Na China, grande parte das fábricas não retornou, o contágio continua em crescimento acelerado, ainda que o número de curas supere em muito as mortes e as projeções de crescimento da China sofrem revisões constantes mundo afora.
Este é o cenário de curtíssimo prazo para a crise do Coronavírus, mais um cisne negro a atacar a economia mundial e gerar preocupações devido à imponderabilidade dos eventos.
Dentro de tal contexto, assim como citamos em nosso relatório sobre o vírus e comparação com momentos anteriores, pontos importantes devem ser levados em consideração.
Primeiro é a extensão da crise, o tempo que ela pode avançar e os efeitos humanos e econômicos que ela carrega. Neste ponto, sofremos com a usual falta de dados reais da China, os quais permitem uma série imensa de especulações sobre o assunto.
Desde uma série estranha de vídeos vazados sobre pessoas arrastadas de suas casas, fumigadores atravessando as cidades e pessoas caindo doentes pelas ruas (este último já provado falso), o fechamento da China para informações também permite uma verdadeira infowar (guerra de informações) tanto de opositores internos como externos do regime, além dos usuais Trolls de internet.
O segundo ponto a se considerar serão as possíveis ações de recuperação dos eventos até aqui demonstrados. As políticas monetárias globais, em especial de economias centrais tem beirado a insustentabilidade com mistos de juros negativos e injeções de liquidez.
A possibilidade que tanto o PBoC, quanto o Fed ajam de forma a estimular a economia chinesa e global não pode ser descartada, inclusive uma recuperação em V, como observamos localmente pós-paralisação dos caminhoneiros. Por isso, o tempo de duração desta crise será fundamental para o início de sua recuperação.
A semana reserva indicadores de atividade econômica no Brasil (IBC-BR, Serviços e Varejo); inflação e atividade nos EUA (Prod. Industrial, Varejo e CPI); e emprego, prod. industrial e PIB na Europa.
Atenção hoje aos balanços de Allergan, MercadoLibre, Michelin (PA:MICP), Brookfield, Carl Zeiss e Nissin. Localmente, BB Seguridade (SA:BBSE3) e LOG.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com os investidores atentos aos desenvolvimentos econômicos do Coronavírus.
Na Ásia, dia negativo, com o adiamento do retorno das empresas na China.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas generalizadas, com destaque à platina.
O petróleo abre em queda, com temores de menor demanda chinesa.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,74%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,2824 / 0,96 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / -0,301%
Dólar / Yen : ¥ 109,75 / 0,219%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,016%
Dólar Fut. (1 m) : 4280,14 / 0,51 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 5,02 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,54 % aa (2,21%)
DI - Janeiro 25: 6,14 % aa (1,49%)
DI - Janeiro 27: 6,47 % aa (1,25%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,7225% / 115.190 pontos
Dow Jones: 0,3036% / 29.380 pontos
Nasdaq: 0,6675% / 9.572 pontos
Nikkei: -0,19% / 23.828 pontos
Hang Seng: -0,33% / 27.404 pontos
ASX 200: -0,38% / 7.023 pontos
ABERTURA
DAX: -0,559% / 13498,94 pontos
CAC 40: -0,258% / 6022,62 pontos
FTSE: -0,574% / 7461,69 pontos
Ibov. Fut.: -0,93% / 115189,00 pontos
S&P Fut.: -0,335% / 3334,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,486% / 9408,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,27% / 74,76 ptos
Petróleo WTI: -0,31% / $50,77
Petróleo Brent: -0,44% / $54,75
Ouro: 0,14% / $1.568,82
Minério de Ferro: 1,36% / $80,96
Soja: 0,06% /$ 881,25
Milho: 0,33% / $380,25
Café: -0,25% / $97,90
Açúcar: 1,29% / $14,93