Por Scott Kanowsky e Marianne Paim
Investing.com - O comitê da Câmara está pronto para examinar o acordo sobre o teto da dívida, com os investidores esperançosos de que o Congresso assinará o acordo antes de um possível calote dos EUA em 5 de junho. Enquanto isso, a HP Inc (NYSE:HPQ). se prepara para divulgar seus últimos lucros, e Cathie Wood fala sobre o recente aumento das ações. No Brasil, presidente do Banco Central afirma que há espaço para continuidade do recuo dos núcleos inflacionários.
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1. Comitê da Câmara dos Representantes vai analisar o acordo sobre o teto da dívida
O acordo recém-forjado sobre o teto da dívida enfrentará um de seus primeiros grandes testes no Congresso ainda hoje, quando o Comitê de Regras da Câmara examinar o projeto de lei.
Alguns conservadores linha-dura do comitê já se manifestaram contra o acordo, argumentando que ele não inclui cortes de gastos suficientemente profundos.
Mas o presidente republicano da Câmara, Kevin McCarthy, que manteve semanas de negociações tensas com o presidente dos EUA, Joe Biden, sobre o aumento do teto da dívida de US$ 31,4 trilhões, disse que ainda está confiante de que o comitê acabará aprovando o acordo que será levado ao plenário da Câmara.
Do outro lado do corredor, os democratas de esquerda têm se insurgido contra as concessões feitas por Biden para chegar a um acordo sobre o limite de empréstimos com os republicanos do Congresso.
Mesmo assim, tanto Biden quanto McCarthy acreditam que o projeto de lei receberá aprovação do Congresso antes de 5 de junho - dia em que o Departamento do Tesouro alertou que o governo federal poderia ficar sem dinheiro.
2. Futuros dos EUA em alta
Os futuros das ações dos EUA subiram no início das negociações de terça-feira, com os investidores otimistas de que o Congresso aprovará o projeto de lei do limite da dívida, mesmo sem o apoio de alguns legisladores.
Às 8h05, o contrato Dow futuros ganhava 0,01%, o S&P 500 futureo subia 0,48%, e o Nasdaq 100 futuros subia estava em alta de 1,08%.
Os principais índices foram fechados na segunda-feira para o feriado do Memorial Day.
Biden disse aos repórteres que ele "se sente bem" com as perspectivas da legislação. Segundo relatos, espera-se que a Câmara vote a proposta já na quarta-feira, e que o Senado aborde a questão no fim de semana.
O acordo de 99 páginas aumentaria o teto da dívida por dois anos, efetivamente empurrando as negociações normalmente tensas para além da eleição presidencial de 2024, e limitaria alguns gastos do governo.
3. Petróleo inverte o curso
Os preços do petróleo caíram na terça-feira, apagando os ganhos anteriores, já que a perspectiva otimista do acordo sobre o limite da dívida foi compensada por preocupações iminentes sobre o aumento das taxas de juros e a desaceleração do crescimento econômico.
Às 8h05, os futuros do petróleo dos EUA caíam 1,18%, para US$ 71,81 por barril, enquanto o os futuros do brent caíam 1,40%, para US$76,02 por barril. Ambos haviam subido inicialmente até 0,9%.
Os mercados de petróleo fecharam em alta em negociações silenciosas na segunda-feira, uma vez que o acordo em Washington ajudou a aliviar alguns temores de que os EUA estivessem se aproximando de um default potencialmente catastrófico.
Mas esses aumentos foram atenuados pelas preocupações com um Federal Reserve mais hawkish, após dados de inflação de abril mais quentes do que o esperado. Analistas citados pela Reuters afirmam que um aumento nos custos de empréstimos, bem como um dólar mais forte, poderia pesar sobre a demanda nos EUA, o maior consumidor de petróleo do mundo.
4. Relatório da HP
A HP Inc (NYSE:HPQ) divulgará seus lucros do segundo trimestre após o fechamento das negociações de hoje nos EUA, com os investidores interessados em ver o quanto a queda pós-pandemia na demanda de PCs atingiu a fabricante de computadores pessoais e impressoras.
Espera-se que o grupo sediado em Palo Alto relate uma queda de 29% no lucro ajustado por ação, para US$ 0,76, nos três meses encerrados em abril de 2023, de acordo com as estimativas de consenso da Bloomberg. A receita também deve cair cerca de um quinto, para pouco mais de US$ 13 bilhões.
Os consumidores reduziram os gastos com itens caros, como PCs, devido às pressões inflacionárias e à incerteza econômica. As remessas mundiais de PCs totalizaram 55,2 milhões no primeiro trimestre de 2023, representando uma queda de 30% em relação ao ano anterior, de acordo com os resultados preliminares de um estudo da Gartner divulgado no mês passado.
No início deste ano, a HP previu que as vendas de sua divisão de sistemas pessoais, que inclui computadores e notebooks, cairão "sequencialmente em um dígito alto" no segundo trimestre. Entretanto, espera-se que a receita da unidade melhore na segunda metade do ano, à medida que os níveis elevados de estoque se normalizem.
5. Campos Neto vê "janela" para continuidade na queda dos núcleos de inflação
Os núcleos de inflação estão, em média, arrefecendo, embora mais lentamente do que o esperado, e o Brasil entrou em uma janela temporal agora na qual esse movimento de queda deve continuar, disse o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, nesta segunda-feira, em evento em Fortaleza.
Campos Neto pontuou que a inflação cheia no Brasil está "caindo bastante", mas que todos os países estão com núcleos de inflação "bastante altos" se comparados com as metas de inflação.
"Vemos que a média de núcleos está caindo, o que é bom, mas mais lentamente que o esperado", pontuou o presidente do BC, ao se referir à situação brasileira. "Ainda temos expectativas de inflação de longo prazo elevadas", acrescentou.
Apesar do diagnóstico, Campos Neto afirmou que o país entrou em uma "janela" em que a queda dos núcleos de inflação "provavelmente vai continuar".
Às 8h03, o ETF EWZ (NYSE:EWZ)recuava 0,27% no pré-mercado.
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