Termina uma semana pesada para os ativos de mercado financeiro e carregada de indicadores relevantes, com destaque hoje para o mercado de trabalho nos EUA, após um forte resultado positivo de criação de vagas no setor privado e finalmente, a inflação do IPCA no Brasil.
As pressões de preços no Brasil podem estar próximas de sua reversão, em vista à uma grande série de indicadores apontando para um alívio em ao menos produtos alimentícios, estabilidade em energia e consequentemente, habitação, porém temores quanto aos transportes.
O peso deste último item vai muito além da questão dos combustíveis, pois afeta transporte público, individual, passagens aéreas e um dos piores itens, o frete, o qual pesa em toda a cadeia de preços.
O problema de não se observar alívio neste item vem da defasagem de preços no Brasil que tanto a desvalorização cambial, quanto o próprio preço do petróleo criam e que neste momento, está em torno de 20% em relação ao contexto global.
Este indicador demonstra que as elevações de preços de combustíveis e seus tradicionais efeitos em cadeia ainda estão longe de terminar e a especulação global com preços de energia deve continuar a pressionar o setor.
No restante, o importante é se observar como a melhora na perspectiva dos índices pluviométricos afetarão inicialmente os alimentos, mas ainda tem efeito limitado na redução do custo de energia elétrica, dado o estado atual dos reservatórios.
No exterior, a chegada de um acordo mínimo para a elevação do teto da dívida nos EUA ainda não exime toda a discussão em torno da aprovação do pacote social de Biden e a discussão sobre o pacote bipartidário de infraestrutura.
A questão da necessidade de estímulos tem um caráter neste momento mais político, do que econômico, pois os indicadores tanto de inflação, quanto de atividade econômica, em especial o mercado de trabalho (Payroll de hoje) já indicam o fim da injeção de liquidez por parte do Fed e eis o temor dos democratas.
Se ocorrer o Tapering, isso significaria também que a necessidade de outros estímulos estaria comprometida, assim como o apoio para novos gastos, vistos agora como possivelmente exagerados e com motivações políticas.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pelo relatório do mercado de trabalho nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos com o retorno total do referencial das bolsas chinesas.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos até os 5 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York com dúvidas sobre os EUA liberarem as reservas estratégicas de gás. O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,36%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,5188 / 0,46 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / 0,139%
Dólar / Iene : ¥ 111,86 / 0,197%
Libra / Dólar : US$ 1,36 / -0,015%
Dólar Fut. (1 m) : 5523,41 / 0,39 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 8,65 % aa (-0,58%)
DI - Janeiro 23: 9,19 % aa (1,38%)
DI - Janeiro 25: 10,20 % aa (0,99%)
DI - Janeiro 27: 10,62 % aa (1,14%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: 0,0233% / 110.585 pontos
Dow Jones: 0,9819% / 34.755 pontos
Nasdaq: 1,0489% / 14.654 pontos
Nikkei: 1,34% / 28.049 pontos
Hang Seng: 0,55% / 24.838 pontos
ASX 200: 0,87% / 7.320 pontos
Abertura
DAX: -0,186% / 15222,45 pontos
CAC 40: -0,391% / 6574,40 pontos
FTSE 100: 0,073% / 7083,20 pontos
Ibovespa Futuros: 0,08% / 110607,00 pontos
S&P 500 Futuros.: 0,02% / 4391 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -0,116% / 14875,25 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 0,41% / 102,76 ptos
Petróleo WTI Futuros: 1,01% / $79,04
Petróleo Brent: 0,95% / $82,73
Ouro: 0,19% / $1.759,01
Minério de Ferro: 3,03% / $118,10
Soja: 0,84% / $1.257,75
Milho: 0,61% / $537,25
Café: 0,58% / $199,30
Açúcar: 0,50% / $19,95