Apesar da grande importância do cumprimento da meta fiscal com gastos abaixo do teto de déficit, o resultado do governo central não dá folga para a questão da regra de ouro, de onde se esperam ao menos R$ 208,6 bi em recursos para 2018.
Este é um dos motivos para o governo primeiro não ter cedido a parte das demandas de congressistas pelo aumento de gastos, principalmente dos estados em ano de eleição.
Entre as fontes possíveis, o tesouro cita a antecipação dos R$ 130 bi do BNDES para a União, revisão ampla dos restos a pagar não processados, extinção de fundos e liberação de recursos vinculados (entres eles o fundo soberano) e por fim, desvinculação dos superávits de exercícios anteriores de fontes orçamentárias.
Ainda assim, mesmo após o cumprimento da regra em 2017, tais medidas têm impacto de curto prazo para as receitas e o problema dos estados continua cada vez pior. Entretanto, sem efetivamente o cumprimento da regra e da LRF, a questão fiscal entraria num nível insustentável de maneira ainda mais rápida.
Por isso agora a questão da previdência ganha ainda mais corpo, pois a vinculação de recursos em ano eleitoral praticamente não tem espaço sem ao menos um escopo mínimo de reforma em 2018.
CENÁRIO POLÍTICO
Passada a condenação de lula, o PT soltou o verbo contra o judiciário, acusando desembargadores de conluio, de estarem comprados e mais umas centenas de outros destemperos.
Todavia, tal movimento não ficou sem resposta. O STF mandou avisar ao partido que se eles possuem alguma esperança de que o ex-presidente seja solto nas estancias superiores, ela pode desaparecer caso o partido continue com tal retórica agressiva.
Isso pouco deve mudar o discurso de vítima do partido, principalmente agora com o retorno do recesso parlamentar e os esforços do governo em avançar com as pautas de reformas.
Alguns parlamentares já parecem “convencidos” em votar, principalmente pela escassez de recursos para as eleições, caso a previdência fique empacada.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa, com os futuros NY em queda, com a temporada de balanços atingindo os mercados. Na Ásia, o fechamento foi negativo, por conta das fortes oscilações do dólar.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no negativo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a queda é generalizada, com destaque do ouro em queda, por conta da maior força do dólar.
O petróleo em queda na abertura, com o aumento da produção americana. O índice VIX de volatilidade abre em alta próxima a 1%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1555 / 0,24 %
Euro / Dólar : US$ 1,24 / 0,089%
Dólar / Yen : ¥ 108,68 / -0,257%
Libra / Dólar : US$ 1,41 / -0,099%
Dólar Fut. (1 m) : 3171,36 / 0,67 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,79 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,97 % aa (0,50%)
DI - Janeiro 22: 9,24 % aa (0,54%)
DI - Janeiro 25: 9,90 % aa (0,41%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,97% / 84.698 pontos
Dow Jones: -0,67% / 26.439 pontos
Nasdaq: -0,52% / 7.467 pontos
Nikkei: -1,43% / 23.292 pontos
Hang Seng: -1,09% / 32.607 pontos
ASX 200: -0,87% / 6.023 pontos
ABERTURA
DAX: -0,141% / 13305,63 pontos
CAC 40: -0,087% / 5516,81 pontos
FTSE: -0,371% / 7643,06 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 84895,00 pontos
S&P Fut.: -0,347% / 2843,70 pontos
Nasdaq Fut.: -0,404% / 6964,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,13% / 90,52 ptos
Petróleo WTI: -0,87% / $64,99
Petróleo Brent:-0,59% / $69,05
Ouro: 0,10% / $1.341,64
Minério de Ferro: -0,14% / $76,10
Soja: 0,64% / $18,39
Milho: 0,21% / $359,50
Café: -0,32% / $124,55
Açúcar: -0,51% / $13,60