Mais uma vez, as externalidades marcam o cenário de mercado, com o elemento Trump pesando em todos os casos.
A China retornando à mesa de negociações é boa notícia desde a semana passada, mas dada a retórica recente do presidente americano, a boa vontade para avançar as negociações deve partir dos EUA.
Desde o início, é nítido que o protecionismo e o fechamento comercial teriam consequências desastrosas para a economia americana como é formatada hoje em dia, portanto um embate direto com a China, seu principal fornecedor em diversas escalas deve prejudicar os EUA mais do que qualquer outro país.
Com impactos mais duradouros e problemáticos do que a questão com a Turquia, os eventos relacionados à China devem se sobrepor à falha na tentativa de se libertar o pastor Brunson, preso desde a tentativa de golpe de 2016.
Para a semana, atenção aos indicadores brasileiros de inflação, com destaque para o IPCA-15, o qual deve apresentar um resultado muito inferior à medida de julho.
No exterior, destaque para a ata da última reunião do FOMC, simpósio de Jackson Hole e a reunião da OPEP, onde analistas aguardam uma possível reedição dos cortes de produção, encabeçados pela Arábia Saudita.
CENÁRIO POLÍTICO
Os debates na televisão têm contribuído pouco para a decisão dos eleitores, com leves reações positivas a Marina, Alckmin e até mesmo Boulos.
O restante dos candidatos, continua no corner das pesquisas, sem grandes contribuições significativas. Álvaro Dias e Meirelles não conseguem se diferenciar entre si e não tem o traquejo para ‘conversar com o povo’.
Já Bolsonaro poderia se desconstruir pela falta de conteúdo, mas sua base eleitoral não tem muita sensibilidade a tais eventos. Ainda assim, não consegue avançar além desta base.
Enquanto isso, João Amoedo continua a fazer falta nos debates.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY operam em alta, com alívio das tensões entre China e EUA.
Na Ásia, o fechamento foi positivo na sua maioria, também pela China.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, altas generalizadas, com destaque para a platina.
O petróleo abre em alta em NY e em Londres, apesar das preocupações com o atual cenário.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 1,7%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,91 / 0,13 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / -0,175%
Dólar / Yen : ¥ 110,61 / 0,100%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / 0,118%
Dólar Fut. (1 m) : 3929,97 / 0,48 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,47 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 8,19 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 9,26 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 11,60 % aa (0,87%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,03% / 76.029 pontos
Dow Jones: 0,43% / 25.669 pontos
Nasdaq: 0,13% / 7.816 pontos
Nikkei: -0,32% / 22.199 pontos
Hang Seng: 1,41% / 27.598 pontos
ASX 200: 0,09% / 6.345 pontos
ABERTURA
DAX: 0,997% / 12332,27 pontos
CAC 40: 0,671% / 5380,82 pontos
FTSE: 0,514% / 7597,42 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 76626,00 pontos
S&P Fut.: 0,214% / 2858,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,379% / 7415,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,38% / 83,65 ptos
Petróleo WTI: 0,02% / $65,92
Petróleo Brent:0,10% / $71,90
Ouro: 0,28% / $1.187,61
Minério de Ferro: 0,59% / $67,99
Soja: 0,03% / $16,65
Milho: -0,07% / $364,00
Café: 0,40% / $101,60
Açúcar: 0,10% / $10,20