Tensões geopolíticas.
Este é o resumo e o derradeiro legado para os mercados da eleição de Donald Trump.
Declarações desencontradas, decisões intempestivas, mudanças de humor, problemas internos, falta de coerência estão entre os eventos mais recentes.
A deflagração da guerra comercial e posterior recuo na maioria dos seus pontos é um exemplo do que seus apoiadores chamam de jogada de “gênio”, mas que no fim, demonstra sua imprevisibilidade, levando aos EUA agirem reativamente ao humor de seu presidente.
Nos desenrolares mais recentes, as conversas entre China e EUA sofreram altos e baixos, passando neste momento por uma forte indefinição.
Trump anunciou que a China ofereceu um superávit de US$ 200 bi, declaração refutada imediatamente pela segunda economia do mundo.
Enquanto isso, o fim do acordo com o Irã, que na prática não faz nada, pois as sanções em si nunca caíram, exerce pressão global no petróleo, que sinaliza uma inflação mais alta nos EUA, que pode levar o Fed a altas adicionais de juros.
Junte neste caldeirão o tradicional desmonte de posições de maior risco em maio, está dado o cenário de volatilidade.
Passado este mês, parte da esperança reside nas extrações americanas de petróleo e xisto, em alta pela sexta semana seguida e com tendência a se elevar no próximo mês.
Sem a pressão do petróleo, a tendência é de que o “baralho de cartas” da atual volatilidade se desmonte e a calma retorne ao ambiente de negócios.
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CENÁRIO POLÍTICO
É difícil entender ainda, mas Temer não larga o “osso” e faz consulta entre a sua base pela viabilidade de sua campanha à reeleição.
O presidente acredita que os indicadores econômicos positivos reverterão sua impopularidade.
Nisto, conta com Meirelles, o qual seria seu vice, naquilo que já chamamos aqui de abraço dos afogados.
O ex-ministro nem de longe quer ser vice em tal chapa, mas depende do “osso”.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é sem rumo e os futuros NY sobem, mesmo com a falta de avanços China-EUA.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, na esperança pelas negociações.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, queda é generalizada.
O petróleo abre em alta em NY e em Londres, onde chegou a operar acima de US$ 80 o barril.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 1,1%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,6972 / 0,61 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,119%
Dólar / Yen : ¥ 111,02 / 0,226%
Libra / Dólar : US$ 1,35 / -0,289%
Dólar Fut. (1 m) : 3707,38 / 0,47 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,60 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,62 % aa (3,81%)
DI - Janeiro 21: 8,67 % aa (2,48%)
DI - Janeiro 25: 10,23 % aa (1,19%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -3,37% / 83.622 pontos
Dow Jones: -0,22% / 24.714 pontos
Nasdaq: -0,21% / 7.382 pontos
Nikkei: 0,40% / 22.930 pontos
Hang Seng: 0,34% / 31.048 pontos
ASX 200: -0,11% / 6.087 pontos
ABERTURA
DAX: -0,026% / 13111,19 pontos
CAC 40: 0,034% / 5623,85 pontos
FTSE: -0,168% / 7774,89 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 83980,00 pontos
S&P Fut.: 0,177% / 2723,50 pontos
Nasdaq Fut.: 0,228% / 6921,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,36% / 90,64 ptos
Petróleo WTI: 0,07% / $71,54
Petróleo Brent:0,37% / $79,59
Ouro: -0,29% / $1.287,02
Minério de Ferro: -0,06% / $67,26
Soja: -0,60% / $18,14
Milho: 1,39% / $400,75
Café: 0,53% / $113,85
Açúcar: -0,09% / $11,54