Unanimemente, o FOMC manteve os juros inalterados nos EUA reforçando a paciência em elevar para taxa de juros e indicando futuras mudanças dependerão dos desdobramentos das condições econômicas e fez a retirada do termo “aumentos graduais”.
Em resumo, reforçou o discurso recente e a cautela na condução da política monetária.
Além disso, o comitê citou o balanço de títulos do Fed, onde o ajuste no ritmo de redução da carteira de títulos ocorrerá sempre que as condições assim o permitirem, de maneira mais suave do que anteriormente esperado.
Este é o Fed se ajustando à possível nova realidade global de crescimento econômico mais modesto, combinado com desafios que não dependem de fatores técnicos e econômicos, ou seja, imensuráveis, como a guerra comercial, questões migratórias na Europa, problemas geopolíticos com Rússia e China, entre outros fatores.
As atenções se voltam também às mais recentes declarações de Mourão, onde os militares devem entrar na primeira fase da reforma da previdência por projeto de lei e os civis por emenda constitucional, com expectativa de aprovação no primeiro semestre, com adicional apoio dos governadores durante reunião recente com Mansueto.
Tal otimismo já levou a algumas revisões de cenário no Brasil, contando inclusive com cortes de juros por parte do COPOM. Preferimos aguardar, pois a grande quantidade de externalidades pode fazer do Banco Central algo mais conservador num futuro próximo, mesmo com a inflação controlada.
Atenção aos resultados corporativos de Samsung, Amazon (NASDAQ:AMZN), Shell, Roche, MasterCard, Unilever (LON:ULVR), DuPont (NYSE:DWDP), Diageo (LON:DGE), GE, ConocoPhillips (NYSE:COP), Nintendo, Sumitomo, Mizuho, Sherwin-Williams, Ferrari, Hershey, Nokia, Eastman Chemical, Yakult e Ajinomoto.
No Brasil, Bradesco (SA:BBDC4).
CENÁRIO POLÍTICO
Àqueles que viam em Renan Calheiros um bastião de oposição ao governo ao abraçar a campanha petista para presidente parece não conhecer bem o senador.
Em seu estado, dificilmente alçaria à vitória com uma campanha contra o governo que supostamente beneficiou o Alagoas, ainda que um dos mais pobres da federação.
Assim como Temer, Renan transita com facilidade nos corredores do congresso como uma cobra desliza suavemente entre as árvores.
Daí imaginar que se isolaria num governo com baixa oposição e com apoio popular, com o país demandando reformas, é muita ingenuidade.
Caso vença, Renan será Bolsonaro ‘desde criancinha’, tenham certeza.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com as declarações do FOMC.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, também pela manutenção de juros nos EUA.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos na em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, alta, com destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em alta, com maior apetite pelo prêmio de risco.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 0,4%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,6804 / -1,21 %
Euro / Dólar : US$ 1,15 / 0,044%
Dólar / Yen : ¥ 108,54 / -0,459%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,091%
Dólar Fut. (1 m) : 3723,39 / -0,10 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,46 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,14 % aa (0,42%)
DI - Janeiro 22: 7,85 % aa (0,90%)
DI - Janeiro 25: 8,89 % aa (1,14%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,42% / 96.996 pontos
Dow Jones: 1,77% / 25.015 pontos
Nasdaq: 2,20% / 7.183 pontos
Nikkei: 1,06% / 20.773 pontos
Hang Seng: 1,08% / 27.942 pontos
ASX 200: -0,37% / 5.865 pontos
ABERTURA
DAX: 0,078% / 11190,33 pontos
CAC 40: 0,259% / 4987,64 pontos
FTSE: 0,649% / 6986,68 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 97296,00 pontos
S&P Fut.: 0,067% / 2684,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,245% / 6854,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,36% / 81,25 ptos
Petróleo WTI: 0,07% / $54,27
Petróleo Brent:0,29% / $61,83
Ouro: 0,14% / $1.321,80
Minério de Ferro: 0,15% / $75,60
Soja: 0,18% / $16,65
Milho: -0,13% / $380,50
Café: 0,64% / $102,70
Açúcar: 0,48% / $12,63