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ABERTURA: Ibov futuro abre com leve ganhos com exterior e risco fiscal no radar

Publicado 17.08.2020, 09:04
Atualizado 17.08.2020, 09:39
© Reuters.

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Por Gabriel Codas

Investing.com - O índice futuro do Ibovespa inicia a sessão desta segunda-feira com leve valorização de 0,11% aos 101.530 pontos, com o dólar subindo 0,27% a R$ 5,4348.

O dia começa positivo nos mercados europeus e os futuros de Wall Street, mesmo diante da cautela com a alta nas infecções por coronavírus na Ásia, Europa e Oceania, assim como a piora nas tensões comerciais, diplomáticas e geopolíticas entre os Estados Unidos e a China.

Os investidores receberam bem a decisão do banco central da China, que rolou empréstimos de médio prazo que estavam para vencer ao mesmo tempo em que deixou inalterado o custo de empréstimo pelo quarto mês seguido.

O petróleo avançava à espera da reunião do grupo de produtores da Opep e aliados, o chamado cartel da Opep+, na quarta-feira.

No cenário interno, a temporada de balanços com resultados do segundo trimestre se encaminha para o final, com somente Magazine Luiza (SA:MGLU3) divulgando seus números do período após fechamento do mercado.

Os investidores seguem atentos ao risco fiscal, com a pressão de alas do governo e, segundo relatos da imprensa, do presidente Jair Bolsonaro para que o ministro da Economia Paulo Guedes encontre uma solução para elevar os gastos em investimentos em infraestrutura e benefícios sociais. A pressão subiu após o Datafolha apontar popularidade recorde de Bolsonaro em seu mandato após diminuição de rejeição entre os setores de menor renda da população, que foram beneficiados pelo auxílio emergencial mensal de R$ 600. Mercado começa a precificar eventual flexibilização ou fim da emenda constitucional que instituiu o teto de gastos públicos, que prevê elevação do uso de recursos públicos apenas com a variação inflacionária.

- Cenário Interno

IPC-S

O IPC-S de 15 de agosto de 2020 variou 0,52%, ficando 0,02 ponto percentual (p.p) abaixo da taxa registrada na última divulgação. Nesta apuração, quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Transportes (1,19% para 1,02%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de 3,65% para 3,07%.

Também registraram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Educação, Leitura e Recreação (-0,60% para -0,81%), Habitação (0,76% para 0,67%) e Comunicação (0,73% para 0,55%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: passagem aérea (-0,84% para -5,92%), tarifa de eletricidade residencial (2,19% para 1,77%) e combo de telefonia, internet e TV por assinatura (1,37% para 0,99%).

Covid-19

O Brasil registrou neste domingo 620 novas mortes em decorrência da Covid-19, o que eleva o total de óbitos causados pela doença no país a 107.852, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

Segundo país mais afetado pelo coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, o Brasil também contabilizou nas últimas 24 horas 23.101 novos casos da doença, atingindo um total de 3.340.197 infecções confirmadas.

Pelo terceiro dia consecutivo, o número diário de novos casos ficou abaixo do patamar de 50 mil registros. A ressalva é que, desde o início da pandemia do novo coronavírus no país, os registros nos finais de semana são tradicionalmente menores devido a um número de menor de registros feitos pelos municípios nesses dias.

- Cenário Externo

China

O banco central da China rolou nesta segunda-feira empréstimos de médio prazo que estavam para vencer ao mesmo tempo em que deixou inalterado o custo de empréstimo pelo quarto mês seguido.

O Banco do Povo da China informou em comunicado que manteve em 2,95% os juros sobre 700 bilhões de iuanes (100,74 bilhões de dólares) em empréstimos do instrumento de médio prazo de um ano (MLF) para instituições financeiras.

A nova injeção de dinheiro vai superar dois grupos de empréstimos do MLF que vencerão em agosto, com um volume total de 550 bilhões de iuanes.

Japão

O Japão sofreu sua maior contração econômica na história no segundo trimestre uma vez que a pandemia de coronavírus esvaziou lojas e derrubou a demanda por carros e outras exportações, ampliando o cenário para uma ação mais ousada de política monetária para impedir uma recessão mais profunda.

O terceiro trimestre seguido de recuo derrubou o tamanho do Produto Interno Bruto (PIB) real para mínimas em uma década, apagando os benefícios conseguidos com as políticas de estímulo do primeiro-ministro Shinzo Abe adotadas no final de 2012.

A terceira maior economia do mundo encolheu 27,8% em dado anualizado entre abril e junho, mostraram dados do governo nesta segunda-feira, marcando a maior queda desde que dados comparáveis se tornaram disponíveis em 1980 e ante expectativa em pesquisa da Reuters de recuo de 27,2%.

BOLSAS INTERNACIONAIS

Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,83%, a 23.096 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,65%, a 25.347 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 2,34%, a 3.438 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 2,35%, a 4.815 pontos.

A segunda-feira é levemente positiva para os mercados de ações da Europa, com o DAX, de Frankfurt, ganhando 0,14% aos 12.920 pontos, enquanto que o FTSE, de Londres, avança 0,53% aos 6.122 pontos. Já em Paris, o CAC soma 0,11% aos 4.968 pontos.

COMMODITIES

O primeiro dia útil da semana foi marcado por queda nos preços dos contratos futuros dos contratos futuros do minério de ferro, que são negociados na bolsa de mercadorias da cidade de Dalian, na China. O ativo com o maior volume de operações, com data de vencimento para o mês de setembro do presente calendário, cedeu 1,32% aos 898,50 iuanes por tonelada, o que representa um recuo de 12,00 iuanes em relação aos 910,50 iuanes de liquidação de sexta-feira.

Na direção oposta, a jornada desta segunda-feira teve como principal característica a valorização dos preços dos papéis futuros do vergalhão de aço, que são transacionados na também chinesa bolsa de mercadorias de Xangai. O contrato com o mais volume, com data de entrega para outubro deste ano, somou 46 iuanes para 3.832 iuanes por tonelada, enquanto que o de janeiro de 2021 avançou 44 iuanes para 3.756 iuanes para cada tonelada.

MERCADO CORPORATIVO

- Oi (SA:OIBR3)

A Oi apresentou nesta sexta-feira mudanças em seu plano de reestruturação, com o objetivo de levantar novos empréstimos com credores e de conseguir um valor maior pelos ativos colocados à venda.

Os credores votarão as mudanças propostas em 8 de setembro. A Oi pretende sair da recuperação judicial em maio de 2022, cerca de seis anos após o início do processo.

“Depois de muitas conversas, concluímos que o plano precisava de um pouco mais de flexibilidade do que inicialmente previsto”, disse o presidente-executivo, Rodrigo de Abreu, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.

- Copel (SA:CPLE6)

A unidade de comercialização de energia da estatal Copel fechou contratos de 13 anos para a compra da produção futura de usinas solares e eólicas que somarão quase 600 megawatts em capacidade.

A contratação, para início de fornecimento a partir de 2023, aconteceu em leilão de compra realizado nesta sexta-feira pela Copel Mercado Livre (NASDAQ:MELI), informou a empresa em comunicado em seu site.

O volume de energia negociado, 162 megawatts médios, deverá permitir a construção pelos vencedores do processo competitivo de usinas solares com 411 megawatts em capacidade e parques eólicos com 184 megawatts, disse a empresa.

Delação

A estatal paranaense de energia Copel disse nesta sexta-feira que criou uma comissão de investigação ainda no ano passado, depois de ter sido notificada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre uma colaboração premiada que teria citado fatos referentes à venda de um ativo de geração para a empresa entre 2011 e 2013.

“A colaboração premiada foi homologada em 1 de agosto de 2019 pela Corte máxima do país. O processo, no qual a Copel é vítima, corre sob sigilo no STF”, disse a companhia em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A manifestação da empresa veio após o site O Antagonista ter publicado nesta sexta-feira que o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) foi delatado por executivos da Galvão Engenharia que o teriam acusado de receber mais de 5 milhões de reais em propina para destravar uma negociação com a Copel.

- Cemig (SA:CMIG4)

A elétrica Cemig registrou lucro líquido de 1,04 bilhão de reais no segundo trimestre, cerca de 50% abaixo dos ganhos de 2,11 bilhões de reais registrados entre abril e junho do ano passado, informou a companhia nesta sexta-feira.

O resultado da companhia controlada pelo governo de Minas Gerais representa lucro de 0,72 real por ação ordinária e preferencial, contra 1,45 real no ano anterior, segundo as demonstrações financeiras.

- IPO da Elfa

A fornecedora de medicamentos Elfa pediu registro para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), com a empresa sediada em Brasília planejando buscar recursos para manter o ritmo de aquisições.

A operação, que será coordenada por Citi, Santander (SA:SANB11), Itaú BBA, BTG Pactual (SA:BPAC11), XP e Morgan Stanley (NYSE:MS), também envolve a venda de ações detidas pelo Pátria, controlador da companhia.

A companhia afirma distribuir medicamentos, produtos médicos e hospitalares de alta complexidade oriundos de mais de 400 fabricantes.

Criada em 1989, a companhia entrou nos últimos 6 anos num ritmo de crescimento via aquisições. Foram sete ao todo. “Nossa estratégia de expansão incluiu e continuará a incluir a aquisição de outros participantes do mercado”, afirmou a companhia no prospecto preliminar da oferta.

- EZ Tec

A EZ Tec Empreendimentos e Participações informou nesta sexta-feira que pediu registro para oferta pública inicial de ações de seu braço de imóveis comerciais, a EZ Inc Incorporações Comerciais.

Em fato relevante, a EZ Tec informou que a oferta foi aprovada em assembleia de acionistas, junto com pedido de adesão da EZ Inc ao Novo Mercado da B3.

Para realização da oferta, foram transferidos para a EZ Inc, por meio de uma reorganização societária alguns ativos imobiliários comerciais e participações em subsidiárias que desenvolvem atividades relativas à incorporação comercial.

- CESP

A elétrica paulista Cesp (SA:CESP6) informou que foi aprovada em reunião do conselho de administração nesta semana uma emissão de 1,5 bilhão de reais em debêntures com vencimento em 10 anos e valor nominal unitário de mil reais.

A operação, com esforços restritos de distribuição, visa levantar recursos para pagamento parcial de debêntures emitidas anteriormente, que financiaram o pagamento da outorga de concessão pela renovação da concessão da hidrelétrica Porto Primavera e despesas relacionadas.

As debêntures da Cesp, controlada pela Votorantim Energia e pela canadense CPPIB, terão atualização monetária pela variação do IPCA e juros remuneratórios de 4,3% ao ano, pagos nos meses de fevereiro e agosto. A amortização será em três parcelas anuais e consecutivas, entre 2028 e 2030, disse a empresa no comunicado.

- Omega

A empresa de renováveis Omega Desenvolvimento, do mesmo grupo da listada Omega Geração, tem avaliado oportunidades de expansão fora dos tradicionais leilões promovidos pelo governo no Brasil para viabilizar novos projetos de energia, disse à Reuters o novo presidente da companhia, Rogério Zampronha.

O Ministério de Minas e Energia suspendeu todos leilões do setor de energia de 2020 por incertezas sobre a demanda geradas pela pandemia de coronavírus e ainda não há definição sobre reagendamento das licitações de geração, que fecham contratos de longo prazo para atender à demanda das distribuidoras de energia, que suprem consumidores finais no mercado regulado.

Em meio a esse cenário, a Omega buscará viabilizar a construção de projetos eólicos e solares de sua carteira com contratos privados, no mercado livre de energia, onde empresas com certo nível de consumo podem negociar o fornecimento diretamente com geradores ou comercializadoras.

- Tabelamento de juros

O projeto que impõe limite aos juros do cheque especial e do cartão de crédito em tramitação no Congresso deveria ser deixado de lado, opinou o diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, acrescentando que a agenda de promoção da competição do BC já está diminuindo o custo dos financiamentos no Brasil.

Em live promovida pelo Credit Suisse nesta sexta-feira, Serra afirmou que essa é “sempre área arriscada de caminhar”, já que o estabelecimento de um teto provavelmente fará com que os bancos deixem de conceder financiamentos às pessoas que mais precisam.

No início do mês, o Senado aprovou um projeto que limita os juros para o cartão de crédito e cheque especial a 30% ao ano durante o estado de calamidade pública por conta da pandemia de Covid-19. Para as fintechs, o teto fixado pelo texto é de 35% ao ano. Agora, a proposta precisa ser analisada pela Câmara dos Deputados.

Segundo Serra, a mudança não seria desejável para o sistema financeiro. Ele argumentou que outras medidas que estão em gestação e que integram a agenda do BC é que mudarão o ambiente concorrencial e vão baratear o crédito.

AGENDA DE AUTORIDADES

- Jair Bolsonaro

O presidente da República viaja nesta segunda-feira para Aracajú (SE), onde participa da Usina Termoelétrica Porto de Sergipe I, voltando na parte da tarde para Brasília. Depois disso, tem reunião com o ministro Paulo Guedes (Economia).

Ainda na parte da tarde, em encontros com os ministros Braga Netto (Casa Civil) e Guedes, fechando o dia recebendo Jorge Antonio de Oliveira (Secretaria-Geral da Presidência).

- Paulo Guedes

-  Videoconferência com o assessor especial de Assuntos Institucionais, Esteves Colnago;

- Videoconferência com os secretários especiais;

- Reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro;

- Reunião com o residente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto;

- Videoconferência com o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues.

(Com contribuição de Reuters e Estadão Conteúdo)

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