Ao superar as expectativas médias do mercado, o IBC-Br emitiu um sinal importante, onde o ciclo de afrouxamento monetário tem tido o sucesso esperado e pode transferir uma inércia positiva ao próximo ano.
Ainda assim, isso de longe exime da necessidade da reforma da previdência em 2018, exatamente para evitar o impacto fiscal que pode reverter os ganhos até agora conquistados.
Pesquisas recentes entre o empresariado demonstram que as decisões de investimento para o próximo ano estão cada vez mais conectadas aos avanços na previdência, portanto, sem isso, a tendência é de uma recuperação mais baseada no consumo do que no investimento.
Em resumo, por mais uma vez, a preocupação com a questão econômica se reduz e crescem os temores com a questão política.
Nos EUA, é possível a vitória de Trump no plano tributário, porém os republicanos evitam cantar vitória pela margem agora bastante apertada no senado.
CENÁRIO POLÍTICO
Meirelles tem feito um trabalho extensivo de comunicação para as agências de classificação de risco e deve dar continuidade com visitas presenciais às mesmas para tentar evitar mais um rebaixamento da nota brasileira.
Aos parlamentares, o ministro agora tem um argumento indiscutível das consequências da ausência das reformas, o rebaixamento. A “luz amarela” está quase se tornando vermelha e a reversão dos avanços até agora auferidos na economia pode ser o maior trunfo do ministro.
Pior do que aprovar medidas “impopulares”, os parlamentares podem ser os culpados pela reversão do bom momento da economia, em especial a recuperação gradual dos empregos, indústria e comércio, como tem sido fortemente alardeado pela imprensa.
O rebaixamento em si tem peso reduzido nas decisões locais de investimento, porém o que ele representa pode sim ser um ativo importante ao governo.
Mais dois meses de agonia.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva, assim como os futuros NY, com a possibilidade de passagem do tax bill nos EUA. Na Ásia, o fechamento foi positivo pelo mesmo motivo.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no positivo até os cinco anos, revertendo em queda após este vencimento.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, com destaque para o minério de ferro no porto de Qindao.
O petróleo em alta na abertura, apesar do aumento das projeções de maior produção americana em 2018. O índice VIX de volatilidade opera consistentemente negativo na abertura.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2889 / -0,41 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,170%
Dólar / Yen : ¥ 112,63 / 0,071%
Libra / Dólar : US$ 1,34 / -0,075%
Dólar Fut. (1 m) : 3297,03 / -0,52 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,70 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,55 % aa (-0,26%)
DI - Janeiro 21: 9,30 % aa (0,11%)
DI - Janeiro 25: 10,74 % aa (0,47%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,70% / 73.115 pontos
Dow Jones: 0,57% / 24.792 pontos
Nasdaq: 0,84% / 6.995 pontos
Nikkei: -0,15% / 22.868 pontos
Hang Seng: 0,70% / 29.254 pontos
ASX 200: 0,54% / 6.072 pontos
ABERTURA
DAX: 0,032% / 13316,51 pontos
CAC 40: -0,086% / 5415,93 pontos
FTSE: 0,350% / 7563,38 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 73811,00 pontos
S&P Fut.: 0,104% / 2697,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,080% / 6540,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,06% / 84,50 ptos
Petróleo WTI: 0,54% / $57,47
Petróleo Brent:0,24% / $63,56
Ouro: 0,10% / $1.263,55
Minério de Ferro: 2,00% / $70,47
Soja: -0,65% / $18,02
Milho: 0,22% / $347,50
Café: 0,95% / $121,95
Açúcar: 0,22% / $13,81