Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta sexta-feira, 9 de fevereiro, sobre os mercados financeiros:
1. Congresso dos EUA aprova lei para encerrar fechamento do governo do país
O Congresso norte-americano conseguiu aprovar um acordo orçamentário de dois anos no início da sexta-feira que acabou com o fechamento parcial do governo norte-americano que durou pouco, começou à meia-noite quando congressistas não cumpriram o prazo do fechamento.
O acordo irá elevar em quase US$ 300 bilhões os gastos federais e também irá suspender o teto da dívida por um ano e foi aprovado por 240 votos favoráveis e 186 contrários na Câmara dos Representantes e depois por 71 votos favoráveis e 28 contrários no Senado.
Uma vez que Donald Trump, presidente norte-americano, já tinha prometido sancionar a lei, a medida irá restaurar o financiamento do governo antes que muitos trabalhadores cheguem a seus postos de trabalho e os mercados financeiros estejam abertos.
2. Bolsas devem se recuperar após debandada recorde
Esta semana tem sido difícil para as bolsas com a operação de vendas da sessão passada fazendo com que o Dow sofresse a terceira perda de mais de 500 pontos nos últimos cinco dias, levando o índice blue chip no caminho de registrar sua pior perda semanal desde outubro de 2008.
Tanto o Dow quanto o S&P 500 entraram oficialmente no território de correção uma vez que ambos os índices estão em baixa de mais de 10% a partir das máximas de 26 de janeiro.
Aumentos nos rendimentos dos títulos do Tesouro devido a fortes dados econômicos foram mencionados como um motivo para a mudança de capital de bolsas para títulos.
No momento, o mercado futuro dos EUA apontava para uma recuperação na abertura de sexta-feira. Às 09h00, o blue chip futuros do Dow ganhava 128 pontos, ou 0,53%, os futuros do S&P 500 subiam 19 pontos, ou 0,17%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha alta de 42 pontos ou 0,72%.
Mais cedo, bolsas asiáticas sentiram a propagação do pânico, acompanhando os passos de Wall Street. O Shanghai Composite da China caiu mais de 4% no fechamento, sua maior queda em quase dois anos, registrando perdas de 6% desde o auge da operação de venda na Ásia. Enquanto isso, o Nikkei 225 do Japão também fechou com perdas notáveis de 2,3%.
No entanto, bolsas europeias conseguiram registrar ganhos limitados na quinta-feira, deixando de lado as fortes operações de vendas presenciadas em Wall Street e na Ásia, mesmo com o mercado futuro dos EUA apontando para uma leve recuperação.
3. Rendimentos de títulos do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos volta a se dirigir ao nível de 3%
Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos voltavam nesta sexta-feira a se dirigir à máxima de quatro anos após o Congresso dos EUA ter aprovado um projeto orçamentário de quase US$ 300 bilhões para encerrar o fechamento do governo do país.
Analistas estão preocupados com o nível psicológico de 3% dos títulos do Tesouro com vencimento em 10 anos, sugerindo que isso poderia ser um gatilho para investidores retirarem dinheiro de bolsas e aplicarem em ativos considerados portos seguros.
Especialistas sugeriram que fortes dados econômicos elevaram o risco de inflação, gerando receios de que o Federal Reserve possa ser forçado a tomar uma posição mais agressiva ao endurecer a política monetária.
O rendimento do título do Tesouro dos EUA com vencimento em 10 anos avançava 1 ponto base para 2,858% nesta sexta-feira após perdas prévias, voltando a se dirigir à máxima de quase quatro anos de 2,885% atingida na segunda-feira.
4. Petróleo no caminho de perdas semanais de mais de 7% devido a preocupações com produção
A referência norte-americana de petróleo registrava sua sexta sessão consecutiva de queda nesta sexta-feira e estava no caminho de perdas semanais em torno de 7,5%, já que investidores continuavam a se preocupar com o fato de que o aumento na produção dos EUA poderia neutralizar a tentativa da Opep de reduzir a produção e reequilibrar o mercado.
O Irã anunciou planos de elevar sua produção dentro dos próximos quatro anos em, pelo menos, 700.000 barris por dia.
Isso se somou a um relatório da Administração de Informação de Energia, divulgado nesta semana, que revelou que a produção de petróleo bruto dos EUA subiu à máxima recorde de 10,25 milhões de barris por dia, ficando acima da Arábia Saudita, maior produtor da Opep.
Ainda nesta sexta-feira, participantes do mercado estarão atentos à produção de shale oil dos EUA quando a Baker Hughes divulgar seus mais recentes dados semanais sobre a contagem de sondas.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA caíam 0,98%, atingindo US$ 60,55 às 09h01, enquanto o petróleo Brent tinha queda de 0,65%, com o barril negociado a US$ 64,39.
5. Inflação chinesa cai e causa preocupações com perda de força da economia do país
A inflação anual tanto dos preços ao consumidor quanto do produtor na China ficaram menores do que o esperado em janeiro, gerando novamente temores de aumento das pressões de preços como nos EUA e na Europa.
Os dados geraram alguma preocupação de que a segunda maior economia do mundo poderia estar se desacelerando e perdendo um pouco de força, embora especialistas alertaram que os dados podem ser distorcidos devido a questões do calendário com o início do Ano Novo Lunar em 16 de fevereiro.