Passado o dia em que a correção dos ativos finalmente ocorreu, após a grande sequência de dias positivos nas bolsas de valores mundiais, o cenário se volta agora ao Federal Reserve, mas principalmente, à expectativa pelas projeções econômicas do comitê de política monetária do Fed (FOMC).
Entender o ponto de vista a autoridade monetária sobre a economia neste momento é importante para entender a velocidade esperada da recuperação dos indicadores econômicos em meio à retomada parcial da atividade em diversas localidades.
Além disso, o Fed mostrou que o afrouxamento monetário está em sua margem limite, portanto os instrumentos a serem adotados de agora em diante devem repetir as doses dos programas de alívio quantitativo, inclusive na forma de recompra de ativos.
Para os mercados, é de suma importância tais sinais, pois o ritmo de alta nos preços estava se tornando exagerado e os indicadores de sentimento um pouco otimistas demais, baseados particularmente na retomada da atividade econômica.
Reiteramos que é improvável que o Fed faça grandes mudanças na política, com taxa de juros próxima de zero e os contínuos programas de compra de ativos.
No entanto, investidores aguardam reflexões do Fed sobre a possibilidade de implantar limites de rentabilidade e fortalecer as orientações futuras sobre quanto tempo manterá as políticas atuais.
Por aqui, as atenções se voltam à divulgação do IPCA, onde a deflação tende a mostrar aceleração devido ao ciclo de redução do preço da gasolina e certa desinflação dos custos de alimentos, entretanto, tais premissas começaram a perder força em medidas mais recentes de preços, com as altas promovidas pela Petrobrás.
Outro ponto é a reversão da desinflação de alimentos que se mostrava constante nas nossas coletas até as medidas das semanas anteriores, onde em alguns índices mostrou estabilização de tal ciclos e em outros, a retomada da inflação. Do lado positivo está o câmbio.
Nem de perto tal mudança de viés inflacionário traz perigos à meta de inflação ou à perspectiva de cortes de juros por parte do COPOM nas próximas semanas, porém a visão de deflações constantes começa a perder ímpeto nas medidas mais recentes, principalmente com a inflação forte ao atacado como nas medidas mais recentes.
É um tal pass-through.
Atenção também ao CPI nos EUA.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa pelo FOMC.
Em Ásia-Pacífico, positivo na maioria, com a deflação na China acima das expectativas.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas no geral, exceção ao cobre e ao ouro.
O petróleo abriu em queda em Londres e em Nova York, com o aumento dos estoques americanos.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,29%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,9004 / 1,63 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / 0,168%
Dólar / Yen : ¥ 107,36 / -0,371%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / 0,157%
Dólar Fut. (1 m) : 4906,01 / 0,43 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,14 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,22 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 5,78 % aa (0,17%)
DI - Janeiro 27: 6,73 % aa (0,30%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,9199% / 96.747 pontos
Dow Jones: -1,0886% / 27.272 pontos
Nasdaq: 0,2923% / 9.954 pontos
Nikkei: 0,15% / 23.125 pontos
Hang Seng: -0,03% / 25.050 pontos
ASX 200: 0,06% / 6.148 pontos
ABERTURA
DAX: -0,846% / 12511,23 pontos
CAC 40: -0,549% / 5067,12 pontos
FTSE: -0,429% / 6308,53 pontos
Ibov. Fut.: -0,88% / 96726,00 pontos
S&P Fut.: -0,075% / 3194,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,354% / 9970,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,31% / 64,53 ptos
Petróleo WTI: -2,44% / $37,90
Petróleo Brent: -2,09% / $40,32
Ouro: 0,16% / $1.718,57
Minério de Ferro: -0,42% / $102,98
Soja: 0,49% / $867,00
Milho: -0,08% / $326,50 $326,50
Café: -0,36% / $97,45
Açúcar: -0,08% / $12,02