O resultado do governo central ontem, superando em muito as projeções do mercado, com superávit de R$ 1,3 bi em novembro pode ser um ativo importante para o Brasil tentar evitar mais um rebaixamento das agências de classificação de risco.
O indicador foi resultado de um crescimento mais fraco das despesas, em torno de R$ 2,5 bi, equacionadas com um aumento de mais de R$ 7 bi em receitas.
Em partes, isso explica o esforço fiscal por parte do governo, o qual precisa enfrentar ações no supremo devolvendo aumentos de salários de servidores e queda na contribuição previdenciária dos mesmos.
Unindo-se ao contexto positivo, o crescimento de 5,6% de vendas, segundo o SPC Boa Vista foi o melhor da década e impulsionou as ações de empresas varejistas na bolsa de valores.
Com isso e a inflação controlada, não faltam argumentos do governo para as agências “darem um tempo”. Só falta combinar com a classe política.
CENÁRIO POLÍTICO
Marun admitiu aquilo que os governadores têm citado na imprensa, a liberação dos empréstimos na Caixa tem sido utilizada como instrumento de pressão do governo para aprovação da reforma da previdência.
O governo já admitiu usar o fundo partidário para punir os infiéis do MDB e tem buscado de tudo para tentar gerar o mínimo de votos para avançar com a reforma da previdência.
Em meio ao recesso parlamentar, o governo tenta de tudo um pouco para avançar na pauta e evitar mais um rebaixamento de nota das agências de classificação de risco.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é sem rumo, com os futuros NY em alta, com o retorno do feriado de natal em diversas praças. Na Ásia, o fechamento foi positivo após petróleo se aproximar de US$ 60 o barril.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no positivo somente até os 5 anos de vencimento, em queda daí em diante.
Entre as commodities metálicas, destaque para leve alta do minério de ferro no porto de Qindao, e mais uma alta do ouro no mercado internacional, seguindo a fraqueza do dolar.
O petróleo em baixa na abertura, após quase romper os US$ 60 o barril em NY, estabelecendo mais um novo recorde no ano, desde que rompeu os US$ 55 no início de novembro.
O índice VIX opera em queda neste momento.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,3092 / -0,86 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / 0,236%
Dólar / Yen : ¥ 113,31 / 0,071%
Libra / Dólar : US$ 1,34 / 0,239%
Dólar Fut. (1 m) : 3319,69 / -0,45 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,69 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,43 % aa (-0,80%)
DI - Janeiro 21: 9,12 % aa (-0,98%)
DI - Janeiro 25: 10,51 % aa (-0,76%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,69% / 75.708 pontos
Dow Jones: -0,03% / 24.746 pontos
Nasdaq: -0,34% / 6.936 pontos
Nikkei: 0,08% / 22.911 pontos
Hang Seng: 0,07% / 29.598 pontos
ASX 200: 0,00% / 6.070 pontos
ABERTURA
DAX: -0,049% / 13066,35 pontos
CAC 40: 0,017% / 5365,64 pontos
FTSE: 0,095% / 7599,88 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 76447,00 pontos
S&P Fut.: 0,045% / 2688,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,097% / 6466,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,25% / 86,59 ptos
Petróleo WTI: -0,73% / $59,53
Petróleo Brent:-1,19% / $66,22
Ouro: 0,18% / $1.285,40
Minério de Ferro: 0,20% / $71,01
Soja: 0,90% / $17,98
Milho: -0,14% / $352,25
Café: 0,29% / $122,50
Açúcar: 0,07% / $14,70