Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta sexta-feira, 20 de janeiro, sobre os mercados financeiros:
1. Posse do presidente eleito, Donald Trump
Dez semanas após chocar o mundo ao vencer as eleições americanas, Donald Trump será empossado como 45º presidente dos Estados Unidos às 15h, no horário de Brasília, na sexta-feira, em Washington, D.C.
Os investidores aguardam qualquer detalhe que ele possa dar a respeito de suas promessas de reforma tributária, aumento dos investimentos em infraestrutura e redução da regulamentação, bem como suas visões a respeito da economia da China e da dos EUA.
O presidente eleito, Trump, tem sido apontado como o grande catalisador do impressionante rali do mercado desde o dia da eleição, ainda que ele não tenha dado detalhes sobre suas políticas econômicas.
Os mercados mostraram frustração na semana passada, após Trump não dar nenhum detalhe sobre suas promessas de aumentar os gastos fiscais e reduzir os tributos na tão aguardada coletiva de imprensa da quarta-feira.
O Dow vem registrando cinco sessões consecutivas em queda em meio a posturas de cautela, com os participantes do mercado aguardando para ver se Trump conseguirá implementar políticas expansionistas.
2. Dados de resultados continuam saindo, blue-chips decepcionam
O foco se manteve nos relatórios de resultados, com 54 empresas do S&P 500 divulgando os números nesta quinta.
A empresa de análise de tendências dos resultados, The Earnings Scout, destacou que, apesar de as vendas e os resultados apresentarem um pequeno avanço comparado com o último semestre, a taxa de superação das expectativas recuou.
Após o fechamento de ontem, notícias decepcionantes sobre dois componentes do Dow devem influenciar a sessão de hoje.
A IBM (NYSE:IBM) divulgou seu 19º trimestre seguido de queda na receita, apesar de a empresa ter andado otimista sobre novos segmentos que permitiram que ela projetasse um resultado anual que superasse as expectativas de Wall Street.
A American Express (NYSE:AXP) produziu um lucro trimestral menor do que o esperado, devido a gastos com marketing e propaganda pela empresa de cartões de crédito, no intuito de abafar a competição.
Ainda nos resultados do Dow, a General Electric (NYSE:GE) e a Procter & Gamble devem divulgar seus relatórios antes da abertura do pregão desta sexta, em um dia em que os investidores não terão muitos dados econômicos para digerir.
3. Crescimento da China atinge mínima de 26 anos, apesar de 4º semestre demonstrar esperanças de recuperação
O crescimento do produto interno bruto (PIB) chinês durante 2016 atingiu o ritmo mais lento em 26 anos.
No entanto, os números do quarto semestre mostraram uma expansão de 6,8%, superando as estimativas de nenhuma variação, mantendo-se em 6,7%, sugerindo que o crescimento da segunda maior economia do mundo pode ter voltado aos eixos.
Em outros dados divulgados nesta sexta na China, as vendas do varejo de dezembro saltaram 10,9%, superando as expectativas de avanço de 10,7%, apesar de a produção industrial do mesmo mês ter aumentado em 6%, abaixo das estimativas de crescimento de 6,1%.
4. Petróleo subindo após PIB da China, contagem de plataformas e reunião de monitoramento em pauta
O petróleo subiu mais de 1% nesta sexta, devido a números de crescimento positivos da China, mas os investidores continuarão de olho nos dados da Baker Hughes mais tarde no pregão para mais informações sobre como as perfuradoras de shale oil dos EUA estão reagindo ao aumento dos preços.
De acordo com os dados mais recentes da provedora de serviços da área de petróleo, o número de plataformas extraindo petróleo nos EUA diminuiu em 7, chegando a 522. Foi a primeira redução do número de plataformas de petróleo em 10 semanas.
Os participantes do mercado, neste fim de semana, também ficarão de olho no acordo histórico fechado pelos maiores produtores da commodity visando a reduzir a produção em 1,8 milhão de bpd.
Um comitê de monitoramento encarregado de controlar a conformidade com o acordo global deve se reunir pela primeira vez em Viena, no dia 22 de janeiro.
O petróleo bruto americano futuro caiu 1,15%, cotado a US$ 52,72, às 8h53, enquanto que o barril de Brent operou em alta de 1,09%, cotado a US$ 54,75.
5. Mercados globais sem direção aguardando Trump e após dados da China
O mercado futuro dos EUA indicou abertura sem direcionamento certo nesta sexta, com o Dow lutando para voltar a produzir números positivos após quatro pregões consecutivos de queda e os mercados aguardando qualquer pista sobre novas políticas econômicas na posse de Trump.
Às 8h54, horário de Brasília, o Dow futuro, das principais empresas do mercado, caiu 0,02%, o S&P 500 futuro operou em alta de 0,18% e o Nasdaq 100 futuro avançou 0,25%.
Do outro lado do oceano, os mercados europeus buscavam avançar após uma abertura com variações tanto para cima quanto para baixo, com os investidores celebrando os dados positivos da China, mas com medo de ampliar suas posições antes de obter mais detalhes sobre os planos de Trump para políticas de comércio exterior.
Mais cedo, os mercados asiáticos fecharam de forma diversa, com a Austrália encerrando em queda, a China se beneficiando da superação das estimativas do PIB do quarto trimestre e o Japão avançando com o enfraquecimento do iene.