ÁSIA: A maioria dos mercados asiáticos fechou em baixa nesta segunda-feira, com os investidores digerindo a escalada das tensões comerciais entre os EUA e a China, depois que os dois países anunciaram novas tarifas na semana passada.
O governo Trump disse na semana passada que vai impor uma tarifa de 25% em uma lista de 818 itens de bens chineses avaliados em 34 bilhões de dólares a partir de 6 de julho, mas que está sujeito a revisão antes de entrar em vigor.
Em resposta, a China disse que uma tarifa de 25% será implementada em bens norte-americanos, incluindo soja e veículos elétricos, no valor de US$ 34 bilhões a partir de 6 de julho. Outra lista de importações dos EUA no valor de US$ 16 bilhões está sujeita a revisão antes de ser aplicada.
O Nikkei do Japão caiu 0,75%, para fechar em 22.680,33 pontos. Todos, exceto um dos 33 setores do Topix index, terminaram o dia com perdas. O setor de transporte liderou as perdas, com o subíndice de transporte marítimo caindo 3,93%. O setor de siderurgia recuou 1,73% e o de petróleo caiu 3,71%.
Os mercados sul-coreanos registraram perdas maiores, com o benchmark Kospi encerrando a sessão com queda de 1,16%, para 2.376,24 pontos e o Kosdaq afundou 3%. Ações de tecnologia caíram. A gigante Samsung Electronics registrou queda de 2,2% e a SK Hynix caiu 3,45%, mas as montadoras registraram ganhos. Hyundai Motor avançou 0,75%.
Na Austrália, o S&P/ASX 200 contrariou a tendência e fechou em alta de 0,17%, em 6.104,10 pontos. Os declínios nos subíndices de materiais e energia foram compensados pelos ganhos no setor financeiro, já que todos os "Big Four" da Austrália subiram. Entre as mineradoras, BHP Biliton caiu 2,65% e Fortescue Metals recuou 1,7%. A Rio Tinto (LON:RIO) caiu 2,2%, mesmo após reiterar que o "guidance" de embarques de minério de ferro para 2018 permanece inalterada entre 330 milhões e 340 milhões de toneladas.
Outros mercados na região também ficaram sobre pressão. Straits Times Index de Cingapura perdeu 0,92% e a bolsa da Malásia caiu 0,93%. O índice de ações da MSCI Ásia-Pacífico, exceto do Japão, caiu 0,47% durante as negociações da tarde da Ásia.
Os mercados da China, Hong Kong, Taiwan e Indonésia fecharam na segunda-feira por conta de feriados.
Os preços do petróleo aumentaram as perdas após a queda na última sessão antes da reunião da OPEP em Viena no final desta semana. As quedas também ocorreram em meio ao nervosismo da guerra comercial EUA-China, já que os produtos de energia haviam sido incluídos na lista de bens adicionais dos EUA que a China poderia revisar em uma data posterior.
EUROPA: Os mercados acionários europeus registram quedas nesta segunda-feira, após mandato de Angela Merkel como chanceler alemã ser ameaçado e o conflito entre os EUA e a China intensificar. O índice Stoxx Europe 600 recua 0,97%, com base em uma perda de 1% da sexta-feira.
A frágil coalizão de Angela Merkel está sobre pressão devido às questões dos migrantes. Os aliados de Merkel, a União Social Cristã, decidirão nesta segunda-feira se desafiam a chanceler em suas políticas de imigração, que a CSU (SA:CARD3) acredita serem muito brandas. O atrito é tão tenso que os mercados estão preocupados com a possibilidade de seu governo cair, o que teria efeitos extremamente negativos para o euro, já que a Alemanha é a âncora de fato para a moeda. O DAX 30 da Alemanha cai 1,41%.
O índice FTSE 100 cai 0,34%, após uma queda de 1,7% na sexta-feira. As tensões comerciais EUA-China também permanecem no centro das atenções dos investidores britânicos. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) cai 0,7%, Antofagasta (LON:ANTO) recua 0,6%, enquanto BHP Biliton opera em baixa de 0,1% e Rio Tinto avança 0,1%.
EUA: Os futuros de ações dos EUA perdem terreno, colocando o Dow no caminho para a quinta sessão consecutiva, à medida que os temores da guerra comercial continuaram a pesar nos mercados globais.
Na sexta-feira, o Dow Jones fechou em baixa de 0,34%, o quarto dia consecutivo e registrou queda semanal de 0,9%. O S&P 500 caiu 0,10% e o Nasdaq Composite perdeu 0,19% na sexta-feira, mas terminaram no azul na semana.
O índice Dow subiu 1,5% neste ano até o fechamento de sexta-feira, enquanto o índice S&P subiu 4%, embora ambos os indicadores permaneçam abaixo do recorde de janeiro. O Nasdaq subiu 12% no ano e logo abaixo do maior fechamento de todos os tempos na quinta-feira.
Os mercados continuam acompanhando as divergências relacionadas ao comércio entre os EUA e a China. O presidente Donald Trump anunciou na sexta-feira tarifas sobre importações chinesas e a China retaliou ao visar exportações americanas de alto valor.
A principal preocupação do mercado é como isso vai seguir, com a possibilidade de uma desaceleração no comércio mundial e uma queda no sentimento empresarial.
Uma leitura de junho para o índice do mercado habitacional dos EUA deve ser divulgada às 11h00, enquanto o presidente do Fed de Nova York, John Williams, deve falar em Nova York às 17h00, em uma conferência voltada para a reforma dos serviços financeiros.
ÍNDICES FUTUROS - 8h20:
Dow: -0,76%
SP500: -0,63%
NASDAQ: -0,70%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.