Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quarta-feira, 19 de abril, sobre os mercados financeiros:
1. FTSE luta para manter ganhos de 2017 com preparação para eleições gerais
A Câmara dos Comuns do Reino Unido votará ainda nesta quarta-feira a proposta de Theresa May, primeira-ministra britânica, de realizar eleições gerais em 8 de junho em uma ação desenvolvida para aumentar o apoio a ela, já que a Grã-Bretanha segue adiante com negociações para deixar a União Europeia, processo conhecido como Brexit.
Espera-se amplamente que May receba a aprovação para realizar as eleições pois os partidos de oposição já concordaram com a proposta.
O anúncio de terça-feira levou a libra para a máxima em seis meses, o que se refletiu no FTSE 100, referência da Bolsa de Londres, que perdeu cerca de 46 bilhões de libras (US$ 58,98 bilhões) em valor. Uma libra mais forte reduz resultados para empresas blue chip britânicas ao repatriarem lucros em outras moedas.
Embora a libra tenha caído frente ao dólar nesta quarta-feira, o FTSE 100 eliminou alguns ganhos, caindo abaixo do nível de 7.142,83 pontos, que foi o nível de fechamento de 2016, e chegou à mínima intradiária de 7.127,25.
O índice conseguia se recuperar, e às 7h07 (horário de Brasília), avançava 0,17% para 7.147,00 pontos.
2. Resultados em foco com destaque para Morgan Stanley
Os mercados continuam a assimilar uma série de relatórios de resultados nesta quarta-feira com o Morgan Stanley (NYSE:MS) em destaque após o Goldman Sachs (NYSE:GS) decepcionar os investidores na sessão anterior.
Também na pauta do dia, as atenções se voltam para BlackRock Inc (NYSE:BLK), Abbott Laboratories (NYSE:ABT) ou US Bancorp (NYSE:USB) antes da abertura do mercado, junto com American Express (NYSE:AXP), eBay Inc (NASDAQ:EBAY) e Qualcomm (NASDAQ:QCOM) após o fechamento/
A IBM (NYSE:IBM), que divulgou relatório após o fechamento de terça-feira, parece liderar a baixa do Dow Jones. Ações da empresa de tecnologia caíam 4,7% nas negociações antes do pregão nesta quarta-feira após o registro de uma redução maior do que se esperava nas vendas no que foi seu 20.º trimestre consecutivo de receitas em queda.
3. Livro Bege fornece ao Fed visão sobre economia norte-americana
Em um dia com poucos dados econômicos, agentes do mercado aguardam a publicação do Livro Bege às 15h (horário de Brasília).
A publicação é sempre realizada duas semanas antes da reunião de política monetária e deve dar ao banco central norte-americano um olhar sobre o estado da economia nos 12 distritos do Federal Reserve.
Uma sequência recente de dados negativos levaram tanto o Fed de Atlanta quanto o de Nova York a reduzirem as projeções de crescimento da economia norte-americana no primeiro trimestre antes da leitura de 28 de abril.
Os mercados descartam atualmente o endurecimento da política monetária na reunião de 2 a 3 de maio e dados fracos serviram para deixarem de lado as apostas de uma próxima alta da taxa de juros até setembro, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com.
O dólar se ateve a ganhos frente outras principais moedas nesta quarta-feira em um leve movimento contrário à sua tendência de baixa, enquanto o ouro reagiu negativamente à recuperação da moeda norte-americana.
4. Petróleo sai de mínima de duas semanas antes de dados dos estoques
O petróleo saiu da mínima de duas semanas nesta quarta-feira, já que investidores aguardam os dados semanais dos estoques norte-americanos.
Após o mercado fechar na terça-feira, o Instituto Americano de Petróleo afirmou que os estoques de petróleo norte-americanos tiveram redução, maior do que se esperava, de 840.000 barris na semana que se encerrou em 14 de abril.
A Administração de Informação de Energia dos EUA divulgará seu relatório oficial dos estoques de petróleo da semana às 11h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira. Se a diminuição for confirmada, será a segunda semana seguida de redução.
Os dados surgem também com os participantes do mercado aguardando a reunião nestes fim de semana do comitê técnico da OPEP que avalia a conformidade com o pacto realizado em novembro passado e começou em 2017 entre a OPEP e outros produtores, incluindo a Rússia, que concordaram quem reduzir a produção em cerca de 1,8 milhão de barris por dia entre janeiro e junho.
Uma decisão final sobre a extensão do pacto não é esperada antes da reunião oficial da OPEP em 25 de maio em Viena.
Contratos futuros de petróleo dos EUA avançavam 0,34% para US$ 52,59 às 7h08 em horário de Brasília, enquanto o petróleo Brent subia 0,44%, sendo o barril negociado a US$ 55,13.
5. Bolsas do mundo divididas com ações tentando se recuperar
O Nikkei japonês conseguiu se estabilizar no momento, embora Shanghai tenha ampliado seu recente recuo com uma queda de 0,8%. A bolsa chinesa caiu por quatro sessões consecutivas com preocupações sobre regulamentações mais duras.
Bolsas europeias tinham uma pequena recuperação nesta quarta-feira apesar da contínua incerteza política envolvendo as eleições da França e da Grã-Bretanha.
O mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura em leve alta. Às 6h09 em horário local (7h09 em horário de Brasília), o índice blue chip futuros do Dow ganhava 0,18%, os futuros do S&P 500 subiam 0,30%, e os futuros do Nasdaq 100 avançavam 0,35%.