A maior queda histórica diária do Dow Jones sem crise ou circuit break começa a suscitar entre os investidores se a motivação para a forte correção vem somente do Payroll mais forte na semana anterior, da mudança do comando do Fed ou da presidência de Trump.
Ainda assim, o caráter aparentemente transitório da correção, apesar de sua grande força demonstra que havia uma pressão forte nos ativos por muito tempo e o avanço do contexto positivo acabaria em uma devolução forte, talvez não como a de ontem.
Ainda assim, os futuros em NY apontam para altas na abertura, apesar do cenário negativo na Europa. É exatamente a ausência de indicadores econômicos e a necessidade de correção dos ativos que leva a movimentos extremados como os que estamos observando.
Localmente, as atenções continuam voltadas aos indicadores de inflação e atividade econômica, sem que os mesmos alterem o viés até agora indicado pelo COPOM que inicia sua reunião hoje e deve cortar amanhã os juros em 25 bp, mais um marco histórico.
Na ausência das reformas que restam devido à dificuldade política, o afrouxamento monetário tende a ser o instrumento com maior repercussão neste momento.
CENÁRIO POLÍTICO
Os jornais destacam hoje que o governo, na ausência da reforma da previdência, deve focar na privatização da Eletrobras (SA:ELET3), de forma a avançar com parte da questão fiscal em 2018.
Obviamente, o caráter transitório das privatizações, que resolvem somente o problema no momento em que se internalizam o recurso não resolvem a questão e a previdência continua a ser um problema, e dos graves.
Porém, a saída do governo para a questão fiscal de 2018 e as reformas (diversas) aprovadas até o momento garantem que o crescimento continua a ser positivo, assim como a recuperação econômica.
O que sobra efetivamente é o peso grande da reforma que será transferido ao próximo governo, não importa qual a vertente política que o mesmo adote. Sem reforma, o país quebra, simples assim.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa, com os futuros NY em alta, com o mercado em dúvidas sobre o novo movimento do Fed. Na Ásia, o fechamento foi em queda, seguindo o pós-Payroll.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, com destaque para o minério de ferro nos portos chineses.
O petróleo em queda na abertura, com a realização global de lucros em andamento.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 6%.
INDICADORES
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2534 / 1,05 %
Euro / Dólar : US$ 1,24 / 0,283%
Dólar / Yen : ¥ 109,02 / -0,064%
Libra / Dólar : US$ 1,40 / 0,229%
Dólar Fut. (1 m) : 3249,79 / 0,70 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,82 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 8,09 % aa (0,12%)
DI - Janeiro 22: 9,41 % aa (0,64%)
DI - Janeiro 25: 9,99 % aa (0,60%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,59% / 81.861 pontos
Dow Jones: -4,60% / 24.346 pontos
Nasdaq: -3,78% / 6.968 pontos
Nikkei: -4,73% / 21.610 pontos
Hang Seng: -5,12% / 30.595 pontos
ASX 200: -3,20% / 5.833 pontos
ABERTURA
DAX: -2,137% / 12416,30 pontos
CAC 40: -1,764% / 5192,59 pontos
FTSE: -1,742% / 7207,23 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 82178,00 pontos
S&P Fut.: 0,510% / 2621,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,735% / 6476,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,13% / 88,40 ptos
Petróleo WTI: -0,72% / $63,69
Petróleo Brent:-0,78% / $67,09
Ouro: 0,26% / $1.343,09
Minério de Ferro: 1,92% / $74,34
Soja: -0,89% / $17,98
Milho: -0,14% / $358,50
Café: 0,29% / $120,20
Açúcar: -0,29% / $13,87