Em mais um dia com foco na agenda corporativa e poucos indicadores econômicos, os discursos de membros do Fed ganham novamente foco.
Ontem, Loretta Mester defendeu os aumentos de juros e reforçou que o FED deve começar a agir para reduzir seu balanço patrimonial em breve e Bullard disse que a demanda por ativos seguros tem mantido as taxas longas baixas. Com isso, é importante observar hoje os discursos de Kashkari, Kaplan e Rosengren.
Localmente, o IGP-DI superou o piso das projeções do mercado e caiu -1,26%, como consequência de contrações no atacado, em especial matérias primas (-5,83%; proj. Infinity: -4,90%), com a queda de -4,1% em agricultura (proj. Infinity: -3,35%).
Ainda assim, o mercado de juros futuros depende mais do político do que do econômico no curto prazo.
CENÁRIO POLÍTICO
A tendência hoje é o governo tentar a partir das 9:30 rejeitar todos os destaques inseridos na reforma da previdência na CCJ e abrir espaço para que a mesma vá o mais rápido possível a plenário.
Neste contexto, o governo busca a aprovação do texto até o dia 31, ou seja, durante a reunião do COPOM deste mês, o que, havendo sucesso, pode sustentar um corte mais profundo de juros no Brasil.
Além disso, o governo busca também acelerar a reforma trabalhista e ajustar a lei de recuperação judicial, com a redução do prazo máximo para 8 anos em média.
E com tudo isso, o governo ainda deve defender o executivo no TSE da votação da chapa de 2014, alegando que a situação política e econômica pode se agravar, caso mais um presidente caia em tão pouco tempo.
O Brasil já está no ponto em que nada mais espanta.
CENÁRIO DE MERCADO
De volta aos eventos econômicos e corporativos. A abertura é positiva em sua maioria nos futuros das bolsas em NY e na Europa por conta de mineradoras, enquanto o fechamento na Ásia foi positivo em resposta à eleição sul-coreana.
O dólar opera em alta consistente desde a abertura contra a maioria das divisas, enquanto o rendimento dos Treasuries registra queda em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, somente o cobre e o paládio sobem, enquanto o minério de ferro registras o 40º dia de perdas desde o topo dos preços.
O petróleo opera em leve alta em todas as praças, na expectativa pela extensão do corte de produção da OPEP.
Entre os balanços corporativos, destacam-se no Brasil Gafisa (SA:GFSA3), Frasle, Vivo, Iguatemi (SA:IGTA3), BR Properties (SA:BRPR3), e BTG.
Nos EUA Disney, Allergan, Office Depot, SeaWorld, Discovery Communications (NASDAQ:DISCA), Dean Foods, Electronic Arts (NASDAQ:EA), Hostess Brands e Yelp.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1981 / 0,64 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / -0,256%
Dólar / Yen : ¥ 113,81 / 0,486%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,100%
Dólar Fut. (1 m) : 3215,99 / 0,60 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,40 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,27 % aa (-0,22%)
DI - Janeiro 21: 9,95 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 10,37 % aa (0,00%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,28% / 65.526 pontos
Dow Jones: 0,03% / 21.012 pontos
Nasdaq: 0,03% / 6.103 pontos
Nikkei: -0,26% / 19.843 pontos
Hang Seng: 1,27% / 24.889 pontos
ASX 200: -0,53% / 5.840 pontos
ABERTURA
DAX: 0,626% / 12773,99 pontos
CAC 40: 0,348% / 5401,70 pontos
FTSE: 0,592% / 7344,08 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 66150,00 pontos
S&P Fut.: 0,008% / 2395,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,053% / 5658,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,24% / 82,45 ptos
Petróleo WTI: 0,39% / $46,61
Petróleo Brent:0,22% / $49,45
Ouro: -0,07% / $1.225,36
Aço: -2,83% / $60,72
Soja: -0,46% / $18,20
Milho: 0,21% / $357,50
Café: 1,09% / $134,55
Açúcar: 1,11% / $15,55