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Mesmo com ceticismo do Itaú, BTG Pactual é nossa posição favorita em bancos

Publicado 18.10.2022, 10:04
BPAC11
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Já se perguntou o que levou o Itaú BBA a rebaixar a ação do BTG Pactual (BVMF:BPAC11) para "market performance"?

Nos cálculos do Itaú BBA, pagar 12x lucros no BTG versus o quanto os outros bancos estão negociando não vale a pena.

Antes do relatório, publicado em setembro, os papéis ITUB4 BPAC11 escalavam juntos todos os picos dos Andes.

É claro que isso começou a incomodar.

Então, o Itaú BBA cortou a recomendação das units do banco de André Esteves e reduziu o preço-alvo de R$ 34 para R$ 31.

O efeito disso? As units do BTG caíram -5% no dia, mas já se recuperaram e, desde então, sobem +1,5%.

O incômodo dos “bancões”

O BTG atualmente cresce mais do que os grandes bancos brasileiros e deve continuar entregando fortes resultados (imagem abaixo), roubando clientes e aumentando o leque de serviços ofertados.

Gráfico apresenta Lucro (verde) e P/L (branco) de BPAC x ITUB x BBDC x XP.
Lucro (verde) e P/L (branco) de BPAC x ITUB x BBDC x XP (BVMF:XPBR31). Fonte: Bloomberg

Os analistas do BBA acreditam que o preço do BTG não é tão atrativo quanto o de outros bancos. No entanto, na imagem acima, vemos que apesar de negociar a múltiplos um pouco mais altos, o histórico de crescimento e a visibilidade futura do BTG justificam esse prêmio acima dos "bancões".

O BTG negocia a aproximadamente 11x lucros com um crescimento composto anual de lucro de 20% ao ano. Além disso, a empresa vem desenvolvendo novas áreas de negócios que estão apresentando excelentes resultados e, com isso, conseguem manter seu retorno sobre o patrimônio a níveis superiores aos dos bancões, quando comparamos as mesmas áreas.

BTG comparado a bancos estrangeiros

Outra comparação interessante do crescimento do BTG é em relação aos principais bancos dos Estados Unidos.

Mesmo quando comparamos o banco brasileiro com os bancos americanos, o BTG ainda parece melhor.

Tanto o JP Morgan (NYSE:JPM) quanto o Bank of America (NYSE:BAC) e o Goldman Sachs (NYSE:GS) negociam a múltiplos próximos aos do BTG, mas com resultados caindo e em um mercado que ainda deve sofrer com juros subindo.

Lucro e P/L de BPAC x JP Morgan x Bank of America x Goldman Sachs.
Lucro e P/L de BPAC x JP Morgan x Bank of America x Goldman Sachs. Fonte: Bloomberg

Pontos favoráveis para o BTG

Apesar do mercado mais fraco para a área de banco de investimentos, o BTG continua entregando resultados recordes.

A estratégia do banco em diversificar as fontes de receita, entrando no varejo e trazendo serviços digitais, tem dado muito certo e vem incomodando bastante os grandes bancos (roubam os clientes e oferecem tantos produtos quanto).

Nesse contexto, dentro da estratégia de varejo e penetração digital, o banco têm surpreendido em  duas linhas de negócios.

Tanto a parte de Asset (gestão de recursos) quanto a parte de Wealth & Consumer Banking tem entregado resultados muito bons. Mesmo em um cenário mais adverso para o mundo de investimentos, a companhia segue captando muito bem os recursos de seus clientes.

No segundo trimestre de 2022 (2T22), a área de gestão de fundos cresceu +50% em sua receita, com o aumento de captação ("net new money") e com o registro de taxas de performance no trimestre.

Já a área de gestão de fortunas + banco digital cresceu +66% com o avanço do varejo de alta renda e os resultados da Empiricus 100% inclusos no trimestre.

Perspectivas para o terceiro tri

Para o terceiro trimestre de 2022 (3T22), o BTG continuará se destacando no setor.

A expectativa é de um crescimento de receita próximo de 20% e de lucro de 25% no terceiro trimestre.

Nossa recomendação


Mesmo negociando a múltiplos mais altos que os bancões (10x Lucros), seguimos bastante confiantes em relação à empresa.

Reiteramos recomendação de compra para as units BPAC11.

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