A César o que é de César. A Trump o que não é de Trump.
Os efeitos da guerra comercial já suscitam reações mais fortes em nível global, em especial de diversas autoridades monetárias na tentativa de amortizar seus impactos.
O exemplo culminante é a decisão do BoJ (Banco do Japão) em incrementar o programa de alívio quantitativo, mesmo com a divulgação de um PIB muito superior às expectativas dos analistas, 0,4% contra 0,1%, e anualizado 1,8%, contra projeção de 0,5%.
Isso e uma série de decisões emergenciais de juros em diversos países provam que o retorno à estaca zero das negociações entre China e EUA é a preocupação primária no mundo neste momento e este cenário só muda se ambos sentarem novamente à mesa para negociar.
Eis também um dos ativos para a fragilidade de qualquer movimento nos ativos de mercado financeiro. A melhora de ontem é tão frívola quanto a queda de hoje e tudo pode mudar a um apertar do botão Tweet.
A realidade é que, sim, existem pontos polêmicos em relação à China e como citei anteriormente, um dos maiores é a questão do respeito à propriedade intelectual, algo literalmente visível aos olhos e que a China não respeita desde que adotou o modelo atual, após os acordos de Jimmy Carter e Deng Xiao Ping nos anos 70.
O problema não é o videogame pirata ou a bolsa Prada falsificada, o problema é a propriedade intelectual de alta tecnologia sendo utilizada de forma descarada para promover os avanços chineses, muitas vezes através de engenharia reversa.
É compreensível também a posição americana quanto os desequilíbrios de balança comercial, ainda que uma parcela significativa seja oriunda de empresas americanas instaladas no exterior.
Todavia, ao contrário do Brexit, que vai ocorrer de maneira atabalhoada, o acordo com a China deve ser duro, técnico e responsável.
Quando Trump, na ânsia por juros mais baixos, joga fora toda a negociação, traz a si a vilania em processo em que está certo na maior parte do tempo e eleva a volatilidade global pelos caprichos eleitorais de um presidente.
A nós, assim como o resto do mundo, resta torcer para que os nossos avanços políticos e econômicos locais sejam suficientes para sairmos deste contexto de atividade econômica desestimulada e desemprego elevado.
Ao EUA, restam escolher melhor nas eleições.
E nem isso está fácil.
Na agenda corporativa, destacam-se Japan Post Bank, Bridgestone, PG&E e Toei. Localmente, BRF (SA:BRFS3).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, com a intervenção chinesa no câmbio.
Na Ásia, o fechamento foi msito, com o forte PIB japonês e a intervenção do BoJ.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, alta, exceção ao paládio e min. de ferro.
O petróleo abre em alta, com aumento da demanda indicado pela IEA.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 8,93%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,9189 / -1,31 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,152%
Dólar / Yen : ¥ 105,84 / -0,217%
Libra / Dólar : US$ 1,21 / -0,371%
Dólar Fut. (1 m) : 3933,34 / -1,33 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,34 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,40 % aa (-0,55%)
DI - Janeiro 23: 6,34 % aa (-0,47%)
DI - Janeiro 25: 6,83 % aa (-0,73%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,30% / 104.115 pontos
Dow Jones: 1,43% / 26.378 pontos
Nasdaq: 2,24% / 8.039 pontos
Nikkei: 0,44% / 20.685 pontos
Hang Seng: -0,69% / 25.939 pontos
ASX 200: 0,25% / 6.584 pontos
ABERTURA
DAX: -1,095% / 11715,76 pontos
CAC 40: -0,966% / 5335,90 pontos
FTSE: -0,278% / 7265,63 pontos
Ibov. Fut.: 1,28% / 104300,00 pontos
S&P Fut.: -0,507% / 2925,20 pontos
Nasdaq Fut.: -0,834% / 7671,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,20% / 77,32 ptos
Petróleo WTI: 1,33% / $53,24
Petróleo Brent:0,98% / $57,94
Ouro: 0,19% / $1.503,77
Minério de Ferro: 0,84% / $97,37
Soja: 2,01% / $15,22
Milho: 0,24% / $411,75
Café: -0,62% / $96,85
Açúcar: 0,70% / $11,54