Mais uma sessão volátil do mercado financeiro, em consequência tanto de balanços corporativos e dados econômicos, como da questão da Ucrânia e a Rússia, agora em guerra em larga escala, após os avanços russos em Kiev.
Não obstante, o fluxo de capital se manteve intenso para o Brasil até ontem, garantindo o rompimento dos R$ 5,00/Dólar em diversos momentos na sessão, mesmo com as bolsas de valores operando a maior parte do dia no negativo.
Até mesmo as curvas de juros responderam à queda mais intensa do dólar frente ao Real, do que ao IPCA-15 acima das expectativas, onde a distorção em relação às projeções veio especificamente da elevação do preço do diesel.
A defasagem entre os preços internacionais e locais de combustíveis ainda está elevada, todavia alguns pontos tendem a evitar o impacto nos próximos meses, incialmente devido à valorização do Real, seguido da queda constante dos preços de etanol, ajudando na composição menos agressiva dos combustíveis.
Neste sentido, o petróleo continua a ser o maior ponto de pressão na inflação brasileira, assim como o item alimentação, pressionado também por preços internacionais, mas que podem apresentar alívio nos próximos meses, assim como o custo de habitação, com energia elétrica podendo novamente alçar às bandeiras mais favoráveis.
A pressão sazonal de educação, fortemente prevalecendo nesta medida elevou também o índice próximo a 1%, o que não desenha exatamente uma tendência para os próximos meses, ou seja, a inflação está alta, continuará no topo da meta, porém em média, na metade daquilo observado em 2021.
O peso do petróleo será preponderante para definir o futuro de uma parte da inflação, com o barril acima de US$ 100, em meio à piora da questão militar entre Rússia e Ucrânia, apesar do caráter deflacionário considerado por muitos da escalada de um evento.
É a extensão do conflito que dará o tom da inflação.
Na agenda, as atenções hoje se voltam ao desemprego medido pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD e dos números fiscais do governo central, os quais tendem a apresentar mais um superávit das contas do governo, em meio à arrecadação recorde de janeiro.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com o ápice das tensões russo-ucranianas.
Em Ásia-Pacífico, mercados em queda, após os avanços russo em direção à Kiev, após os ‘exercícios’ russos nas regiões independente.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, com destaque ao ouro e prata.
O petróleo abre em forte alta em Londres e Nova York, dada a escalada dos eventos na Ucrânia.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 18,50%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0063 / -1,07 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / -1,026%
Dólar / Yen : ¥ 114,69 / -0,261%
Libra / Dólar : US$ 1,34 / -0,908%
Dólar Fut. (1 m) : 5002,30 / -1,37 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 12,36 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 24: 11,84 % aa (-1,13%)
DI - Janeiro 26: 11,12 % aa (-0,94%)
DI - Janeiro 27: 11,17 % aa (-0,80%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,7832% / 112.008 pontos
Dow Jones: -1,3836% / 33.132 pontos
Nasdaq: -2,5709% / 13.037 pontos
Nikkei: -1,81% / 25.971 pontos
Hang Seng: -3,21% / 22.902 pontos
ASX 200: -2,98% / 6.991 pontos
ABERTURA
DAX: -4,625% / 13954,61 pontos
CAC 40: -4,438% / 6479,72 pontos
FTSE: -2,607% / 7302,69 pontos
Ibov. Fut.: -1,24% / 113049,00 pontos
S&P Fut.: -2,24% / 4127,25 pontos
Nasdaq Fut.: -2,730% / 13121,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 4,45% / 119,43 ptos
Petróleo WTI: 8,26% / $99,71
Petróleo Brent: 8,36% / $104,94
Ouro: 3,01% / $1.967,65
Minério de Ferro: -0,08% / $142,96
Soja: 4,69% / $1.754,25
Milho: 5,12% / $718,75
Café: 0,06% / $248,60
Açúcar: 1,35% / $18,79