Por Scott Kanowsky e Jessica Bahia Melo
Investing.com -- Os futuros das ações dos EUA apontam majoritariamente para uma alta, após um dia de quedas na quarta-feira, marcado pelo aumento dos rendimentos dos títulos americanos e pela queda das ações de grandes empresas de tecnologia.
As ações da Tesla (BVMF:TSLA34) (NASDAQ:TSLA) sobem, depois que a montadora de carros elétricos divulgou lucros melhores do que o previsto e uma perspectiva otimista de entrega.
Trabalhadores em greve da Boeing (BVMF:BOEI34) (NYSE:BA) na Costa Oeste dos EUA rejeitam uma oferta de pagamento revisada do grupo aeroespacial, estendendo uma paralisação de trabalho financeiramente prejudicial.
No Brasil, expectativa para divulgação do balanço da mineradora brasileira Vale (BVMF:VALE3).
Confira agora mais detalhes sobre os principais assuntos do mercado nesta manhã.
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1. Futuros mistos; ações da Tesla sobem com lucros e perspectivas otimistas
Os futuros das ações dos EUA estavam em alta, na sua maioria, na quinta-feira, com os investidores avaliando uma série de lucros corporativos trimestrais e subindo os rendimentos do Tesouro.
Às 7h56 (de Brasília), o contrato Dow futuros perdia 0,13%, o S&P 500 futuros havia subido 0,44%, e o Nasdaq 100 futuros havia subido 0,81%.
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As principais médias afundaram na sessão anterior, com quedas nas ações de megacaps de tecnologia, como a Nvidia (NASDAQ:NVDA), que é uma empresa de inteligência artificial, e a Apple (NASDAQ:AAPL), fabricante do iPhone, prejudicando especialmente o Nasdaq Composto.
Pesando sobre o sentimento, houve um salto nos rendimentos do Tesouro dos EUA para máximas de três meses. Os analistas interpretaram o aumento como um sinal de que os mercados estão começando a esperar que os fortes dados econômicos recentes e a próxima eleição presidencial dos EUA persuadam o Federal Reserve a implementar cortes nas taxas de juros em um ritmo mais lento.
As ações da Tesla subiram nas negociações de horário estendido depois que a gigante da fabricação de carros elétricos divulgou um lucro melhor do que o projetado no terceiro trimestre e previu um "leve" salto nas entregas este ano.
O lucro líquido ajustado do trimestre aumentou 8% em comparação com o mesmo período do ano anterior, para US$ 2,5 bilhões, superando as estimativas de US$ 2,1 bilhões, graças, em parte, a uma queda nas despesas operacionais. A receita, por sua vez, aumentou 8%, chegando a US$ 25,2 bilhões.
Os resultados foram obtidos em um momento em que a Tesla passou vários trimestres anteriores lutando contra uma série de problemas, incluindo a percepção de lentidão na demanda global de veículos elétricos e uma batalha legal sobre o pacote de remuneração do executivo-chefe Elon Musk. A posição política de Musk, bem como a revelação de alto nível do robô-táxi "Cybercab" da Tesla, que recebeu críticas mornas dos analistas, também estiveram no centro das atenções.
Mesmo assim, a empresa disse em um comunicado que espera alcançar um "leve crescimento" nas entregas de veículos em 2024, enquanto Musk previu que os cortes de custos e as taxas de juros mais baixas estimulariam o crescimento das vendas de veículos de 20% a 30% no próximo ano.
2. Trabalhadores da Boeing rejeitam a última oferta de indenização
Os maquinistas da Boeing em greve rejeitaram uma oferta de contrato revisada, estendendo uma ação trabalhista incapacitante que está exercendo forte pressão sobre os planos do novo CEO, Kelly Ortberg, de reformular as finanças em dificuldades da fabricante de jatos.
Dos membros da Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais do Distrito 751 que votaram, 64% disseram não à nova oferta, que teria aumentado seus salários em 35% nos próximos quatro anos e proporcionado maiores benefícios de aposentadoria. Após a decisão, os líderes sindicais - que pediram um aumento salarial de 40% e o retorno das pensões de benefício definido para os cerca de 33.000 trabalhadores que representam - disseram que estavam prontos para voltar à mesa de negociações com a Boeing.
No mês passado, 95% dos trabalhadores do noroeste do Pacífico dos EUA rejeitaram uma oferta anterior e optaram por entrar em greve.
Na quarta-feira, Ortberg solicitou uma "mudança fundamental de cultura" na Boeing, que também enfrentou um escrutínio recente sobre seu histórico de segurança após o perigoso rompimento do plugue da porta em pleno ar em um de seus aviões no início deste ano. Ortberg acrescentou que a empresa está em uma "encruzilhada" depois de registrar um prejuízo líquido de US$ 6,17 bilhões no terceiro trimestre, ampliando o prejuízo de US$ 1,64 bilhão no período correspondente em 2023.
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3. Trump abre pequena vantagem sobre Harris - pesquisa WSJ
Donald Trump ganhou uma ligeira vantagem na corrida presidencial dos EUA, com os eleitores tendo uma visão mais positiva de sua agenda e uma posição mais negativa sobre a rival Kamala Harris, de acordo com uma nova pesquisa nacional do The Wall Street Journal.
Trump está à frente de Harris por 2 pontos percentuais, 47% a 45%, na pesquisa do WSJ com 1.500 eleitores registrados, realizada de 19 a 22 de outubro. No entanto, a liderança está dentro da margem de erro da pesquisa, sugerindo que qualquer um dos candidatos ainda poderia estar à frente, observou o WSJ.
A opinião dos eleitores sobre o ex-presidente melhorou, enquanto a opinião sobre Harris - o atual vice-presidente - tornou-se mais desfavorável, segundo a pesquisa.
Em outro lugar, Trump também ultrapassou Harris como o candidato em quem os americanos mais confiam para administrar a economia em uma pesquisa separada do Financial Times e da Ross School of Business da Universidade de Michigan. Foi a primeira vez que Trump liderou essa questão na pesquisa.
Essas foram as últimas pesquisas que sugerem que o apoio a Trump aumentou nas últimas semanas de campanha antes da votação de 5 de novembro. No entanto, a disputa ainda permanece acirrada, com ambos os candidatos praticamente empatados em vários estados-chave do campo de batalha que podem influenciar fortemente o resultado da eleição.
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4. Petróleo sobe
Os preços do petróleo subiram na quinta-feira, recuperando-se após as perdas da sessão anterior, devido às preocupações de que uma escalada do conflito no Oriente Médio poderia afetar o fornecimento da região-chave.
Às 7h56, o contrato Brent subiu 1,16%, para US$ 75,83 por barril, enquanto os futuros do petróleo dos EUA (WTI) foram negociados 1,2% mais altos, a US$ 71,62 por barril.
Os preços do petróleo subiram quase 4% até o momento nesta semana, ajudando a reduzir as perdas da semana passada de mais de 7%, devido às preocupações com a demanda chinesa e à diminuição das preocupações com possíveis interrupções causadas pelos combates no Oriente Médio.
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5. Vale apresenta balanço após o pregão
A mineradora brasileira Vale divulga balanço trimestral após o fechamento do mercado nesta quinta. A companhia apresentou dados operacionais fortes na semana passada, com produção no maior patamar desde 2018, mas analistas apontam como ressalva o preço do minério de ferro, o que pode pressionar os indicadores.
“Após iniciar o projeto Vargem Grande antes do previsto e revisar sua orientação de produção de minério de ferro para 2024 em sua visita a investidores no mês passado, a Vale entregou números fortes de produção de minério de ferro no 3T24”, destacaram analistas do Bank of America (NYSE:BAC) (BofA) em uma nota ao mercado.
No entanto, a Genial Investimentos disse que o resultado não é tão bom quanto parece. “O preço realizado em finos de minério de ferro foi uma decepção”, lamentou.
O InvestingPro, plataforma premium de dados e análises profissionais do Investing.com, estima um lucro por ação (LPA) de US$0,45 para a mineradora brasileira. A perspectiva é de uma receita de US$9,481 bilhões. As estimativas de consenso, por sua vez, apontam para uma receita líquida de US$9,79 bilhões, Ebitda de US$3,679 bilhões e um lucro líquido de US$1,854 bilhão.
Às 7h56 (de Brasília), as American Depositary Receipts (ADRs) da Vale subiam 0,67% no pré-mercado, a US$10,48.