Em meio às adversidades do atual cenário econômico, o qual tem ímpeto reduzido devido em partes à instabilidade do cenário político e adicionado às externalidades presentes no momento, vê-se no corte de juros um importante instrumento de curto prazo.
O atual contexto tem difícil previsibilidade, principalmente pelo seu caráter mais global, que vai desde os deslizes das ações internacionais de Donald Trump, até a perspectiva de elevação acelerada, ainda não concretizada, da inflação americana.
Nesta conjunção de fatores, se une a usual volatilidade do mês de maio, marcado pela dissolução de posições mais arriscadas (“Sell in May”) e a busca por segurança, notadamente os Treasuries, a piora da questão argentina e localmente, o elemento político.
Com isso, o nível de previsibilidade dos eventos deve ficar relativamente baixa, até ao menos o início do período de férias no hemisfério norte, onde tanto os grandes players do mercado internacional se ausentam em partes, como se terá a real noção da demanda por combustíveis neste período.
Como se vê, a quantidade de informação a se digerir no mercado neste mês dificulta em muito entender o futuro próximo.
CENÁRIO POLÍTICO
A “doença do político tradicional” tem sido um importante elemento a se considerar na atual eleição e que tende a ser em partes revertida a partir somente das campanhas em televisão.
Os candidatos “outsiders” como Amoedo e Meirelles no entanto também falham em capturar a demanda pela novidade sem vínculos políticos, deixando o centro político reformista refém da velha guarda, notadamente Alckmin.
Ciro sofre tanto da doença do “tradicional”, quanto da auto implosão, todavia, se desenha como a alternativa mais viável da esquerda no curto prazo.
Quem ainda oscila mais ao centro, como Marina tem chances até interessantes, mas a pequenez do partido pode dificultar em muito os avanços a partir da campanha.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é sem rumo e os futuros NY caem, com preocupações geopolíticas pesando.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, com as oscilações do petróleo.
O dólar opera em alta consistente contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a alta é observada no minério de ferro em portos chineses e o ouro cai.
O petróleo abre em alta em NY e em Londres, entre as sanções ao Irã e o corte da OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 0,4%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,6553 / 0,91 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,389%
Dólar / Yen : ¥ 110,14 / -0,190%
Libra / Dólar : US$ 1,35 / -0,237%
Dólar Fut. (1 m) : 3659,86 / 0,88 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,35 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,35 % aa (-0,81%)
DI - Janeiro 21: 8,47 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 25: 10,14 % aa (0,60%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,12% / 85.130 pontos
Dow Jones: -0,78% / 24.706 pontos
Nasdaq: -0,81% / 7.352 pontos
Nikkei: -0,44% / 22.717 pontos
Hang Seng: -0,13% / 31.110 pontos
ASX 200: 0,15% / 6.107 pontos
ABERTURA
DAX: 0,419% / 13024,33 pontos
CAC 40: 0,065% / 5556,79 pontos
FTSE: 0,137% / 7733,59 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 85584,00 pontos
S&P Fut.: 0,085% / 2711,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,123% / 6899,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,11% / 90,07 ptos
Petróleo WTI: -0,21% / $71,16
Petróleo Brent:-0,69% / $77,89
Ouro: 0,01% / $1.290,71
Minério de Ferro: -0,01% / $67,58
Soja: -0,11% / $18,40
Milho: 0,12% / $403,50
Café: -0,66% / $112,90
Açúcar: -0,43% / $11,45