Nada de novo ocorreu em relação à China Evergrande Group (HK:3333) e sua dívida de US$ 300 bi, porém os mercados, ainda com a ausência das bolsas da China ensaiam uma recuperação no primeiro dia das reuniões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil.
É difícil prever a sustentabilidade deste alívio, sem nada de novo em meio aos desafios impostos pela dimensão do problema na China, ainda desconhecida do mundo e seus impactos.
O que é certo é que o caráter deflacionário de uma propagação sistêmica do problema da Evergrande ainda não pode ser encarado como algo que reverta as pressões globais de preços presentes neste momento, ou seja, o suficiente para ‘ajudar’ na condução das políticas monetárias.
O Fed possui um intenso desafio interno na condução de sua política, pois ainda que esteja longe de uma normalização das taxas de juros, as pressões por retirada dos estímulos ganha corpo entre seus governadores.
Para complicar o viés de Powell, nesta reunião serão divulgadas as projeções do Fed e os famosos DotPlots, gráficos de pontos que indicam quantos membros estão favoráveis a cada tipo de cenário para cada indicador.
Este é um dos pontos mais relevantes, pois se a maioria começar a indicar perspectivas de mercado de trabalho mais robustas, combinadas com riscos de uma inflação mais alta e por fim e mais importante, a projeção de juros em ascensão num futuro próximo, esta é a chave para o início do Tapering.
Powell insiste que ele mesmo deve providenciar ao mercado de maneira antecipada quaisquer intenções de redução dos estímulos, hoje feita através da compra mensal de US$ 120 bi de bonds.
No cenário anterior, eram 7 membros a favor de juros maiores, contra 11 contrários e nisto se concentrará a atenção do mercado como um todo.
Já o Copom, bem, 100 bp e grande expectativa quanto à comunicação, cada vez mais relevante, pois tem se reforçado extra-canais oficiais.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com alívio das pressões da China Evergrande Group (HK:3333) e início das reuniões dos BCs.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com exceção do Nikkei, ainda com atenção à Evergrande.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque à prata e cobre.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, mesmo com o aumento da produção do Golfo do México.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -10,62%.
Câmbio
Dólar à vista: R$ 5,3245 / 0,67 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / 0,085%
Dólar / Iene: ¥ 109,54 / 0,091%
Libra / Dólar : US$ 1,37 / 0,190%
Dólar Futuros. (1 m) : 5371,62 / 1,46 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 8,48 % aa (0,18%)
DI - Janeiro 23: 8,99 % aa (-0,61%)
DI - Janeiro 25: 10,13 % aa (-0,78%)
DI - Janeiro 27: 10,54 % aa (-0,85%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: -2,3292% / 108.844 pontos
Dow Jones: -1,7765% / 33.970 pontos
Nasdaq: -2,1940% / 14.714 pontos
Nikkei 225: -2,17% / 29.840 pontos
Hang Seng: 0,51% / 24.222 pontos
ASX 200: 0,35% / 7.274 pontos
Abertura
DAX: 1,371% / 15339,44 pontos
CAC 40: 1,378% / 6544,74 pontos
FTSE 100 1,101% / 6979,91 pontos
Ibovespa Futuros: -2,33% / 109090,00 pontos
S&P 500 Futuros: -0,877% / 4375,10 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0,723% / 15114,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,61% / 96,64 ptos
Petróleo WTI Futuros: 1,07% / $71,04
Petróleo Brent: 0,99% / $74,63
Ouro: 0,22% / $1.767,69
Minério de Ferro: -4,66% / $117,01
Soja: 0,00% / $1.262,50
Milho: -0,77% / $517,75
Café: 0,38% / $183,30
Açúcar: 1,38% / $19,12