Na linha do cenário de pressões inerentes à falta de mão de obra, com elevação cos custos de serviços, com os problemas da cadeia de suprimentos, commodities e queda global do valor do dólar, a inflação ao varejo ontem nos EUA mostrou que aos 0,6% mensais, este problema não é exclusividade nossa.
São diversas ocasiões em que citamos que tal problema tenderia a se alastrar, dadas as medidas tomadas pelo Federal Reserve, pelo nosso Banco Central e por bancos centrais de diversas localidades no mundo.
Série Especial – Inflação nos EUA: a Batalha entre Fed e Mercado
Agora, além do processo de recuperação econômica, advinda principalmente do processo contínuo de imunização da população global, o problema grave ainda vem da China e pouco se tem discutido.
O aumento expressivo de estoques no último ano, um dos motivos da forte pressão global por preço de commodities, em especial metálicas, não significa necessariamente um ajuste da cadeia de suprimentos.
Ainda que alguns fornecedores já deem sinais de regularização das exportações e lentamente retomem o abastecimento aos produtores, este processo ainda é lento e muito aquém da capacidade de produção da China, o que suscita a dúvida sobre a real velocidade do crescimento da segunda maior economia do mundo neste momento.
Seria a China capaz de reverter tal problema na velocidade em que o mundo já demanda e pode demandar ainda mais no curto prazo? Quais problemas mais graves ocorrem na cadeia que a China não deixa transparecer ao mundo?
A falta destas respostas só pode suscitar em uma coisa com o aquecimento econômico global previsto: mais inflação.
O Brasil tem dado reiterados sinais de recuperação da atividade econômica, acima das projeções dos analistas e caso grandes estados como São Paulo abandonem as políticas que tem literalmente reduzido a velocidade de imunização, ou seja, voltar tão somente por idade, a velocidade pode novamente aumentar e de maneira definitiva, dado o estoque de vacinas.
O volume do setor de serviços hoje pode ser mais um indicador na linha de recuperação e tal evento não é exclusivo ao Brasil como país emergente, apesar da ressurgência da doença em diversos países fronteiriços ao nosso.
A Europa se aproxima de 50% da população imunizada, portanto, tendendo à reabertura, especialmente no verão, que promete ser quente e propício ao turismo.
Tudo remete à atividade econômica aquecida e o papel da China neste processo é fundamental.
No fim, tudo se resume ao princípio econômico mais básico: oferta e demanda.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, enquanto os mercados globais avaliam a força da inflação.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos na maioria, divididos entre a leitura de novos recordes nas bolsas e a inflação americana mais forte.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, no terceiro aumento semanal com a recuperação da demanda.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,24%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0571 / -0,11 %
Euro / Dólar : US$ 1,22 / -0,066%
Dólar / Iene : ¥ 109,50 / 0,183%
Libra / Dólar : US$ 1,42 / -0,148%
Dólar Futuro. (1 m) : 5085,36 / 0,20 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 6,31 % aa (2,85%)
DI - Janeiro 23: 6,92 % aa (1,54%)
DI - Janeiro 25: 7,94 % aa (1,28%)
DI - Janeiro 27: 8,42 % aa (1,08%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,1304% / 130.076 pontos
Dow Jones: 0,0554% / 34.466 pontos
Nasdaq: 0,7805% / 14.020 pontos
Nikkei: -0,03% / 28.949 pontos
Hang Seng: 0,36% / 28.842 pontos
ASX 200: 0,13% / 7.312 pontos
ABERTURA
DAX: 0,294% / 15617,06 pontos
CAC 40: 0,602% / 6585,91 pontos
FTSE 100: 0,582% / 7129,42 pontos
Ibovespa Futuros: 0,13% / 130148,00 pontos
S&P 500 Futuros: 0,462% / 4238,10 pontos
Nasdaq Futuros: -0,036% / 13965,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,34% / 95,35 ptos
Petróleo WTI: 0,20% / $70,44
Petróleo Brent: 0,21% / $72,71
Ouro: -0,29% / $1.892,55
Minério de ferro: 0,82% / $211,91
Soja: -0,11% / $1.543,00
Milho: -1,07% / $693,00
Café: 0,85% / $159,50
Açúcar: -1,08% / $17,43