Esta semana observaremos de perto os impactos do choque de oferta nos preços, passado um mês do fim da paralisação dos caminhoneiros.
O momento não foi marcado tão somente pelo aspecto meramente reativo dos preços, muito se aproveitou para o repasse de aumentos anteriormente represados por conta da atividade econômica com crescimento fraco e o item alimentação, antes o descompressor dos índices, deixou para trás boa parte da contribuição negativa por problemas climáticos.
Ainda assim, as metas de inflação não estão ameaçadas, se também considerarmos o IPCA mensal negativo no mesmo período do ano anterior, aliviando em partes a forte alta que projetamos de 1,22% em junho.
O dólar, obviamente, não ajuda em tal contexto, mas o repasse mais recente de preços dificulta transferências adicionais, mesmo que o dólar eleve os custos, pois apesar da melhora do último indicador de emprego, a atividade econômica continua em ritmo lento de recuperação, sem elevações consideráveis de consumo.
Para a semana, o feriado de 4 de julho nos EUA e o jogo do Brasil hoje retira parte do volume do mercado, mas a semana conta com balança comercial, inflações locais e produção industrial no Brasil e mercado de trabalho nos EUA, com destaque ao Payroll.
CENÁRIO POLÍTICO
Sem saída, a não ser um golpe jurídico, o STF e os membros simpáticos ao ex-presidente já consideram que sua manutenção em prisão é inevitável, agora articulam para a redução da pena, vista por estes como desproporcional.
Mesmo que haja tal mudança, o processo do tríplex é considerado o menos incisivo contra o ex-presidente, sendo o sítio de Atibaia muito mais conclusivo e repleto de provas, segundo a procuradoria.
No cenário internacional, Obrador, uma candidato populista mexicano, sem viés político real, apesar de se colocar como esquerda, foi eleito com larga vantagem em relação aos oponentes, uma das maiores da história.
México busca salvador.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY em queda, ainda em tensão pela questão comercial.
Na Ásia, o fechamento foi negativo na sua maioria após os PMIs chineses.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam em queda em todos vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, queda generalizada, com exceção do minério de ferro em portos chineses.
O petróleo abre em queda em NY e alta em Londres, a elevação de produção da Rússia e Arábia Saudita.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 8%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8769 / 0,40 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / -0,419%
Dólar / Yen : ¥ 110,77 / 0,009%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / -0,394%
Dólar Fut. (1 m) : 3884,89 / 0,47 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,60 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 8,32 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 9,31 % aa (-0,43%)
DI - Janeiro 25: 11,52 % aa (-1,12%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,39% / 72.763 pontos
Dow Jones: 0,23% / 24.271 pontos
Nasdaq: 0,09% / 7.510 pontos
Nikkei: -2,21% / 21.812 pontos
Hang Seng: 1,61% / 28.955 pontos
ASX 200: -0,27% / 6.178 pontos
ABERTURA
DAX: -0,376% / 12259,69 pontos
CAC 40: -0,787% / 5281,61 pontos
FTSE: -1,051% / 7556,69 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 73162,00 pontos
S&P Fut.: -0,489% / 2708,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,623% / 7022,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,37% / 87,13 ptos
Petróleo WTI: 0,04% / $74,18
Petróleo Brent:-0,59% / $78,76
Ouro: -0,30% / $1.248,85
Minério de Ferro: 0,00% / $64,73
Soja: -0,49% / $16,24
Milho: 0,43% / $351,75
Café: -0,58% / $111,50
Açúcar: -1,47% / $12,06