Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quinta-feira, 6 de abril, sobre os mercados financeiros:
1. Reunião entre Trump e Xi a caminho
O principal foco do mercado nesta quinta-feira é a altamente aguardada reunião entre Donald Trump, presidente norte-americano e Xi Jinping, líder chinês, ainda no dia de hoje no refúgio de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida.
A reunião de dois dias entre os dois mais poderosos líderes do mundo deve incluir diferenças sobre comércio, moedas e Coreia do Norte.
Trump tem constantemente criticado as políticas econômicas da China e prometeu rotular a China como manipuladora cambial em seu primeiro dia de administração, mas não fez isso até o momento.
2. Atas agressivas do Fed
Investidores continuam a assimilar as atas da reunião de política monetária do Federal Reserve em março, divulgadas na quarta-feira, que foram vistas como relativamente agressivas.
As atas mostraram que a maioria dos dirigentes acreditava que o banco central deveria começar a se desfazer de seu balanço patrimonial massivo durante esse ano, mais cedo do que muitos esperavam.
O Fed possui atualmente US$ 4,5 trilhões em títulos e ações para reduzir no portfólio, o que teria importante impacto nos mercados dada sua magnitude. Janet Yellen, presidente da instituição, apontou que este movimento seria semelhante a um aumento dos juros.
Na próxima reunião de política econômica do Fed está agendada para 2 e 3 de maio, embora investidores esperam outra elevação dos juros em junho, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com.
3. Draghi reafirma tom mais moderado
Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, afirmou nesta quinta-feira que ele não vê necessidade em desvios na atual trajetória de política monetária do BCE, o que inclui a compra de títulos até o fim do ano e taxas em níveis mínimos recordes até bem depois que essas ações estimulem a inflação.
Draghi reiterou que a atual posição de política monetária ainda é apropriada e que o banco central precisaria ver mais sinais de que a inflação está atingindo a meta antes de fazer quaisquer mudanças.
O euro caiu para 1,0629, mínima de três semanas frente ao dólar após os comentários de Draghi. Estava cotado a 1,0660 (EUR/USD).
4. Chances de estímulos ficais nos EUA ficam mais longe
As preocupações dos investidores sobre a habilidade da administração Trump em cumprir as promessas de cortes nos impostos se intensificaram após comentários negativos de legisladores em Washington.
Paul Ryan, presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, afirmou na quarta-feira que não há consenso sobre a reforma tributária e levaria mais tempo para atingi-lo do que o consenso sobre o sistema de saúde.
A possibilidade de reforma tributária foi um dos principais condutores do rali massivo das bolsas de valores após a eleição presidencial dos EUA, junto com a desregulamentação e os gastos com infraestrutura.
Enquanto isso, divisões profundas reduzem as esperanças dos republicanos para uma rápida retomada da legislação de substituição do Obamacare na quarta-feira, já que o Congresso se prepara para deixar a cidade para o recesso de duas semanas sem um pacto para encerrar as lutas internas do partido.
5. Bolsas do mundo assustam
O mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura estável na manhã desta quinta-feira, já que investidores permanecem cautelosos antes da reunião entre Donald Trump, presidente norte-americano, e Xi Jinping, presidente chinês.
As ações em Wall Street reverteram a recuperação e caíram na quarta-feira, com o Dow registrando sua maior guinada para baixo em 14 meses, após as atas do Fed mostrarem que o banco central tinha preocupações com a supervalorização das bolsas de valores.
O índice dólar estava pouco alterado em 100,50 no pregão matutino de Nova York, enquanto o rendimento do título EUA a 10 anos permanecia estável em 2,36%.
Na Europa, as bolsas estavam majoritariamente em baixa, com o DAX da Alemanha em queda de cerca de 0,5%, enquanto o FTSE 100 caía 0,6%.
Mais cedo, na Ásia, as bolsas fecharam em diferentes direções, com o Shanghai Composite, na China, fechando em alta de cerca de 0,3%, enquanto o Nikkei do Japão caiu 1,5%.