Apesar da divulgação de resultados de bancos americanos ontem, o início informal da temporada de balanço é agora com o resultado da Alcoa e a perspectiva dos analistas é de uma média positiva de resultados, em vista ao aquecimento da atividade econômica nos EUA.
Neste contexto, o apetite pelo prêmio de maior risco pode superar os temores com a alta de juros nos EUA, ainda que os ativos passem por correções pontuais, dada a força das altas observadas.
A preocupação com o Fed não reside tão somente no aperto monetário, mas no insistente posicionamento de Trump, notadamente contra Powell, dizendo estar feliz com “algumas pessoas que “pôs” lá dentro, mas nem todas”, esquecendo da independência da instituição.
Em períodos mais calmos, isso pode não influenciar ao mercado, porém já foi motivo de realizações de lucros e dias menos animados entre os investidores.
Localmente, além da questão eleitoral, a inflação ainda não reflete a reversão mais recente do câmbio, superando as projeções médias com IGP-10 aos 1,43% e IPC Fipe Semanal 0,52%.
Por outro lado, o setor de serviços, puxado por automotivas, superou em muito o topo das expectativas dos analistas, favorecendo parte do cenário do terceiro trimestre, com uma atividade econômica mais aquecida.
Atenção à ata da última reunião do FOMC.
CENÁRIO POLÍTICO
Em São Paulo, não existe campanha política séria. De um lado, Dória não perde uma oportunidade sequer de associar França ao PT e ao esquerdismo, enquanto França continua a tentar colher louros de Alckmin na inauguração e acompanhamento de obras que não fez.
Mais próximo à uma discussão de crianças ginasiais, a escolha no estado está entre a rejeição a Dória por ter abandonado a prefeitura de São Paulo e de França pelo apoio de seu partido ao PT.
Em nível nacional, a situação não muda muito.
O PT usa áudios editados em rádio para atacar Bolsonaro, enquanto o líder das campanhas continua a administrar seu entorno, para evitar que novas besteiras sejam ditas.
Alto nível de campanha.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é sem rumo e os futuros NY operam em queda, com resultados corporativos e ata do FOMC.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, seguindo as bolsas no ocidente.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, com exceção ao ouro.
O petróleo abre em queda em NY e em Londres, mesmo com o desaparecimento do jornalista saudita sem solução.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,15%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7244 / -0,32 %
Euro / Dólar : US$ 1,15 / -0,233%
Dólar / Yen : ¥ 112,29 / 0,036%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / -0,410%
Dólar Fut. (1 m) : 3731,33 / -0,12 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 6,93 % aa (-0,50%)
DI - Janeiro 20: 7,50 % aa (-0,79%)
DI - Janeiro 21: 8,45 % aa (-1,29%)
DI - Janeiro 25: 10,18 % aa (-2,49%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,83% / 85.718 pontos
Dow Jones: 2,17% / 25.798 pontos
Nasdaq: 2,89% / 7.645 pontos
Nikkei: 1,29% / 22.841 pontos
Hang Seng: 0,07% / 25.462 pontos
ASX 200: 1,18% / 5.939 pontos
ABERTURA
DAX: -0,360% / 11734,18 pontos
CAC 40: -0,040% / 5170,99 pontos
FTSE: 0,208% / 7074,06 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 86447,00 pontos
S&P Fut.: -0,337% / 2808,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,214% / 7338,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,15% / 87,02 ptos
Petróleo WTI: -0,50% / $71,56
Petróleo Brent:-0,42% / $81,07
Ouro: 0,08% / $1.225,96
Minério de Ferro: 0,03% / $70,58
Soja: -0,90% / $16,46
Milho: 0,20% / $375,75
Café: 0,47% / $118,15
Açúcar: 0,98% / $13,35