O posicionamento do Banco Central ontem, com as declarações de Ilan Goldfajn merece atenção em alguns pontos.
Mesmo atuando constantemente e elevando os swaps, o BC fez falta no mercado ao não se pronunciar anteriormente, provavelmente observando até onde iria o movimento dos ativos.
O espaço agora está aberto para leilões de linha e no mercado à vista, porém o BC não deve simplesmente ‘dar saída’ à especulação, o que pode levar a mais altas do dólar frente ao real.
Sem reunião extraordinária, sem alta de juros.
O BC tem noção, apesar de um aparente ataque especulativo, que não o Brasil não está sofrendo um ‘efeito manada’ que necessite atrair novamente os investidores com juros mais altos, pois existem fundamentos macroeconômicos considerados sólidos e inflação abaixo da meta.
Em resumo, a atuação continua, mas os anseios do mercado podem não se realizarem.
CENÁRIO POLÍTICO
Após o diesel, o foco agora é o frete.
Os caminhoneiros reclamam de que já há preços fora da tabela de frente, enquanto produtores rurais, principalmente, reclamam que a nova tabela é insustentável.
Em um mundo moderno, a tentativa de tabelamento de preços soa como um evento dos anos 80, exatamente quando isso deu muito errado e pode dar novamente.
Neste cenário reside o temor de Temer de uma nova paralisação, ao ponto do incontrolável.
O governo já viu que tem pouca capacidade de articulação com o setor e se ceder sempre que se sentirem ofendidos, o país rapidamente se torna refém de um setor organizado (como adorariam conseguir mobilizar alguns setores de esquerda).
No âmbito eleitoral, a tensão continua até a próxima pesquisa.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY caem, na perspectiva do início da reunião do G7.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, apesar da balança comercial chinesa acima das expectativas.
O dólar opera em alta considerável contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, somente o ouro sobe.
O petróleo abre em queda em NY e em Londres, mesmo com a queda a oferta Venezuelana.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 9%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,9071 / 1,44 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / -0,559%
Dólar / Yen : ¥ 109,25 / -0,410%
Libra / Dólar : US$ 1,34 / -0,261%
Dólar Fut. (1 m) : 3916,27 / 2,24 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 8,37 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 8,84 % aa (9,68%)
DI - Janeiro 21: 9,79 % aa (6,07%)
DI - Janeiro 25: 12,06 % aa (0,75%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,98% / 73.851 pontos
Dow Jones: 0,38% / 25.241 pontos
Nasdaq: -0,70% / 7.635 pontos
Nikkei: -0,56% / 22.695 pontos
Hang Seng: -1,76% / 30.958 pontos
ASX 200: -0,20% / 6.045 pontos
ABERTURA
DAX: -0,697% / 12721,72 pontos
CAC 40: -0,244% / 5435,06 pontos
FTSE: -0,649% / 7654,36 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 73857,00 pontos
S&P Fut.: 0,000% / 2772,20 pontos
Nasdaq Fut.: -0,939% / 7093,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,39% / 89,63 ptos
Petróleo WTI: -0,52% / $65,61
Petróleo Brent:-0,87% / $76,65
Ouro: 0,15% / $1.299,11
Minério de Ferro: 0,00% / $65,17
Soja: -1,63% / $18,07
Milho: -0,47% / $374,00
Café: 0,48% / $116,25
Açúcar: -0,51% / $11,65