Sem grandes novidades, o rebaixamento da nota de crédito do Brasil de BB (SA:BBAS3) para BB- segue a linha que tem sido alertada por analistas, pelos relatórios do Banco Central e pelo próprio governo de que sem as reformas, a situação fiscal fica insustentável.
Apesar de Temer utilizar a sua impopularidade exatamente como instrumento para aprovação de reformas que em outros momentos seriam consideradas impopulares, a classe política ainda tem como prioridade a constante reeleição, por isso temas mais difíceis passam décadas sem serem endereçados no Brasil.
Deste modo, o difícil tema da previdência próximo às eleições eleva a preocupação de deputados e senadores com sua imagem perante aos desinformados eleitores e faz com que sua aprovação fique cada vez mais difícil.
Não acreditamos em reações intempestivas no mercado, sequer fuga maciça de estrangeiros, pois a menor classificação neste momento chega a ser semântica, ou seja, continuamos sendo Junk.
Todavia, o movimento pode ser naturalmente acompanhado de outras agências.
CENÁRIO POLÍTICO
Apesar do caráter negativo, a queda na classificação de risco brasileira pode ser um ativo político importante à reforma da previdência neste momento.
Aos deputados certamente já foi e será imputada a culpa por tal rebaixamento e a lentidão e falta de vontade na aprovação das reformas já foi citado como problema inclusive pela queda de juros menos acentuada, na forma dos juros estruturais.
Maia já culpa as denúncias da JBS (SA:JBSS3) pelo atraso e Alckmin, virtual candidato do planalto este ano reiterou apoio à reforma da previdência.
Ainda assim, existe a dependência de partidos como o PSDB, totalmente fragmentado e de uma base dependente de recursos financeiros, escassos neste momento.
Resta mesmo é colocar na conta dos congressistas o rebaixamento e tentar avançar com a pauta em fevereiro, mês de mais um COPOM, onde os juros podem superar o recorde do piso da taxa.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva, com os futuros NY em alta, com a finalização da montagem do governo alemão e ações da Boing nos EUA.
Na Ásia, o fechamento foi positivo com o Euro ganhando força após o relatório do BCE.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, com destaque do minério de ferro, em alta nos portos chineses e para o ouro no mercado internacional.
O petróleo em queda na abertura, com o aumento da produção americana em extração marítima.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,214 / -0,66 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / 0,765%
Dólar / Yen : ¥ 111,12 / -0,126%
Libra / Dólar : US$ 1,36 / 0,547%
Dólar Fut. (1 m) : 3232,40 / -0,30 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,89 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 8,04 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 22: 9,39 % aa (-0,63%)
DI - Janeiro 25: 10,11 % aa (-0,59%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,49% / 79.365 pontos
Dow Jones: 0,81% / 25.575 pontos
Nasdaq: 0,81% / 7.212 pontos
Nikkei: -0,24% / 23.654 pontos
Hang Seng: 0,94% / 31.413 pontos
ASX 200: 0,04% / 6.070 pontos
ABERTURA
DAX: 0,141% / 13221,49 pontos
CAC 40: 0,133% / 5495,87 pontos
FTSE: 0,114% / 7771,81 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 79790,00 pontos
S&P Fut.: 0,209% / 2775,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,164% / 6737,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,25% / 88,50 ptos
Petróleo WTI: -0,55% / $63,45
Petróleo Brent:-0,09% / $69,20
Ouro: 0,63% / $1.330,81
Minério de Ferro: 0,41% / $77,72
Soja: -0,34% / $17,65
Milho: 0,22% / $349,50
Café: 0,29% / $122,90
Açúcar: 0,49% / $14,22