Tensão geopolítica e política, indicadores econômicos mais fracos, previdência. Tudo isso fez parte da semana anterior e deve fazer da atual, principalmente com as decisões de juros importantes reservadas para a semana.
COPOM, FOMC (EUA), BoJ (Japão), BoE (Reino Unido), todos devem decidir juros esta semana com o mesmo resultado, a manutenção.
Localmente, o forte fechamento da curva de juros nas últimas semanas poderia sinalizar um movimento de política monetária, porém, as comunicações mais recentes do Banco Central não confluem com tais perspectivas.
Esta é meramente uma perspectiva do mercado de juros futuros, que vê nos mais recentes índices de atividade econômica a principal razão para a retomada do ciclo de afrouxamento.
Ao mesmo tempo, os mais recentes indicadores de inflação continuam a refletir a ancoragem das expectativas, ou seja, estamos dentro das margens da meta.
Além disso, repetimos o que citamos nas últimas análises, o BC no máximo pode sinalizar um corte futuro, mas sem precisar quando, pois como todos, desconhece os efeitos da possível aprovação da reforma da previdência.
Do lado do Fed, a perspectiva de corte é para a reunião de julho, porém os investidores já alimentam uma possibilidade mais concreta de sinalização no FOMC, dados os mais recentes indicadores de inflação, todos altamente controlados e uma série de atividade econômica mais fraca, em partes reflexo da guerra comercial com diversos países.
No restante, a expectativa de manutenção tanto dos juros muito baixos, como dos programas de alívio quantitativo é norma, sem surpresas.
CENÁRIO POLÍTICO
Por mais uma vez, o presidente Bolsonaro pode estar correto no conteúdo e erra na forma.
A demissão de Levy seria um evento mais preocupante, caso Paulo Guedes não tivesse demonstrado semelhante insatisfação.
Do lado de Guedes, a situação era mais técnica, principalmente pela questão da devolução dos recursos do BNDES ao Tesouro, além da velocidade reduzida na redução dos ativos do banco.
Na equipe econômica, Levy estava já frito, como um cooptado pela burocracia do banco.
Sem o aval de Guedes, Levy foi ‘solto aos leões’ e não foi demitido, mas tomou um deselegante ‘pito’ em rede nacional do presidente, tendo como única e honrosa alternativa, a demissão.
Talvez correta no conteúdo, não na forma.
Mais um ruído desnecessário.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é sem rumo e os futuros NY abrem em leve alta, na expectativa pelo FOMC.
Na Ásia, o fechamento foi misto, também pela expectativa com a decisão de juros nos EUA.
O dólar opera em leve queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto pelo cobre.
O petróleo abre em queda, com temores de crescimento econômico mais modesto.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,4%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8964 / 1,21 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,098%
Dólar / Yen : ¥ 108,68 / 0,111%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / 0,064%
Dólar Fut. (1 m) : 3899,50 / 1,03 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,90 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 6,02 % aa (-0,82%)
DI - Janeiro 23: 6,96 % aa (-0,71%)
DI - Janeiro 25: 7,51 % aa (-0,40%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,74% / 98.040 pontos
Dow Jones: -0,07% / 26.090 pontos
Nasdaq: -0,52% / 7.797 pontos
Nikkei: 0,03% / 21.124 pontos
Hang Seng: 0,40% / 27.227 pontos
ASX 200: -0,35% / 6.531 pontos
ABERTURA
DAX: -0,017% / 12094,33 pontos
CAC 40: 0,176% / 5377,05 pontos
FTSE: -0,075% / 7340,29 pontos
Ibov. Fut.: -0,90% / 98902,00 pontos
S&P Fut.: 0,000% / 2890,60 pontos
Nasdaq Fut.: 0,124% / 7487,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,08% / 77,77 ptos
Petróleo WTI: -1,26% / $51,85
Petróleo Brent:-0,74% / $61,55
Ouro: -0,55% / $1.334,30
Minério de Ferro: -1,84% / $104,33
Soja: 0,45% / $15,70
Milho: 1,88% / $461,75
Café: -0,42% / $95,60
Açúcar: -0,55% / $12,68