Semiconductor deslizando 3,19%

EUROPA: A maioria dos mercados europeus sobe na quarta-feira depois de quebrar provisoriamente uma sequência de quedas, com investidores acompanhando o encontro dos banqueiros no evento do Banco Central Europeu que ocorre em Sintra, Portugal.

Falando na terça-feira, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, disse que a inflação ainda está muito alta na zona do euro e que é muito cedo para “declarar vitória” sobre os preços elevados. O membro do Conselho de Administração do BCE, Mārtiņš Kazāks, disse que os mercados se enganaram ao pensar que as taxas cairiam rapidamente e disse acreditar que “no próximo ano é muito cedo” para pensar em cortes. Ele disse que a flexibilização da política monetária não deve ocorrer até que a inflação esteja “significativa e persistentemente” abaixo da meta de 2%.

O economista-chefe do Banco Central Europeu, Philip Lane, alertou na terça-feira os mercados a respeito dos cortes nas taxas de juros nos próximos dois anos. O BCE elevou as taxas em 400 pontos-base desde julho de 2022. Os mercados precificaram outro aumento de 25 pontos-base no próximo mês e estão avaliando uma nova alta em setembro, mas alguns economistas especularam que o BCE pode ter que reverter seu aperto monetário à medida que os aumentos das taxas empurram a economia da zona do euro para trás, no entanto, Lane sugeriu que os formuladores de políticas precisarão manter o rumo e manter as condições monetárias restritivas por algum tempo. “Teremos um período sustentado em que as taxas precisam permanecer restritivas para garantir que não tenhamos nenhum novo choque que nos afaste de 2% e que a durabilidade da "restritividade" é muito importante” e complementou que “quando olho para o horizonte nos próximos dois anos, não vejo cortes rápidos nas taxas, então não acho apropriado esperar cortes rápidos nas taxas”.

A medida que o meio dia se aproxima, o pan-europeu Stoxx 600 sobe 0,8%, com ações de construção e materiais sustentando o índice regional. As ações de recursos básicos caem, contrariando a tendência positiva.

O alemão DAX 30 sobe 0,8%, o francês CAC 40 sobe 0,8% e FTSE MIB da Itália avança 0,4%.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha sobe 0,6% e o português PSI 20 cai 0,1%.

Em Londres, o FTSE 100 sobe 0,6%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) cai 1%, Antofagasta (LON:ANTO) perde 0,2% enquanto as gigantes BHP e Rio Tinto tombam 0,2% e 0,4%, respectivamente. A petrolífera BP sobe 0,5%.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA caem na manhã de quarta-feira, com as ações de chips recuando com relatos de que Washington emitirá uma nova proibição de exportações para a China e com os investidores considerando o caminho a ser seguido pelas taxas de juros e aguardando novos comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.

Durante as negociações de terça-feira, o Dow Jones Industrial Average registrou sua primeira sessão positiva em sete, com o índice de 30 ações fechando com alta de 0,63%, em 33.926,74 pontos. Enquanto isso, o S&P 500 avançou 1,15%, em 4.378,41 pontos e o Nasdaq Composto saltou 1,65%, em 13.555,67 pontos, impulsionados por um ressurgimento de interesse pelas ações de tecnologia após a liquidação massiva na semana passada.

Os mercados receberam um impulso de uma série de dados dos EUA na terça-feira que amenizaram as preocupações sobre uma forte desaceleração econômica, com aumentos registrados nas encomendas de bens de capital e na confiança do consumidor.

Os investidores estão se preparando para fechar o melhor primeiro semestre do Nasdaq em 40 anos, enquanto aproveitam uma onda de otimismo em torno da inteligência artificial que impulsionou significativamente um punhado de ações de tecnologia de mega capitalização. O S&P 500 e o Nasdaq Composite subiram 14% e 29%, respectivamente neste ano.

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, falará às 10h30 de quarta-feira em um painel de políticas no Fórum do Banco Central Europeu em Sintra, Portugal. Powell falará ao lado do governador do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde e do governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda.

Os investidores esperam obter novos "insights" sobre o que os formuladores de políticas esperam para as taxas de juros e a inflação daqui para frente. Os bancos centrais tem adotado abordagens diferentes para suas políticas de taxa de juros recentemente. O Fed e o Banco do Japão optaram por manter as taxas estáveis, enquanto o Banco da Inglaterra e o Banco Central Europeu aumentaram as taxas de juros em 50 e 25 pontos base, respectivamente.

Powell indicou recentemente que mais aumentos nas taxas de juros são esperados nos EUA, já que os objetivos da política do Federal Reserve para aliviar a economia e diminuir a inflação ainda não foram totalmente alcançados, enquanto os dados econômicos refletem a resiliência da economia e levam os mercados a precificar outro aumento de juros quando o Fed se reunir em julho, embora ache que o banco central possa fazê-lo em “um ritmo mais moderado”.

Na agenda econômica, a balança comercial de bens dos EUA e os estoques preliminares do atacado sairá às 9h30, enquanto os estoques de petróleo bruto sairá às 11h30.

Os investidores seguem aguardando o relatório do índice de gastos com consumo pessoal de sexta-feira, que é a medida de inflação preferida do Fed.

CRIPTOMOEDAS: As criptomoedas negociam em baixa nesta quarta-feira, após recente rali que levou a maior criptomoeda próximo das máximas recentes de US$ 32.000.

O Bitcoin cai 0,2% nas últimas 24 horas, próximo de 30.322.20 enquanto o Ethereum, a segunda maior criptomoeda recua 0,77%, tentando sustentar acima de US $ 1.860.

Criptos menores ou altcoins também sucumbem, com Cardano perdendo 2,4%, mas Polygon recuando 4,1%. As memecoins seguem no vermelho, com Dogecoin caindo 1,1% e Shiba Inu perdendo 3%.

Bitcoin: +1,32% em US $ 30.662,80
Ethereum: -0,02% em US $ 1.883,24

ÍNDICES FUTUROS - 7h50:
Dow: +0,06%
S&P 500: +0,26%
NASDAQ: +0,53%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: +4,11%
Brent: -1,14%
WTI: -1,25%
Soja: -1,44%
Ouro: -0,01%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.

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